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ESCOLAS CERVEJEIRAS

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Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, Técnica Cervejeira e apresentadora –  @candysommeliere

Um dia antes da pandemia, eu estava com um grupo de amigos num bar, onde algumas pessoas na mesa eram especialistas em cerveja e outras apenas entusiastas.

Em nosso papo muito se falava a respeito de escolas, tipo: “- Essa que eu peguei é uma clássica APA, no padrão da Escola Americana!” Ou: “Essa Tripel está fora do padrão da Escola Belga.”

A conversa foi se acalorando, até que num dado momento, uma das pessoas entusiastas que estava na mesa perguntou em que escola se aprendia a fazer aquelas cervejas, entendendo que a gente estava falando de um espaço físico onde se aprendia a fazer tais cervejas.

Então, ficou claro pra mim como é importante a gente deixar explicado que escolas cervejeiras são diferentes de instituições onde se ensina a respeito do universo cervejeiro, ou até mesmo, onde se formam mestres cervejeiros.

Por isso, hoje vamos abordar o que são Escolas Cervejeiras!

No momento temos quatro escolas cervejeiras reconhecidas no mundo e podemos definir de forma bem clara a seguinte concepção: Escolas Cervejeiras são uma representação dos países de origem onde são produzidos determinados estilos de cerveja, sendo que cada uma dessas escolas possui características e personalidades muito próprias.

Como sabemos desde o início das primeiras civilizações humanas, a cerveja era produzida com ingredientes e técnicas relacionadas a atividade local. Este conjunto de características encontradas nas cervejas determina a região que convencionou-se referir como Escola Cervejeira.

Então, hoje, temos reconhecidamente as Escolas: Alemã, Britânica, Belga e Americana.

 A Escola Alemã inclui também a Áustria e a República Tcheca enquanto a Escola Britânica é composta, também, pela Escócia e Irlanda.

CLIMA, INSUMOS, HISTÓRIA E POPULARIDADE

Aspectos importantes que devemos considerar quando pensamos nas Escolas Cervejeiras são os seguintes: atividade climática, disponibilidade de insumos e suas características específicas, herança histórica e principalmente o gosto popular.

ESCOLA ALEMÃ

Vamos pensar que a cerveja surgiu numa região que hoje conhecemos como Alemanha. Isto se deve através da expansão do Império Romano e de movimentos migratórios vindos da Mesopotâmia em direção à Europa.

Dicionário Sumério-Acadiano de termos cervejeiros de 2600 anos atrás.
Museu metropolitano de arte, Nova Iorque.

Lembremos que a primeira produção cervejeira da humanidade aconteceu na Mesopotâmia pela civilização Suméria.

Claro que tribos germânicas adotaram a produção de cerveja com muito entusiasmo e junto com os povos celtas tornaram-se então os maiores produtores e consumidores deste fermentado de cereais na Europa.

Como já falamos em outros artigos, as mulheres foram responsáveis por descobrir, produzir e servir as cervejas e, isso se torna uma regra até o século VIII.

A partir daí, a produção de cerveja começa a ser realizada por monges e freiras em mosteiros, principalmente no sul da Alemanha e por artesãos e mercadores no norte da Alemanha.

Dica de leitura MULHERES: DEUSAS CERVEJEIRAS

A cidades foram crescendo e a demanda por cerveja aumentando. Os mosteiros, então, ampliaram o volume de produção.

Na Idade Média, monges e freiras eram responsáveis pelo avanço do conhecimento em diversas áreas sendo uma delas a elaboração de ingredientes, técnicas e produção de diferentes tipos de cervejas.

Aproveitando, gostaria de deixar bem registrado uma ação muito importante realizada pela monja beneditina Hildegard Von Bigen, que descobre o lúpulo e, gradualmente, o tempero que era utilizado na cerveja chamado “gruit” vai sendo trocado pelo uso do lúpulo, com os inegáveis benefícios dessa planta que confere amargor e aromas agradáveis a bebida, além de torná-la mais resistente as intempéries que estragam a cerveja.

O lúpulo através de Hildegard Von Bigen vem mudar a história de produção cervejeira no mundo. Dessa forma o gruit e o lúpulo coexistiram durante alguns séculos.

IMPOSSÍVEL NÃO FALAR DA REINHEITSGEBOT

Falando em fatos que mudaram o rumo da produção cervejeira, uma iniciativa marcante promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de abril de 1516, foi a Reinheitsgebot  ou Lei de Pureza Alemã.

Essa lei definia que a cerveja deveria ser produzida apenas com três ingredientes: água, malte e lúpulo.

Vale lembrar que nessa época existia, ainda, a ideia de microrganismo e levedura, que posteriormente veio a ser considerada como quarto ingrediente.

Uma característica notória da Escola Alemã é que lá a maioria dos estilos que são produzidos são de baixa fermentação ou lagers como, por exemplo: a Pilsen, Helles, Bock e a Schwarzbier.
Contudo, uma tradição importantíssima a qual devemos dar todo destaque, são as cervejas de trigo Bávaras ou Weizenbiers.

