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TEMPELIER E OS CAVALEIROS DE DEUS

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RODENBACH – A CERVEJA FORA DA “CASINHA”

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BÉLGICA, ALÉM DAS CERVEJAS TRAPISTAS

BÉLGICA, ALÉM DAS CERVEJAS TRAPISTAS

Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira.

Olá meus amigos, amantes de cervejas complexas, chocolates e batatas fritas. Evidentemente a gastronomia belga vai muito além disso, mas se você gosta desses três itens, pode ter certeza que não vai se decepcionar na Bélgica.

A primeira vez que estive por lá foi em 2004. Eu trabalhava como gerente de marketing de uma Associação da Indústria Gráfica, estava participando de uma feira da área em Dusseldorf na Alemanha e fui convidado para conhecer a fábrica de um fornecedor de filmes em Mertsel, no norte da Bélgica.

Nessa época, minha maior ousadia no segmento cervejeiro era tomar um copo enorme de Weissbier, mais pelo ritual e volume do que pelo prazer.

CERVEJA, BATATA FRITA E CHOCOLATE

Me lembro bem que no final da visita fomos para a cidade de Antuérpia. Descemos numa praça maravilhosa em frente à catedral,  cercada de lojas com produtos regionais e bares. A guia de nosso passeio alertou antes de sairmos do ônibus: “não deixem de provar os chocolates e nossas cervejas”.

Praça central Antuérpia, Bélgica
Antuérpia

Eu que na minha ignorância (no bom sentido) realmente não conhecia quase nenhuma cerveja Belga, nem mesmo as famosas cervejas dos 6 mosteiros trapistas daquele país, me dirigi a um bar com uma amiga, pedi o cardápio, que pra minha sorte estava em inglês e solicitei uma porção de fritas e duas cervejas, uma belga muito popular, que aqui no Brasil é conhecida por um diminutivo carinhoso.

Batata frita tradicional da Bélgica

O garçom esboçou um sorriso de soslaio, mas percebendo que éramos estrangeiros, gentilmente sugeriu que pedíssemos alguma cerveja mais “especial”. Nós concordamos e escolhemos outra pela foto do menu.

CERVEJA É COISA SÉRIA!

Novamente, com extrema gentileza, nosso atendente disse que não poderia nos servir aquela e, quando indaguei se ele não tinha, me respondeu que tinha a cerveja mas estavam sem a taça dela. A partir desse momento percebi que cerveja na Bélgica é coisa muito séria!

Por fim pedi que ele nos sugerisse uma cerveja que acompanhasse bem as batatas fritas e nos trouxe uma Corsendonk Dubbel.

Museu da batata frita na Bélgica
Frietmuseum – Bruges / Bélgica.
“O primeiro e único museu dedicado à batata frita”.
Acesse aqui

Eu vou tentar descrever pra vocês esse momento: as batatas fritas eram bem mais grossas do que as que estamos acostumados a encontrar por aqui, mas muito douradas e sequinhas.

Parecia terem sido esculpidas à mão, uma a uma. Ao morder, apresentavam uma deliciosa casquinha crocante e o miolo era tão macio e saboroso como nunca havia experimentado. Que sabor maravilhoso!

O serviço da cerveja foi impecável. Tanto a taça de cristal quanto seu apoio de papelão ostentavam a marca Corsendonk. Já ao verter o líquido, um inebriante aroma de caramelo, maltes e até chocolate perfumou o ambiente.

Aquela combinação do salgadinho das batatas com o adocicado da Dubbel ficou presente em minha memória, a ponto de, após 4 anos, eu decidir retornar para a Bélgica em busca de novos prazeres.

Saiba mais: CORSENDONK, UM PRAZER ABENÇOADO!

BÉLGICA, QUEM CONHECE SEMPRE RETORNA

Em 2008 fui mais preparado. Fiz algumas pesquisas e tracei um roteiro zitogastronômico. Além disso, combinei com 3 amigos que moravam em Bruxelas para fazermos um passeio juntos.

Bruxelas, capital da Bélgica
Bruxelas

Cheguei durante a tarde e, após me hospedar, corri pra rua atrás de outra tradição belga, os waffles (que eles pronunciam uófels). São vendidos em trailers e carrinhos na rua, como nossos hot dogs. Você pode escolher com alguma cobertura ou simplesmente puro.

