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Afinal, cerveja é um produto vegano?

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Itália 2 – Comidas de Guerra e cervejas da Paz

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Itália 1 – “Pizze, Pasta, Dolci e Birre”

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Olá meus amigos cervejeiros.

Quero contar para vocês algumas passagens de uma viagem que fiz para a Itália.

l’amore italiano

Viajei com um grande amigo. Conheci o Ernesto no ginásio – sim sou da época em que o ensino no Brasil se dividia em primário, ginasial e colegial! Eu e Ernesto éramos (e somos até hoje) grandes amigos e parceiros.

Ele tem uma história de vida, digna de um filme. O pai,Michelle e mãe,  Giulia, nascidos nas cercanias de Caserta, em um belo dia se vêem extremamente apaixonados. Após algum tempo de namoro às escondidas, temperado com conflitos shakespearianos entre famílias, o destino os separa, pois Michelle, que trabalhava nos correios, acaba sendo transferido para a cidade de Novara, no norte da Itália. Inicialmente ele iria passar um ano, mas acabou sendo obrigado a ficar por quatro anos.

E, para trazer um pouco mais de romantismo dramático a nossa história, ele parte sem saber que sua querida Giulia estava grávida de Ernesto. Pouco antes de dar à luz, Giulia viaja para Novara e meu amigo nasce lá.

mapas cidades italianas

Após algum tempo, Giulia retorna para Caserta, trazendo no colo, Ernesto e no coração a promessa do breve retorno de Michelle. No entanto, o destino assim não quis e a família de Giulia, indignada com a situação, resolve enviá-la com seu filho ao Brasil para morar com parentes, que já estavam por aqui, e viver uma nova vida.

PARA ROMA COM CERVEJA

Mas vamos voltar à minha história.

Há alguns anos, Ernesto resolveu viajar à Itália a fim rever sua família em Caserta e me convidou para acompanhá-lo. Saímos do Aeroporto de Guarulhos em São Paulo…

Mas antes de desembarcarmos na Itália, vou deixar aqui o link de uma playlist que fiz, para que ouçam e já entrem no clima:

Nosso primeiro destino foi a bela cidade de Roma. Ficamos num hotel muito simpático perto da Fontana di Trevi. Nos instalamos, tomamos uma bela ducha e rapidamente saímos para passear a pé.

Queríamos dar passada pela famosa fonte para, além de admirá-la, repetirmos o gesto de praticamente todos os turistas: ficar de costas, lançar uma moeda por cima do ombro esquerdo e fazer um pedido. Mas, enquanto caminhávamos, uma outra coisa chamou minha atenção. Um pequeno estabelecimento chamado Pizza in Trevi, que exibia em vitrines, pedaços de pizza cortados em quadrados de 20 x 20 cm – a famosa pizza de Roma. Fomos rapidinho jogar nossas moedas e retornamos à pizzaria.

Pedi logo 2 pedaços porque estava “varado” de fome. Uma de linguiça com queijo e outra de aliche – filés de anchovas sobre um denso e rústico molho de tomates. Mas o que eu iria beber pra acompanhar?

Pasmem, eles tinham cervejas da Trooper. Comecei com a Trooper IPA, acompanhando a pizza de aliche. Combinação perfeita. Amargor dos lúpulos dando sustentação para o salgado do peixe.

E para a pizza de linguiça (eles usam linguiça fresca frita), pedi uma Fear of the Dark, essa Stout deliciosamente seca, que traz uns defumados que combinam muito bem com o embutido.

Restaurante Pizza in Trevi - Roma/Itália
Restaurante Pizza in Trevi – Roma/Itália

Saímos da pizzaria e pedi para o Ernesto me acompanhar até o Panteão de Roma, um edifício monumental construído a mais de 2000 anos e que é coroado pela  maior cúpula já feita pelo homem em concreto sem armação.