Conheça abaixo os principais estilos da Escola Cervejeira Alemã:

Bohemian Pils
German Pils
Münchner Helles
Dortmunder Export
German Märzen
German Oktoberfest
Münchner Dunkel
German Schwarzbier
Vienna Lager
Bamberg Rauchbier
German Bock
German Maibock
German Doppelbock
Berliner Weiss
Düsseldorf Altbier
Kellerbier
German Kölsh
German Weizenbier / Weizenbock/ Dunkel Weizen/ Kristal Weizen

ESCOLA BRITÂNICA

Desde a idade do ferro as ilhas britânicas já eram habitadas por tribos celta. Essas tribos cruzaram o Canal da Mancha entre 1500 e 500 antes de Cristo e há indicações de que já produziam um fermentado de cereais, ou seja, cerveja.

A história conta que o general romano Júlio César na primeira invasão a Inglaterra em 55 antes de Cristo conheceu esse fermentado de cereais e o provou.

Os romanos tiveram um período de domínio nessas áreas e consideravam que a cerveja era uma bebida inferior ao vinho, mas seu consumo era bastante comum entre os habitantes das ilhas britânicas como alimento principal no seu dia a dia.

Com o fim do Império Romano no século V as tribos anglo-saxônicas, vindas da Europa continental, chegaram com uma nova nomenclatura para bebida, Ale. Esta é uma palavra originária do vocabulário dinamarquês para cerveja que se chamava 0L.

Durante a idade média os produtores domésticos e monásticos ainda se utilizavam do gruit, adjunto de ervas e raízes que tinham como objetivo temperar a cerveja.

Mas o grande destaque para escola britânica foi por volta do século XV onde a prática de produzir cerveja com lúpulo foi introduzida na produção local. Esta nova cerveja produzida com lúpulo tinha um nome diferente da Ale, agora as novas cervejas produzidas com lúpulo eram chamadas de beer.

Os anos se passaram e a produção de cerveja nas ilhas britânicas ganhou modernidade e o volume cada vez mais aumentou, mas a revolução industrial que se iniciou na Inglaterra no século XVIII modernizou a produção através de avanços tecnológicos. Mesmo assim os britânicos mantiveram respeito a suas tradições.

Diferente da Escola Alemã, a Escola Britânica é repleta de cervejas de alta fermentação. Essas cervejas têm uma tendência tradicional a serem mais amargas e secas.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Britânica:

Exemplar da Escolas Cervejeiras Britânica

Ordinary Bitter
Special Bitter
Extra Special Bitter
English Pale Ale
English India Pale Ale
Irish Red Ale
English Brown Ale
Brown Porter
Robust Porter
Stout
Sweet Stout
Oatmeal Stout
Irish Dry Stout
Foreign (Export) Stout
Imperial Stout
Old Ale
Barley Wine
Scotch Ale

ESCOLA BELGA

Já nos tempos de Júlio César, que expandiu o território romano pela região conhecida então como Gália – onde hoje fica a França e a Bélgica –, os habitantes da região já produziam sua própria versão de cerveja, comparativamente mais potente do que a versão consumida pela população romana.

Nesta época, há aproximadamente dois mil anos atrás, a produção de cerveja era uma atividade doméstica e rural. Após a queda do império romano o poder da Igreja cresceu e com isso começaram a surgir monastérios na região. E estes monastérios já vinham equipados com cervejarias para atender aos próprios monges e à população local.

Monastério da Escolas Cervejeiras Belga

Com o tempo, os monges foram refinando suas técnicas e aprimorando as cervejas, que se desenvolveram com um perfil complexo, intensamente aromático, alcoólico e com uma complexidade transcendental de aromas e gostos.

Enquanto os monges avançavam o conhecimento cervejeiro, o crescimento das cidades incentivou o surgimento de cervejarias em escala industrial. Algumas seguiam o padrão das cervejas de abadia, enquanto outras mantiveram as técnicas de fermentação espontânea em tanques abertos e aos poucos foi tomando forma o que hoje chamamos de Escola Belga. 

Muitos chamam a Bélgica de “paraíso cervejeiro”. E este título é merecido, apesar de seu diminuto tamanho (um pouco maior que o estado de Alagoas). Embora a tradição se estenda também pela Holanda e norte da França.

O país conta quase duzentas cervejarias. Inclusive, o bar com a maior carta de cervejas do mundo fica lá, na capital Bruxelas, com mais de três mil rótulos.

Imagine, todas as cervejas belgas deste bar são servidas com a taça proprietária da cervejaria. Essa é a importância que os belgas dão à sua cerveja, e por isso ela é tão amada mundo afora.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Belga

Exemplar da Escolas Cervejeiras Belga

Belgian Blond Ale
Belgian Dubbel
Belgian Tripel
Belgian Pale Ale
Belgian Pale Strong Ale
Belgian Dark Strong Ale
Belgian Witbier
Belgian Lambic
Belgian Gueuze Lambic
Belgian Fruit Lambic
Belgian Flanders Oud Bruin ou Oud Red Ales
French Bière de Garde
French e Belgian Saison
Bière Brut

ESCOLA AMERICANA

Até o século XVI, quando o continente americano começou a ser colonizado pelos europeus, tribos nativas norte-americanas já produziam uma bebida fermentada produzida a partir de ingredientes locais, especialmente o milho.