Waffle tradicional da Bélgica

A massa do waffle é levíssima, feita com farinha, leite, ovo, açúcar e levedura. É assada num tipo de grill bem quente, que lhe confere o formato característico. Parece um “biscoitão”. Uma colmeia onde os alvéolos são quadrados.

Eu decidi comer um puro, que acompanhei com uma Tempelier Belgian Pale Ale e um de frutas vermelhas, divinamente escoltado por uma Kriek Boon.

Mas esse foi apenas o “aquecimento”.

Fiz algumas compras, inclusive dos maravilhosos chocolates belga que vale um texto só para eles e decidi jantar no hotel pois no dia seguinte eu seguiria para novas descobertas.

Após um rápido café da manhã com queijos locais e mais um waffle, fui me encontrar com os três amigos brasileiros que moravam por lá e nos dirigimos para Lembeek, no Vale do Zenne, onde a microflora é riquíssima das famosas leveduras selvagens do tipo Brettanomyces.

Leia também: LAMBIC, AME-A OU DEIXE-A!

PARTIU BOON…

Não por acaso, ali está instalada a Cervejaria Boon, fabricante de várias cervejas no estilo Lambic. Após visitar a Boon, fomos almoçar num bistrozinho muito simpático bem próximo. Foi um banquete de rei.

Começamos com os famosos moules frites – deliciosos mariscos cozidos, servidos num baldinho, acompanhados de batatas fritas. Para harmonizar, uma cerveja “local” – simplesmente uma Geuze Boon Mariage Parfait, de rótulo preto. As sensações de gosto, sabor e texturas são impossíveis de se descrever em palavras.

Em seguida pedimos a Carbonade Flamande, feita de carne bovina cozida lentamente na cerveja, junto com cebolas, pão, tomilho e mostarda (as receitas variam um pouco), guarnecida das adoráveis batatas fritas belgas. Acompanhamos com duas cervejas: uma Faro e uma Oude Geuze Boon. Novamente uma explosão de sabores indescritível.

E para fechar com chave de ouro pedimos algumas fatias de uma torta caseira de cerejas (receita secreta da dona) que devoramos com goles fartos de Kriek Geuze.

Saímos dali com um sorriso largo e voltamos para estrada. Cabe dizer que um de meus amigos não bebia e obviamente foi nosso condutor.

A BÉLGICA DAS CERVEJAS SELVAGENS

Dessa vez nosso destino era a cidade de Roeselare, na região ocidental de Flanders, muito próxima da Holanda onde iríamos conhecer a fábrica das icônicas Rodenbach. Essas cervejas estão no meu top 5 das melhores que já provei.

Fiquei fascinado em conhecer a cervejaria e o processo produtivo. Cervejas híbridas brassadas com muito cuidado e carinho, que passam por 2 fermentações, alta e espontânea (selvagem). Havia quase trezentos tonéis de carvalho onde repousava e maturava o precioso fermentado marrom avermelhado, de varias safras distintas.

The Brewing Process of Rodenbach – Assista aqui
Eel in the green

No final da visita decidimos “fazer uma boquinha”. Nos indicaram um tipo de pub em que serviam pratos rápidos e cerveja Rodenbach obviamente.

Pedimos alguns petiscos: croquetes e tomates recheados de camarão (tomate crevette) que são feitos com camarões cinza, não muito grandes mas saborosíssimos, um tipo de morcilla que leva pão na mistura e finalizamos com Eel in the green, enguias guarnecidas por um espesso molho verde, feito de vegetais e ervas.

Pode parecer estranho mas é muito gostoso, principalmente acompanhados da Rodenbach Grand Cru.

Após essa verdadeira maratona gastronômica, retornamos para Bruxelas com o espírito renovado.

DICAS:

  • A partir de Bruxelas é possível participar de tours a cervejarias, chocolaterias e restaurantes. Geralmente encontram-se informações nas recepções dos hotéis.
  • No Brasil, as cervejas que citei podem ser encontradas em vários bares e restaurantes ou na loja online da CONFRARIA PAULISTÂNIA STORE, da Bier & Wein, responsável pela importação exclusiva de todos estes rótulos.