Andamos mais uns 15 minutos e demos na Piazza Spagna. Procuramos algum lugar para tomar uma cervejinha e acabamos descobrindo uma simpática bodega em uma travessa da famosa praça. 

cerveja baladin

Para nossa sorte eles serviam cervejas da Baladin. Mais uma vez Teo Musso me socorre para não ter que cair nas cervejas “mainstream”.

Pedimos uma tábua de embutidos – dois tipos de salame, coppa e prosciutto crudo, guarnecida de fatias de um delicioso pão de fermentação lenta, manteiga e umas pequenas bolas mussarela de leite de búfala.

Acompanhamos os petiscos com a Baladin Wayan, uma Saison que leva semente de coentro, laranja e pimenta em sua receita. Imaginem o cítrico emprestado pela laranja e a pimenta, combinando harmoniosamente com os frios italianos!

Mas quando experimentamos as mussarelas o Ernesto não gostou: “Isso aqui parece borracha”

Você vai conhecer as melhores mussarelas do planeta. No caminho para Caserta a gente vai visitar o Caseificio D’Anna, onde elas são fabricadas!

Restaurante Il Vero Alfredo

Pois bem, terminamos nosso ” lanche” e caminhamos um pouco. De repente a gente estava na Piazza Imperatore Augusto, em frente ao renomado restaurante Il Vero Alfredo, onde se faz o mais famoso Fettuccine do mundo. Na mesma hora meus olhos brilharam e falei: “Hoje jantaremos aqui”. Ernesto concordou na hora. 

Eu havia levado na mala algumas cervejas daqui do Brasil e pensei que seria muito gostoso se pudesse fazer uma harmonização com alguns pratos do Alfredo.

Ernesto na mesma hora entrou no restaurante e, com uma invejável lábia, num italiano impecável, convenceu o gerente da casa a não nos cobrar taxa de rolha para o consumo das bebidas.

Voltamos ao hotel para tomarmos um banho e nos trocarmos e…..

#partiualfredo

Levei uma mochila com 6 garrafas de Cerveja Paulistania.

2 Ipiranga, 2 Largo do Café e 2 Pátio do Colégio.

Quando chegamos o gerente sorridente veio ao nosso encontro e se dispôs a colocar as cervejas para gelar. Eu saquei da mochila as 6 garrafas e dei uma de cada a ele, retribuindo sua gentileza.

Para comecar o jantar, pedimos o afamado Fettuccine Alfredo al Triplo Burro. O prato foi preparado em um rechaud na nossa mesa.

Uma receita simples – fettuccine, manteiga e queijo parmigiano – mas deliciosa.

Harmonizamos com a Paulistânia Largo do Café. Os “lácteos” do prato combinaram muito bem com os tostados e o café da cerveja.

Em seguida, a pedida foi um Saltimbocca alla Romana. Tratam-se de escalopes de filé mignon recheados com lâminas de presunto cru, coroados por uma folha de sálvia e fritos na manteiga.

Para essa iguaria Romana, combinei com a Paulistânia Ipiranga. Novamente “deu match”. Potência e complexidade de sabores do prato e da cerveja.

E pra finalizar, il dolce: Panacotta com calda de damasco. Mais uma harmonização acertava com a Paulistânia Pátio do Colégio, uma Tripel que trouxe nuances de frutas amarelas para combinar com a calda de damascos.

Fechamos com 2 spresso,  o cafezinho curto típico dos italianos, nos despedimos do gerente e dos garçons que viraram amigos e seguimos para o hotel.

Rumo ao Sul!

Na manhã seguinte, alugamos um automóvel e partimos rumo ao sul da Itália, fazendo um pequeno desvio por Castellabate onde nos encontraríamos com nosso amigo, Chef Paulinho, para acompanhar a colheita dos tomates, na sua propriedade e a fabricação caseira da passata – um molho delicioso – com os frutos maduros.

Mas isso vai ficar para o mês que vem…..então segurem a curiosidade!

Se vocês quiserem experimentar as cervejas que citei, deem um pulinho na loja online Confraria Paulistânia Store.

Ci vediamo il mese prossimo.

Baci mille.