No decorrer das disputas entre as potências colonizadoras, o Reino Unido veio a estabelecer o embrião do que viria a ser os Estados Unidos com suas 13 colônias.

A partir deste momento, a influência da cultura cervejeira britânica se espalhou pela colônia, com várias novas cervejarias acompanhando sua expansão territorial e posterior transformação em um país independente.

 Tudo ia bem até o início do século XX, quando movimentos sociais conservadores pressionaram por medidas contra o abuso de álcool. Estas medidas culminaram na Lei Seca de 1920 (“Prohibition”, em inglês), que durante 13 anos proibiu a produção e comércio de bebidas alcoólicas.

Passeata contra a Lei Seca nos 
EUA que originou a Escolas Cervejeiras Americana

Muitas cervejarias, especialmente as pequenas, foram extintas, enquanto outras se adaptaram e passaram a produzir produtos que aproveitavam sua estrutura como cerveja sem álcool, extrato de malte, sucos e refrigerantes.

Após a Lei Seca, as poucas cervejarias menores que conseguiram sobreviver viram-se em desvantagem frente às grandes como Pabst e Anheuser-Busch (Budweiser).

Com o cenário favorável à consolidação no mercado, especialmente a partir dos anos 1940, as grandes transformaram-se em gigantes, modernizando processos e dominando o mercado. Entre os anos 1940 e 1980 essa consolidação ficou evidente para o mundo.

Enquanto as grandes cervejarias dominavam o mercado com um único estilo de cerveja, que veio a se categorizar como American Lager, ainda havia pessoas que se lembravam da variedade e sabor das cervejas de antigamente. 

Uma destas pessoas era Fritz Maytag, que em 1965 adquiriu uma pequena cervejaria falida em São Francisco e resolveu não competir com as grandes. Maytag manteve o nome original da fábrica, Anchor Steam Brewery, e apostou em estilos tradicionais como Cream Ale, India Pale Ale e Porter.

Sua cervejaria foi ganhando popularidade, outras micro cervejarias foram surgindo, e a antiga prática da produção de cerveja em casa, proibida desde a Lei Seca, foi liberada novamente em 1979.

Assim foi o início da Revolução das Cervejas Artesanais que trouxe os EUA de volta ao seu lugar entre as grandes nações cervejeiras.

E algumas das características desta revolução, como o uso de insumos locais e o desejo constante dos norte-americanos de fazer tudo sempre maior, mais extremo e mais inovador do que já existe, deram origem a novos estilos de cerveja e trouxeram à tona práticas tradicionais pouco difundidas até então.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Americana:

Cerveja pertencente as Escolas Cervejeiras Americana

American Lager
American Ligth Lager
American Pale Ale
American Strong Pale Ale
American India Pale Ale
Imperial India Pale Ale
Fresh Hop Beer
American Red Ale
Imperial Red Ale
American Barley Wine
American Brown Ale
American Sour Ale
American Stout
American Imperial Stout
American Imperial Porter

Você pode encontrar maravilhosos exemplares de cada uma dessas escolas se você entrar agora no site da Confraria Paulistânia Store e fizer sua seleção.

Veja qual foi a minha seleção, sucesso absoluto de experiência! No caso da Escola Belga, aproveitei para harmonizar com minha sobremesa favorita. Qual é a sua?

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QUEM NUNCA?

O brasileiro está habituado a tomar cerveja “estupidamente gelada”. Mas será que isso está correto? Conheça umas dicas práticas para você apreciar a sua cerveja na temperatura indicada.

“Me traz uma cerveja estupidamente gelada!” Quem nunca pronunciou essa frase que atire a primeira pedra! Pois é… aqui no nosso Brasil tropical e caliente, cerveja TEM que estar gelada. 

Mas gelada o quanto? O estupidamente se encaixa bem em alguns casos, mas não em todos. Eu mesmo gosto de cervejas bem geladas, mas também descobri o prazer de beber cervejas de certos estilos não tão geladas.

Isto porque estas cervejas exalam um aroma e têm um sabor bem complexos, muitas vezes sutis. Você precisa estar com seu faro apurado e principalmente com suas papilas gustativas prontas para perceber as nuances e identificá-las. Isto gera ainda mais prazer ao degustar a maravilha que está no seu copo.

O frio intenso diminui a sensibilidade das suas papilas gustativas, o que dificulta esse poder de discernimento. Ou seja, se ela estiver muito gelada, você não sente bem o que a cerveja tem para lhe oferecer.

Não é papo furado de professor de curso, entendedor, sommelier e mestre cervejeiro. Faça você mesmo um teste. Experimente tomar uma cerveja bacana da sua coleção bem gelada. Depois, espere uns cinco minutos e sirva outro copo dela e compare as sensações. Se fizer esse teste com cervejas como uma Stout, por exemplo, você certamente irá sentir a diferença.

Então, meu amigo(a), use o freezer a seu favor. Vou tentar dar umas dicas mais práticas porque, como já entreguei, gosto delas mais geladas e eu mesmo me policio para não cair nessa tentação. Ultimamente aprendi a extrair o máximo prazer de uma cerveja e te convido a fazer o mesmo porque a recompensa vale a pena.