Um grande abraço a todos e até a próxima jornada cervejeira.

LAGER: CONHECENDO ESTA FRIORENTA LEVEDURA

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Por Aline Araujo, Sommelière de Cervejas, professora e empresária com formação em administração de empresas e especialização em marketing. Mais de 10 anos de experiência no mercado de bebidas. LAGER NÃO É TUDO IGUAL NÃO! Quando vertemos desprenteciosamente aquela cervejinha dourada e super gelada em um 

IPA X APA… A BATALHA DE SABORES

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Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Também é um apaixonado por cervejas, tanto que escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o 

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 6 VIADUTO DO CHÁ

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 6 VIADUTO DO CHÁ

Por Henrique Carnevalli, t.izêro, Sommelier de Cervejas, amo música desde pirralho, noveleiro, corinthiano sofredor e cofundador do site RockBreja.

Para dar continuidade ao texto do meu amigo Anderson R. Lobato, UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 5 TREM DAS ONZE, vamos falar agora da Paulistânia Viaduto do Chá.

VIADUTO DO CHÁ LIGANDO OS PONTOS

O Viaduto do Chá é um dos símbolos marcantes da Cidade de São Paulo e ponto de bastante visitação por turistas, inclusive de nós paulistanos também, não é?

Para explicar como este monumento se tornou um dos grandes ícones da nossa querida cidade, temos que voltar em 1877, quando seu projeto foi idealizado pelo arquiteto renomado francês, Jules Martin (1832-1906), conhecido por aqui pelo seu trabalho em projetos urbanísticos.

Antes de sua construção, o Vale do Anhangabaú era separado pelo rio de mesmo nome que dividia a região: de um lado estava a Rua Direita e do outro o “Morro do Chá” (que ganhou esse nome por conta das plantações de chá-da-índia que havia no local), onde hoje é a República e a Rua da Consolação.

Na época, os moradores do Morro do Chá tinham dificuldades para atravessar da atual Rua Líbero Badaró para o lado em que se localiza o Theatro Municipal. Era preciso descer a encosta, atravessar a Ponte do Lorena sobre o Anhangabaú e subir a Ladeira do Paredão (atual Rua Coronel Xavier de Toledo). E ainda tinham a chácara e a casa da Baronesa de Tatuí, que se opunha à construção do viaduto.

Onde localiza-se o Teatro Municipal era a serraria do alemão Gustavo Sydow e, logo depois, havia a chácara do Barão de Itapetininga, delineada pelas ruas Formosa, 24 de Maio e D. José de Barros….ou seja, era um bom caminho a percorrer.

VACILOS, PROBLEMAS E O AUGE

A proposta da ponte foi apresentada à Intendência Municipal em 1887, mas os trabalhos só começaram em 1888, sendo interrompidos um mês depois, por conta da resistência dos moradores da região, entre eles o Barão de Tatuí, cuja casa seria uma das desapropriadas. A população favorável à obra conseguiu reverter a situação logo depois, e o projeto pôde ter continuidade.

A Companhia Paulista de Chá ficou com os direitos do projeto, quando foi retomado em 1889, porém enfrentou problemas financeiros e quase foi à falência.

Sem opções, o município transferiu a responsabilidade da construção para a Companhia de Ferro Carril de São Paulo. Esta encomendou uma armação metálica que compôs o viaduto à empresa alemã Harkort.

O viaduto foi concluído dois anos depois, tendo sua inauguração em 6 de novembro de 1892.

ESTRUTURA

construção Viaduto do Chá, 1897
Viaduto do chá e plantação de chá abaixo, Vale do Anhangabaú, 1897.

Sua construção possuía 240 metros de comprimento, sendo 180m de estrutura metálica e 60m, da Rua Barão de Itapetininga, aterrada; 14 metros de largura, sendo 9m da passagem central e 5m de passarelas laterais (com assoalhos de prancha de madeira); 20 metros de distância do rio; e arco central de 34 metros.

O viaduto era iluminado por 26 lâmpadas a gás e contava, para fins estéticos, com obras de arte em suas quatro extremidades e balaustrada de bronze, com o logotipo da Companhia de Ferro.

Para pagar as despesas, eram cobrados sessenta réis ou três vinténs para a utilização da passagem, o que na época garantiu o apelido de “Viaduto dos Três Vinténs”. No local, existia um portão para controlar a passagem e restringir seu uso no período da noite.

O portão só foi removido, tornando o viaduto gratuito, em 1897, quando o vereador Pedro Augusto Gomes Cardim, apoiado por uma petição popular, levou uma moção à Municipalidade.

Por lá costumavam passar pessoas refinadas, que se dirigiam aos cinemas e às lojas da região e, depois de 1911, ao Theatro Municipal.

Viaduto do Chá 1923
Viaduto do Chá – Cartão Postal 1923
“Sobre a estrutura metálica do Viaduto atravessavam-se vigas de madeira de lei, cruzadas longitudinalmente pelos trilhos dos bondes de tração animal.”

REFORMINHA BÁSICA

Com o crescimento de São Paulo, veio também a necessidade de se modernizar, pois o número de pessoas que utilizavam o viaduto aumentava a cada dia. Sendo assim, reformar o viaduto era uma necessidade, para que o mesmo acompanhasse o crescimento da cidade.

Em 1938, a construção de metal alemã com assoalho de madeira passou a não suportar mais o volume de pessoas que ali passavam todos os dias. Assim, no mesmo ano, o viaduto foi demolido, dando lugar a um novo.

Reconstruído em concreto armado e com o dobro de largura, até os dias de hoje o viaduto é usado como passarela para carros e pedestres, sendo referência da Zona Central da cidade.

VIADUTO DO CHÁ – UM ESTÚDIO A CÉU ABERTO

É galera, um cenário tão icônico e cosmopolita, não poderia deixar de virar cenário. Tanto nas nossas vidas, quanto em videoclipes, programas de TV, reportagens, novelas, ou seja a lista é grande: Tempos Modernos, Amor à Vida, Ti-ti-ti, Vídeo Show, etc…

Novela tititi gravada no Viaduto do Chá
Claudia Raia ensaia cena da novela Ti-ti-ti sob o comando do diretor Jorge Fernando

Se você for até lá, perceba, temos pelo menos 4 vistas diferentes: 1a. para o Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo; 2a. Shopping Light com seus toldos vermelhos nas janelas; 3a. vista, o inebriante Theatro Municipal de São Paulo…realmente um cenário de tirar o chapéu; e a 4a Rua Libero Badaró, com os seus prédios antigos.

FALANDO NA CERVEJA…

Embalagens diversas Viaduto do Chá

Por todos esses motivos e por sua relevância no cotidiano da cidade a cervejaria Paulistânia decidiu em 2018, prestar uma homenagem a altura batizando sua American Hop Lager de Paulistânia Viaduto do Chá.

Saiba mais sobre O FABULOSO MUNDO DAS LAGERS

O estilo escolhido nasceu no Estados Unidos e é muito consumido no mundo. São cervejas leves, límpidas com a coloração dourada e um corpo e espuma baixos, o que agrada diversos paladares, já que possui um grande drinkability.

Para reverenciar o Viaduto, a Paulistânia acresceu Erva Mate (orgânica) a receita que passa pelo processo de dry hopping – técnica de adição de lúpulo que traz diferentes aromas e sabores à cerveja, mas isso é assunto para outro post…

O NASCIMENTO

A Paulistânia Viaduto do Chá nasceu em maio de 2018, em grande estilo. Com 5,0% de teor alcoólico, aroma cítrico e amargor moderado, ótima para harmonizar com um belo churrasco.

E assim foi, na frente do Eataly em São Paulo, entre amigos e convidados (saudades de uma aglomeração), saborosos cortes de carne e muita Paulistânia Viaduto do Chá!

Lançamento Viaduto do Chá Eataly
Lançamento Viaduto do Chá Eataly

Para os novatos e entusiastas, vale a experiência! Então, se eu fosse você, corria para o site da Confraria Paulistânia Store, e garantia esta e todas as histórias de São Paulo contadas em cada rótulo da cervejaria, além disso, aproveitaria que tem as importadas da BierWein e abasteceria sua linha de degustação, uma viagem sensorial.

Bora?