TEMPERATURA DA CERVEJA

Não existe “temperatura ideal” para uma cerveja. Isso é muito relativo porque ela varia de acordo com o tipo de cerveja, o clima, as preferências pessoais e a ocasião. Beber uma lager no churrasco no verão é diferente de bebê-la num jantar com os amigos, só para citar um exemplo bem comum. Então vamos melhorar o termo para “temperatura indicada”.  

Falando em pessoas comuns, provavelmente no seu congelador de geladeira não tem um termômetro indicando a temperatura. Então, como saber qual é?

Vamos começar com as dicas. A temperatura média interna de uma geladeira gira em torno de 4 ou 5 graus Celsius. Um congelador segura a temperatura entre -5 °C e 3°C, dependendo da regulagem.

Se você quer estupidamente, deixe o congelador no máximo e a latinha ou a garrafa deitada encostada no chão o mais fundo possível. De pé ela gela também, porém menos e mais devagar.

Cuidado com o congelador!

Detalhe: se você deixa a cerveja por mais de 10 minutos, ela certamente irá congelar. Então, esse recurso só serve para dar um choque de frio antes de você ter a sua “canela de pedreiro”, “véu de noiva”, “nuvem engarrafada” e outros termos atribuídos à loira “estupidamente gelada”.

No entanto, se você quer mesmo sentir o sabor da cerveja, recomendo não deixar que ela gele a menos do que 0°C. Depois de um tempo, você vai aprender a manha do timing do seu congelador.

E na geladeira as cervejas podem descansar majestosamente, sem problemas. Há modelos de refrigeradores (como o meu, graças a Deus!) que tem um compartimento intermediário entre a geladeira e o congelador. Ali, as cervejas descansam a 3°C, mais ou menos. Daí, se quiser uma cerveja mais gelada, você tira e coloca por 5 minutos no congelador. O oposto, tira e a deixa descansando os mesmos 5 minutos antes de abri-la. Simples assim.

CLIMA CERTO

“Chove lá fora e aqui, faz tanto frio… Me dá vontade de beber”… Opps, mudei a letra da música. Mas é isso aí.

A temperatura ambiente determina sim a temperatura da sua cerveja. No verão, é óbvio que é melhor caprichar no gelo. No inverno nem tanto. Por isso existem cervejas que combinam perfeitamente com épocas do ano. As leves e refrescantes no verão e as alcoólicas e encorpadas no inverno.

Mas, isso é só mais um dos mitos que entram também naquele patamar do “indicado”. Eu mesmo tomo Stouts no calor numa boa…

Leia sobre: CERVEJAS ESCURAS, DELICIOSAS PARA QUALQUER ÉPOCA DO ANO.

Paulistânia Largo do Café – Oatmeal Coffe Stout

Outro mito é aquela história de que na Alemanha a cerveja é bebida na temperatura ambiente. Mas lá faz frio praticamente o ano todo. E já reparou que os copos que eles usam são compridos, largos e tem até canecas de 1 litro de cerveja! Isto poque lá o frio ambiente mantém a temperatura da cerveja depois de aberta. Aqui, o nosso copinho americano é perfeito porque não dá tempo da cerveja esquentar…

Cuidado com a temperatura do copo!

Por falar em copo, nunca beba uma cerveja sem lavar bem o copo internamente com a parte amarela da bucha. Ela tira as impurezas e não risca o copo. Depois de lavá-lo bem, se puder colocar uma água com uma pedra de gelo vai bem. Daí, na hora de servir, descarte a água e sirva a cerveja imediatamente. Gelar o copo no congelador eu não recomendo. O vidro absorve muito o frio e pode congelar sua cerveja.

Então, voltando, para degustar uma bela Weizenbier alemã, pense em reproduzir a temperatura de lá no seu copo de tamanho médio que a mágica acontece!

E se estiver quente, não esquente: coloca para gelar mesmo e seja feliz! E se tiver um daqueles baldes de metal grandes com gelo (item essencial de um cervejeiro), deixe as garrafas lá descansando para apreciar sua cerveja sempre bem geladinha…

TIPOS DE CERVEJA

Agora vem a parte que você esperava. Não é papo furado. Cada estilo de cerveja merece uma temperatura indicada. Depois de anos de degustação, incontáveis literaturas, feiras, festivais, apresentações, beer tours e quilômetros de mesa de bar preparei para você um guia prático bem simples. Siga se der e se não der não tem problema Tente outra vez até você achar a “sua temperatura indicada”. Então vamos lá:

MUITO GELADA – 2° a 4°C

Cervejas refrescantes que combinam com baixíssimas temperaturas geralmente são as de baixo teor alcoólico, no máximo 5,5%, corpo baixo e sabor mais leve. As Pilsen, German Pilsener, Lager, Ale, Pale Ale, Red Ale, Helles, Session IPA e Witbier por exemplo, são ótimas opções.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Marco Zero (Lager), Caminho das Índias (Session IPA), Viaduto do Chá (American Hop Lager) e Trem das Onze (American Pale Ale)

Importadas pela BierWein: Hofbrau (Münchner Helles Lager), Warsteiner Premium (German Pilsener), Stiftung Hell (Lager), 8.6 (Strong Lager), La Trappe Witte (Witbier), 1795 (Bohemian Pilsener), Praga (Bohemian Pilsener), Tempelier (Belgian Pale Ale), Corsendonk Blanche (Witbier), Trooper (Pilsner, Ale, IPA, Golden Ale)