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – MARCO ZERO, UM CAPÍTULO À PARTE

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – MARCO ZERO, UM CAPÍTULO À PARTE

Por Felipe Valério, embaixador na empresa Bier&Wein e supervisor de vendas na grande São Paulo, correndo de bar em bar para levar a alegria líquida para os apreciadores de plantão, e sempre soltando várias novidades e fotinhos no @felipevalerio80 só para constar…rs Abram alas porque 

FELIZ ANIVERSÁRIO, PAULISTÂNIA!

FELIZ ANIVERSÁRIO, PAULISTÂNIA!

Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embxdrs.da.cerva. Salve galera, tudo bem com vocês? Ontem, fui convidado para uma festa de aniversário virtual, mas não foi 

CERVEJAS ESCURAS, DELICIOSAS PARA  QUALQUER ÉPOCA DO ANO.

CERVEJAS ESCURAS, DELICIOSAS PARA QUALQUER ÉPOCA DO ANO.

O CURIOSO CASO DE AMOR ENTRE O VERÃO E AS CERVEJAS ESCURAS.

Por Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cervejas especializado em harmonizações, técnico cervejeiro, criador de conteúdo para o youtube e o instagram @beersenses

IMAGEM CERVEJAS ESCURAR PARA O VERÃO

Foi amor à primeira vista. Eles se conheceram há séculos e deu “match”. Um combinava muito com outro, e sempre tiveram um romance. Porém, muitas pessoas não acreditavam que isso pudesse dar certo, muita gente desdenhou e virou as costas para esse relacionamento. Talvez isso tenha acontecido por desinformação ou por simples preconceito. Mas o fato é que muita gente não liga para eles juntos. Contudo, os dois se mantém unidos até hoje, e cada vez mais estão conquistando a atenção de pessoas até então incrédulas.

AMOR DE VERÃO QUE FICA

Esta bela metáfora – que poderia ser roteiro de telenovela – na verdade representa a relação entre o verão e as cervejas escuras. É isso mesmo, contei essa historinha toda pra dizer que sim, meus queridos e queridas, é muito gostoso consumir cervejas escuras no calorão tropical de mais de 30°C.

Muita gente não opta por essa combinação porque acha que cerveja escura é sinônimo de cerveja forte. Mas não é. Há cervejas escuras leves, refrescantes, e que podem fazer deliciosas harmonizações de verão.

Importante entender que, quando usamos a expressão “cerveja escura” estamos falando de uma faixa grande de cores. Uma das medidas de cor usadas na cerveja é a escala EBC (European Brewery Convention). Pela legislação brasileira, as cervejas com EBC acima de 20 são classificadas como cervejas escuras.

IMAGEM TABELA ESCALA EBC European Brewery Convention, TEXTO CERVEJAS ESCURAR PARA O VERÃO
Escala EBC – European Brewery Convention

Se olharmos com atenção para a escala, veremos que não existe a cor preta. Tecnicamente, nenhuma cerveja é preta. Mas, como muitos estilos acabam ficando muito escuros, são chamados de cerveja preta. E isso desde sempre.

Os primeiros registros de cervejas pretas são do século 16, na Turíngia e na Saxônia, hoje pertencentes à Alemanha, quando eles faziam uma cerveja com grãos bem escuros que ficou conhecida como Schwarzbier (Schwarz é preto em alemão).

ESCURAS PARA O VERÃO….E DA ESTAÇÃO QUE VOCÊS QUISEREM.

O que dá cor à cerveja é a mistura de maltes usada na produção. Há uma variedade grande de maltes, com colorações diferentes. Os chamados maltes base, como Pilsen e Pale Ale (leia também A COMPLEXA E INEBRIANTE CERVEJA ALE), são mais claros, amarelos. Conforme a intensidade na secagem dos grãos aumenta, a cor vai se modificando também. Os grãos de malte mais avermelhados e marrons, como as variedades caramelo, chocolate e outras, passam por temperaturas mais altas e maior tempo de secagem, sofrendo a chamada reação de Maillard, que é a caramelização provocada pelo calor.

Portanto, quando o mestre cervejeiro escolhe o seu blend de maltes ele também está escolhendo a cor que a sua cerveja terá. Isso é feito com cálculos baseados nas informações da tabela de cores EBC fornecida pelos produtores dos maltes.