GELADA – 4° a 6°C

São aquelas cervejas que você guarda no compartimento intermediário da geladeira, ou seja, geladas, não trincando. Boas opções são as cervejas de trigo alemãs (Weizenbier) e as complexas, mas refrescantes, como as Blond Ales, Brow Ales, Dubbel e Tripel belgas leves, e/ou as frutadas e com acidez elevada, como as Lambic e Sour.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Pátio do Colégio (Belgian Tripel)

Importadas pela BierWein: Erdinger (Weissbier), Hofbrau (Weissbier), Konig Ludwig (Weissbier), La Trappe (Blond Ale), Boon Geuze, Framboise e Faro (Lambic), Corsendonk (Dubbel), Rodenbach (Brown Ale)

FRIA – 7° a 10°C

Para essas vale a dica de tirar da geladeira e deixar 5 minutos antes de servir. Assim, os sabores e aromas mais complexos podem ser melhor apreciados. A lista de opções é enorme:

IPA (e todas as variantes), Weizenbock, Porter, algumas Stouts e Bocks mais leves, Dubbel, Trippel, Quadruppel e qualquer outra que tenha um teor alcoólico um pouco mais elevado, acima dos 7%.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Ipiranga (Strong Wood Red Lager), Largo do Café (Oatmeal Coffee Stout), Capricórnio (Cacau Bock)

Importadas pela BierWein: La Trappe (Dubbel, Trippel, Quadruppel, Bock e Isid’or), Corsendonk (Tripel), Trooper Fear of the Dark (Stout)

LEVEMENTE GELADA – 10° a 13°C

Essas aí são aquelas cervejas bem complexas, maturadas em barril (Barrel-Aged) ou que tem um teor alcoólico acima dos 10%. Cervejas como Belgian Dark Strong Ales, Imperial Stouts, Barley Wines, Doppelbock, umas invencionices com chips de madeira defumada e por aí vai.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: X Safra (Brut Barley Wine)

Importadas pela BW: La Trappe Quadruppel Oak Aged (Barrel-Aged), Eggenberg Samichlaus (American Malt Liquor, Barley Wine)

Importantíssimo: estas temperaturas são, como frisei antes, indicadas.

Se você prefere todas estupidamente geladas, vá em frente!

Essas infos são apenas para você ter como guia e fazer testes práticos (adoro essa parte) para saber se o seu paladar, a sua percepção dos ingredientes da cerveja que você está tomando melhora ou não.

Mais uma coisa. Aproveite também que está no site da Confraria Paulistânia para dar uma navegada pelos rótulos do portfólio da Bier & Wein porque sempre tem informações sobre cervejas importadas além de, claro, promoções irresistíveis.

Espero que tenha gostado e a minha dica final é: beba cerveja boa e divirta-se!

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Nessa briga pela preferência dos amantes de uma boa cerveja quem ganha é você!

1º ROUND – AS 2 SÃO ALEs

Mesa de bar, cerveja gelada e amigos molhando as palavras só pode dar em resenhas descontraídas, engraçadas e por vezes muito sérias. Foi o caso de uma delas quando alguém na mesa levantou a questão do que é melhor: IPA ou APA? Vou tentar resumir aqui horas de acaloradas discussões e dezenas de garrafas e latas esvaziadas para cada um provar seu ponto de vista.

Vamos começar por definir o que é o quê. Todas duas são ALEs – cervejas produzidas a partir de cevada maltada usando levedura de alta fermentação, ou seja, que fermenta a cerveja rapidamente, proporcionando a elas aquele característico sabor frutado.

Saiba mais sobre A COMPLEXA E INEBRIANTE CERVEJA ALE

ORIGEM DO IPA LOVER

As ALEs se confundem com a história da cerveja. São feitas assim há milênios. Mas foram os ingleses que aperfeiçoaram a produção, combinando diferentes tipos de maltes e fermentos. Criaram a escola inglesa baseada na Pale Ale, referência de inúmeros estilos e receitas que vieram do século XV para cá. As diferenças entre uma India Pale Ale (IPA) e American Pale Ale (APA) estão nos detalhes.

A história da IPA é manjada, inclusive a contei no meu texto anterior sobre a Tropper IPA, então vou apenas reproduzir. A Inglaterra dominou e colonizou por anos a Índia. E os soldados ingleses viviam reclamando que as cervejas Ales que iam para lá de navio chegavam estragadas, imbebíveis. Até que um fabricante resolveu colocar muito lúpulo na receita (o lúpulo é um anti-oxidante natural).

A cerveja ficou mais amarga, mas chegou maravilhosamente bem. O porre foi geral e todos só queriam saber dessa novidade. Inclusive, depois que as tropas voltaram para Inglaterra, a procura pela “cerveja da Índia” foi tamanha que inaugurou um novo estilo: o India Pale Ale.

Os primeiros registros oficiais da existência das IPAs datam de 1829. Dizem que a aceitação foi tamanha que os ingleses criaram uma cervejaria na Índia no início do século XIX, no sopé do Himalaia, que produzia uma IPA chamada Lion que durou até aos anos 1960.

De lá para cá, meu amigo, as IPAs só cresceram e encantaram gerações de cervejeiros a ponto de virarem quase que uma febre. Há inclusive festivais dedicados, como o nosso famoso IPA Day. Vou chutar, mas nas melhores mesas de bar 100% dos presentes apreciam uma boa IPA. Eu, inclusive, sou um “IPA lover” confesso.

NADA SE CRIA, TUDO SE APRIMORA!

Mas e a APA? A história dela é recente, mas boa. Na década de 1980, os americanos passaram a fabricar cervejas usando os seus maltes e a plantar e utilizar o seu próprio lúpulo!!! Eureka! Recriaram a Pale Ale inglesa usando apenas ingredientes americanos. Assim surgiu a American Pale Ale (APA).

A utilização de lúpulos americanos na receita é a principal diferença entre uma APA e uma IPA. No entanto, enquanto em uma IPA a adição da carga de lúpulo é forte, uma APA opta por um equilíbrio entre o malte e os lúpulos. E como estes últimos são variedades americanas, as florzinhas maravilhosas de lá entregam características diferentes, mais cítricas e florais do que as suas primas britânicas.

Falando de uma maneira bem genérica, as APAs tendem a ter um maior equilíbrio entre as suas características maltadas e lupuladas, ao passo que numa IPA o lúpulo é mais proeminente. Ou como resumiu um amigo na mesa do bar: “As APAs são mais suaves, menos pancadas do que as IPAs”.

Yakima Valley, cidade localizada no estado de Washington, na costa oeste do país: a maior região produtora de lúpulo dos EUA.
Nesta localização, existe um museu dedicado a história do lúpulo americano: American Hop Museum

2º. ROUND – CORPO

Agora sim a batalha esquenta. De uma maneira geral, uma APA é mais clara e tem menos derivados da fermentação do que a IPA. Há quem garanta que uma APA tem um corpo mais leve, mas já experimentei APAs encorpadas e IPAs de corpo leve. Ou seja, aí a regra fura.

3º. ROUND -AROMA

Se formos diferenciá-las pelo aroma, uma IPA tem um aroma de moderado para intenso, que remete a flores, cítricos e biscoito.

Já em uma APA o aroma é seu traço principal, que também remete a flores e cítricos, mas você sente o perfume de pinho de frutas tropicais e outras como ameixa, pêssego, cerejas, manga, melão e por aí vai. Ainda mais se uma variedade de lúpulo com uma característica marcante dessas for usado no dry-hopping.

Em ambas dá para sentir o aroma e o sabor do malte, que pode ter diferentes graus de torra. Quanto mais torrado e caramelizado, mais será perceptível. Na IPA, o malte dá o corpo, a tonalidade, o sabor, a base da cerveja.

No caso da APA, dependendo da receita, o malte pode virar o “vilão” da história, deixando a sensação de biscoito ou pão maior, com os lúpulos em segundo plano. Por isso as APAs tendem a ter um corpo mais baixo, para que as propriedades do lúpulo se destaquem.

4º. ROUND – TEOR ALCOÓLICO

Outra boa diferença está no teor alcoólico. Uma IPA deve ter mais de 5% de álcool na receita. E o céu é o limite. Inclusive, muitos dos meus amigos da mesa acham que uma IPA para ser boa PRECISA ter um alto teor. Caso contrário, não é uma IPA. Já essa exigência cai quando se trata de uma APA. Entretanto, eu mesmo já provei APAs com teor acima de 6,5% e IPAs com 5%. Aí acho que a regra fura de novo.

Segundo o Beer Judge Certification Program (BJCP), que serve de parâmetro para classificar e julgar as cervejas, as APAs e IPAs entram em categorias diferentes: a APA é incluída no grupo das Pale American Ale (onde também fica, por exemplo, a Blonde Ale), enquanto no grupo das IPAs entram as IPAS tradicionais, as Specialty IPAs e as American IPAs, modernas IPAs feitas com lúpulos americanos. A tradicional English IPA fica em outra categoria, com cervejas de países da Commonwealth que usam apenas ingredientes ingleses.

EMPATE? O JUIZ É VOCÊ!

Meus amigos do bar só concordaram em uma coisa: eles adoram ambas! Então, nessa “guerra” não há perdedores e sim vencedores. Descubra o sensacional universo dessas duas maravilhas e crie “batalhas” próprias no seu copo.

IPA X APA: NA DÚVIDA, LEVE AS 2!

Por falar nisso, a Paulistânia tem em seu portfólio excelentes representantes dos dois estilos. Vou dar uma dica rápida de três delas para você.

Trem das Onze - IPA X APA

TREM DAS ONZE

É uma APA fantástica, refrescante e saborosa. Uma incrível combinação de 11 lúpulos de aromas cítricos e florais, coloração dourada e alta drinkability, com 4,7% de teor e 43 IBU.

Leia mais em: UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 5 TREM DAS ONZE

Caminho das Indias - IPA X APA

CAMINHO DAS ÍNDIAS

É uma Session IPA (uma IPA com teor alcoólico reduzido) que classifico como uma das melhores do Brasil. Ela é leve e clara, com aroma cítrico, levemente floral por conta da adição de açafrão da Índia e com o amargor na medida (42 IBU) e 4,2% de teor alcoólico. Medalha de prata no World Beer Awards 2020!