Então, sabendo que são os maltes que definem a cor final de uma cerveja, uma outra informação é importante: nenhuma cerveja é feita somente com maltes escuros. Há sempre uma mistura de maltes claros e escuros. Os mais escuros são predominantes na formação da cor, o que significa que não é preciso ter muito malte escuro para que uma cerveja fique escura. E aqui nesse ponto é que está a explicação de porque uma cerveja escura pode ser refrescante.

Não é necessário que a cerveja tenha alto teor alcoólico ou corpo mais pesado para ser escura. Em alguns estilos, apenas 5% dos maltes são escuros, e o resultado final é uma cerveja marrom mais escura. O fato de usar pouco malte deixa o corpo da cerveja mais baixo, e consequentemente, a cerveja fica leve e refrescante.

CERVEJA ESCURA NO VERÃO….PODE!!!

Então, na verdade, temos é que encontrar quais são as cervejas escuras que são mais refrescantes. Isso acontece com as claras também, portanto, a cor não é indício para essa escolha. Por isso recomendo algumas para quem quer encontrar esse amor entre o verão e as cervejas escuras.

HB DUNKEL, TEXTO CERVEJAS ESCURAR

A Höfbrau Dunkel é uma das mais tradicionais cervejas escuras da Baviera, com presença dos maltes tostados, corpo baixo, leve e refrescante. E para deixar a experiência bem refrescante, prove a HB Dunkel acompanhada de um belo sorvete de flocos. Faça isso e conheça o paraíso (e nem precisa me agradecer depois viu).

ERDINGER E WARSTEINER DUNKEL, TEXTO CERVEJAS ESCURAS.

Outra que tem as características boas para um dia quente é a Warsteiner Dunkel, que pode ser consumida com facilidade no calor, com alto drinkability. Essa cerveja pode ser uma bela companheira para um churrasco na beira da piscina. Ela vai muito bem com carnes na grelha de uma maneira geral.

A Erdinger Dunkel é outro exemplo de cerveja escura que pode ser ótima no verão. Por ser uma Dunkelweizen, ou seja, feita com trigo, ela apresenta notas frutadas e condimentadas, se juntando às notas tostadas dos maltes escuros, numa viagem sensorial magnífica. Para uma bela harmonização de verão com a Erdinger Dunkel, sugiro um banana split à moda antiga.  

E minha última sugestão de cerveja escura para o calor, é substituir o cafezinho da tarde por uma cerveja escura. Uma ótima pedida para essa substituição é a cerveja Largo do Café da Paulistânia, uma Oatmeal Stout com adição de café. Sirva com um bolo gelado de chocolate e a tarde de verão ficará inesquecível.

PAULISTÂNIA LARGO DO CAFÉ, TEXTO CERVEJAS ESCURAS PARA O VERÃO

Portanto meu povo, vamos embarcar nesse caso de amor do verão com as cervejas escuras e viver essa experiência. Todas as minhas sugestões de brejas escuras para o verão estão disponíveis aqui na Confraria Paulistânia Store.

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 5 TREM DAS ONZE

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UMA VIAGEM PELO NÚMERO 11 Por Anderson R. Lobato, dentre vários defeitos: Santista sofredor, Homebrewer, Sommelier de Cervejas, pai do Dudu e amante de um @Pao_Liquido.  Fala turma cervejeira, como estão? Espero que tenham passado muito bem de festas, e que tenhamos um 2021 repleto de 

CERVEJAS HÍBRIDAS: UMA CERVEJA TÃO TRADICIONAL, QUANTO DELICIOSA

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MALTES & LÚPULOS: A ALQUIMIA DA CERVEJA

MALTES & LÚPULOS: A ALQUIMIA DA CERVEJA

POR TRÁS DA FELICIDADE LÍQUIDA

Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Apaixonado por cervejas, escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas que acaba de chegar ao mercado. Inclusive cerveja!

Em outro bate-papo, já falamos do lúpulo de SAAZ. Que tal saber um pouco mais sobre os tipos de lúpulos e maltes que compõem uma cerveja?

Relembre aqui: SAAZ PARA CÁ!

imagem maltes e lúpulos, carta lei da pureza alemã

Em 23 de abril de 1516, o duque Guilherme IV da Baviera mudou para sempre as regras de como uma cerveja deveria ser fabricada instituindo a Lei Reinheitsgebot, conhecida como a lei da pureza da cerveja. Ela instituiu que cerveja deve conter apenas os seguintes ingredientes: água, malte e lúpulo. A levedura de cerveja não era conhecida à época, mas entrou nas exigências e a fórmula básica prevalece até hoje.

A cerveja é fruto de uma alquimia, uma mistura de ingredientes que, de acordo com a combinação, variedade e quantidade, geram cervejas absolutamente distintas e, porque não, fascinantes! Então, convido você a conhecer mais sobre a importância desses dois ingredientes básicos: o lúpulo e o malte.

O MALTE

Muita gente acha que cerveja boa é cerveja puro malte. Isso é uma meia-verdade. Uma cerveja que usa um ou uma combinação de maltes provavelmente é melhor do que outra que permite a adição de cereais não maltados (arroz, milho, sorgo). Mas isso não é uma regra. O que vale aqui é a qualidade e a quantidade deste ingrediente na receita da cerveja. Há cervejas puro malte não muito agradáveis e há cervejas com adição de milho, por exemplo, bem razoáveis.

Além de ser um ingrediente essencial, o malte contribui para o sabor, o corpo e a cor de uma cerveja, além de influenciar na densidade da espuma. Além disso, os açúcares do malte são transformados em álcool na fermentação. Ou seja: quanto mais e de melhor qualidade, melhor.

O malte é obtido a partir de cereais como trigo, cevada e centeio através de um processo de germinação controlada. Os grãos são umedecidos e postos em grandes tanques em temperaturas mais altas. Quando eles começam a brotar, o processo é interrompido e o malte é colocado para secagem e torra ou defumação, de acordo com o tipo de malte que se deseja obter.

Existem diversos tipos de malte e a escolha de um ou de um mix deles na receita é um dos fatores que determina o estilo que a cerveja vai ter. Vamos aos mais utilizados:

É MUITO MALTE

imagem é muito malte e muito lúpulo

1. MALTE PILSEN

É o tipo de malte mais comum, presente na maioria das receitas. É seco em baixa temperatura, tem cor clara e aroma de cereal. O malte Pilsen tem muitas enzimas e açúcares fermentáveis, o que propicia uma excelente fermentação. É o malte base para as cervejas da família Lager.

Venha saber mais: O FABULOSO MUNDO DAS LAGERS

2. MALTE PALE ALE

Este tem menos enzimas que o malte Pilsen e é aquecido a temperaturas mais altas ou durante mais tempo. Tem coloração um pouco mais escura e dele obtém-se aromas e sabores levemente adocicados, que lembram biscoito. O malte Pale Ale é usado como base para as cervejas da família Ale.

Saiba tudo da família ALE: A COMPLEXA E INEBRIANTE CERVEJA ALE

3. MALTE CARAMELO

O malte Caramelo é um malte mais tostado, proporcionando à cerveja cores que vão do âmbar-claro ao marrom-escuro e aromas caramelados e toffe, que lembra açúcar queimado. O malte Caramelo é usado nas cervejas Amber, Oktoberfest e Bock, entre outros estilos.

4. CHOCOLATE

O malte chocolate proporciona à cerveja coloração marrom-escura e aromas de caramelo queimado, chocolate amargo e café. É utilizado nas cervejas Porter, Brown Ale e em algumas Stout.

5. DEFUMADOS

Maltes defumados são aqueles que sofreram processo de defumação com madeira ou turfa para obterem o aroma e sabor característicos. Maltes defumados são utilizados nas cervejas Scottish Ale, Smoked e Stout.

6. ESCUROS

Os maltes escuros são expostos a altas temperaturas, sendo praticamente torrados. Nesse processo, carboniza-se a maior parte do amido, das enzimas e do açúcar, e eles adquirem cores e sabores característicos de cervejas como Brown Ale, Red Ale, Porter e Stout.

7. PRETOS E TORRADOS

Esses maltes são bastante amargos, com forte aroma de café tostado, pois seus grãos são literalmente queimados. Utilizados principalmente nas cervejas Stout, Old Ale, Porter, entre outras.