TROOPER IPA

Trooper IPA X APA

A “Trooper IPA” não é apenas “A IPA do Iron Maiden”. É uma IPA inglesa feita com lúpulos americanos. Louca e irreverente como a banda. É uma cerveja com 4,3% de teor, uma cor dourada e um sabor que lembra grapefruit. Incrivelmente leve e refrescante. Aproveite e clique no link abaixo para saber tudo sobre ela. Vale a pena ler e experimentar, claro!

Conheça a TROOPER IPA – HABEMUS A ORIGINAL DA INGLATERRA

Aproveite também que está no site da Confraria Paulistânia Store para dar uma navegada por outros rótulos do portfólio da Bier & Wein porque sempre tem informações sobre cervejas importadas além de, claro, promoções irresistíveis.

Espero que tenha gostado e… boas cervejas!

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 6 VIADUTO DO CHÁ

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 6 VIADUTO DO CHÁ

Por Henrique Carnevalli, t.izêro, Sommelier de Cervejas, amo música desde pirralho, noveleiro, corinthiano sofredor e cofundador do site RockBreja. Para dar continuidade ao texto do meu amigo Anderson R. Lobato, UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 5 TREM DAS ONZE, vamos falar agora da 

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – MARCO ZERO, UM CAPÍTULO À PARTE

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – MARCO ZERO, UM CAPÍTULO À PARTE

Por Felipe Valério, embaixador na empresa Bier&Wein e supervisor de vendas na grande São Paulo, correndo de bar em bar para levar a alegria líquida para os apreciadores de plantão, e sempre soltando várias novidades e fotinhos no @felipevalerio80 só para constar…rs Abram alas porque 

FELIZ ANIVERSÁRIO, PAULISTÂNIA!

FELIZ ANIVERSÁRIO, PAULISTÂNIA!

Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embxdrs.da.cerva.

Salve galera, tudo bem com vocês? Ontem, fui convidado para uma festa de aniversário virtual, mas não foi só uma festinha para comemorar mais uma volta da Terra ao redor do Sol, foi um festão para comemorar simplesmente o aniversário da cerveja Paulistânia!!!!!

Sim, a cerveja Paulistânia, marca criada pela importadora pioneira no mercado de cervejas especiais no Brasil, a Bier Wein, completou 12 anos de existência, ontem, dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo!

Nada é por acaso, né? Como vocês sabem eu sou original do #errejota e estou aqui em São Paulo há 12 anos (tb)! E para contar esta linda e magnífica história de como tudo começou, vamos pegar nossa máquina do tempo e relembrar a trajetória da criação desta cerveja que hoje possui 9 rótulos diferentes e premiados! Bora embarcar nessa aventura…

Como sugere o hino da cidade da garoa:

São Paulo teu jesuíta,

com seu colégio predominou.

São Paulo teu bandeirante,

fez uma estrada, não mais parou.”

MARCO ZERO, ONDE TUDO SEMPRE COMEÇA!

Destas palavras o CEO Marcelo Stein vislumbrou em 25 de janeiro de 2009 um sonho que hoje é realidade: do Marco Zero da cidade, localizado na praça da Sé, aos pés da Catedral que abençoa os seus cidadãos e, porque não, todos nós cervejeiros, está a imagem da rosa-dos-ventos. De lá trouxe a inspiração para criar sua primeira cerveja, a icônica, tricampeã, medalha de ouro, prata e bronze do World Beer Awards, a Pilsen Marco Zero.

Catedral da Sé e a família Paulistânia Marco Zero

Uma cerveja incomparável, leve e com 4,8% de ABV que serve de porta de entrada para os outros estilos da marca. Assim como São Paulo reúne pessoas vindas de todos os lugares do Brasil, a cerveja Marco Zero também une essas pessoas em bares, restaurantes e na casa da família brasileira!

DAS INDÍAS À TERRA BRASILIS

Mas, foi relembrando o passado que Marcelo Stein eternizou suas cervejas. Fez da nossa história o seu discurso e da mistura dos lúpulos cítricos com adição de açafrão da índia, uma Session IPA chamada Caminho das Índias, assim a batizou.

Uma cerveja clara, com seu amargor de 42 IBU com aromas cítricos e resinosos, finalizando com uma refrescância com leve toque de condimentado e 4,2% de ABV. Essa criação é uma homenagem não só aos Paulistanos, mas a todos os brasileiros, pois foi a partir da expedição portuguesa de Cabral à Índia, em 1500, que por um acaso, o Brasil encontrou.

PARA OS JESUÍTAS UMA BELGIAN TRIPEL

De volta a São Paulo, a cidade prosperou. E foi justamente nesta data, que em 1554 a primeira obra arquitetônica, o Pateo do Colégio, marco inicial do nascimento da cidade de São Paulo, se levantou. E em homenagem aos jesuítas e ao monastério, o líquido sagrado assim se tornou.

A cerveja Pátio do Colégio foi criada com a receita dos monges, uma Tripel com adição de cardamomo que dá um sabor cítrico e picante ao mesmo tempo mas sem perder o aroma adocicado e a potencialidade de seus 8% de ABV.

Leia mais em UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 3 PÁTIO DO COLÉGIO

PAULISTÂNIA IPIRANGA, DOM PEDRO FICARIA ORGULHOSO!

Com o passar dos anos, no dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga (que em Tupi significa rio vermelho), que fica em São Paulo, Dom Pedro I gritou independência ou morte e nos tornou independentes de Portugal.

Em uma homenagem a este fato, a Paulistânia criou a cerveja Ipiranga, uma Strong Wood Red Lager que nos traz a combinação perfeita das notas tostadas provenientes dos maltes de cor avermelhada e também o sabor único e nobre da madeira brasileira de nome Amburana em seus 7,2% de teor alcoólico.

Mais uma obra prima criada para homenagear a história do Brasil e de São Paulo.

Conheça melhor: UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 2 IPIRANGA

DIA 11/11, 11 HORAS, 11 LÚPULOS … QUE TREM É ESSE ?!?

E, passando mais adiante na nossa história, foi no ano de 1867 que o progresso da cidade de São Paulo se iniciou. Junto com a avançada tecnologia ferroviária e com a construção da “The São Paulo Railway” idealizada pelos britânicos, a cidade prosperou.

E dessa inovação, no dia 11/11/18 às 11 horas, a cerveja Trem das Onze foi lançada para homenagear o progresso dos paulistas! Isso mesmo, a American Pale Ale da Paulistânia possui 11 tipos diferente de lúpulos cítricos e florais, que dão aroma e amargor ao mesmo tempo, equilibrando com um corpo leve e dulçor dos maltes e com 5% de ABV.

Curioso? Saiba mais em UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 5 TREM DAS ONZE

O OURO NEGRO DA PAULISTÂNIA

Já no ano de 1872, com pouco mais de 30.000 habitantes, a cidade de São Paulo era uma das maiores produtoras de café da região e, com isso, o centro da cidade começou a se expandir e vários prédios históricos começaram a se erguer no local. Tanto que até criaram um largo para comercializar as sacas de café, principal produto de exportação brasileiro, nosso “ouro negro”.

Paulistânia Largo do Café e o Largo do Café fonte de sua inspiração

Com isso, a Paulistânia faz uma bela homenagem à riqueza do café de São Paulo que trouxe desenvolvimento e prosperidade e criou a cerveja Largo do Café. Uma verdadeira Oatmeal Coffee Stout com aromas de café torrado, sabor de tosta, caramelo queimado e bem leve, pois, possui apenas 5% de teor alcoólico.

Aproveite e se aprofunde nas CERVEJAS ESCURAS, DELICIOSAS PARA QUALQUER ÉPOCA DO ANO.

DA CHÁCARA DA BARONESA PARA OS TANQUES DA PAULISTÂNIA

Após a idealização das linhas férreas, a cidade que nunca descansa continuou se expandindo. Tanto que, em 1892, foi criado o primeiro viaduto de São Paulo, o Viaduto do Chá, uma inovação para a época e hoje cartão postal da cidade de São Paulo.

O viaduto tem esse nome pois na região existiam muitas plantações de chá-da-índia. Inspirado neste monumento, a Paulistânia deu vida a cerveja Viaduto do Chá que, em homenagem a este marco histórico, desenvolveu uma receita para uma cerveja leve, aromática e com alta drinkability, ou seja, você vai querer repetir a dose! Na sua composição há a adição de erva mate elevando os aromas cítricos desta magnífica Hop Lager com 5% de ABV.

DO PICO DO JARAGUÁ À PONTE ESTAIADA

Paulistânia Capricórnio

E depois de ter criado todas essas cervejas que homenageiam a história e cultura da cidade de São Paulo e do Brasil, a Paulistânia inovou com duas novas e surpreendentes receitas.

Para homenagear o Pico do Jaraguá, local onde passa o trópico de capricórnio, foi criada a cerveja Capricórnio, uma bela bock com adição de cacau e teor alcoólico de 6%. Uma cerveja escura para ser degustada nas épocas frias, afinal, São Paulo é a terra da garoa!

Saiba mais: UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 1 CAPRICÓRNIO

Paulistânia X

Por fim temos a já consagrada Paulistânia X (dez em algarismo romano). Uma Barley Wine Brut com pimenta rosa, que homenageia a ponte mais famosa da cidade – Ponte Estaiada.

Esta cerveja finalizada em vinícola, elaborada para comemorar os 10 anos da Paulistânia em 2019. Seu sucesso foi tão grande que a marca decidiu repetir a dose em 2020 com uma nova safra, fato que deverá acontecer novamente em 2021. Aguardem!

Conheça essa queridinha e se apaixone UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 4 PAULISTÂNIA X

Ufa, que história linda! Realmente a cerveja Paulistânia é uma das poucas cervejas do Brasil e do mundo que possui uma bela história que precisa ser degustada em verso e prosa.

Um brinde aos 12 anos da Paulistânia e aos 467 anos da cidade de São Paulo!

E se você quiser comprar estas e muitas outras cervejas, copos e kits sem sair de casa, aproveite as promoções do site Confraria Paulistânia Store e peça a sua já!