8. CENTEIO, TRIGO E AVEIA

Enquanto todos acima são feitos à base de cevada, esses outros maltes podem ser utilizados sozinhos, criando estilos, como a cerveja de trigo (Berliner Weisse, Weizen Witbier, Weissbier, American Wheat…) ou a de centeio (Rye, Roggenbier). Mas também podem ser combinados aos de outros maltes de cevada, agregando texturas, sabores, corpos e aromas distintos a determinados estilos.

O LÚPULO

O lúpulo (Humulus Lupulus) é uma flor que vem da planta trepadeira da família das Canabiáceas (prima da Cannabis), mas ele não dá barato nenhum. Seu principal papel é proporcionar aroma e amargor nas cervejas, além de garantir uma maior vida útil a elas por conta de seu poder antioxidante e antimicrobiano.

imagem plantação de lúpulo, texto maltes e lúpulos

Ele pode entrar na receita em um ou mais momentos. O principal é adicioná-lo no início da fervura do mosto (a pasta de água e malte triturados). Pode ser inserido também nos 15 minutos finais da fervura do mosto (adição tardia) ou quando o mosto já está frio. Este último processo é chamado de late hopping ou dry hopping. Ou seja, quanto mais lúpulo é adicionado à cerveja nos diferentes estágios da produção, mais amargor e aromas característicos de cada tipo de lúpulo ele irá proporcionar à receita.

TIPOS DE LÚPULO

Tal como acontece com o vinho, o clima e o terroir de cada região produtora confere às plantas características próprias.

Os Estados Unidos são o maior produtor de lúpulo do mundo com números um pouco maiores que a Alemanha, em segundo, e a República Tcheca, em terceiro.

LÚPULOS AMERICANOS

Os lúpulos americanos conferem um intenso sabor e aroma à cerveja, sempre com uma característica cítrica, floral, bem frutada, e um aroma inebriante de pinho. Destaque para o Amarillo, Citra, Cascade, Centennial, Columbus, Equinox, Zeus, Loral, Nugget, Cashmere, Ahtanum e Mount Hood.

LÚPULOS ALEMÃES E TCHECOS

De uma maneira geral, os lúpulos dos estilos alemães têm características picantes e florais. Destaque para as variedades Saphir, Hallertau, Herkules, Ariana e Tettnang. Os lúpulos tchecos têm características semelhantes aos alemães e por isso muitas receitas combinam ou substituem uma variedade por outra em seus portfólios. Destaque para o Saaz e o Spalt.

LÚPULOS INGLESES

Os ingleses estão entre os 10 maiores produtores de lúpulo mundiais e seus lúpulos tendem a ser mais terrosos, condimentados, com aromas mais fechados, levemente florais, frutados e cítricos. Acabam sendo muito utilizados mesmo em estilos de cervejas inglesas ou em variações delas ao redor do mundo. Destaque para o East Kent Golding, Target, Admiral e Fuggle.

OUTROS CAMPEÕES

Existem lúpulos produzidos em países como Bélgica, Áustria, Austrália, Nova Zelândia, França e Japão que também são muito utilizados pela indústria cervejeira, principalmente por serem alternativas às variantes tradicionais. Destaque para os campeões de vendas Galaxy e Ella (Austrália), Nelson Sauvin, Motueka e Riwaka (Nova Zelândia), Savinja Golding (Áustria), Aramis e Triskel (França) e Sorachi Ace (Japão).

A Bélgica tem uma tradição cervejeira secular e uma produção de lúpulos interessante para suprir sua demanda local e a de países vizinhos como Alemanha, Reino Unido e Holanda. Começou produzindo as variedades Northern Brewer, Challenger e Hallertau, mas atualmente produz mais de 20 variedades diferentes. Tanto que foi criada a Belgische Hop, uma cooperativa de produtores de lúpulo em Poperinge, que garante a presença de ao menos 50% de lúpulos nacionais em uma cerveja belga.

LÚPULO BRASILIS

IMAGEM BRASIL PARA TEXTO MALTES E LÚPULOS

E os lúpulos brasileiros? Como o lúpulo é uma planta típica de climas frios, ele não se dá bem no nosso calorzão tropical. Porém, já há muitos produtores tentando produzir uma variedade mais adaptada ao nosso clima e plantando em regiões mais frias, como o Sul do Brasil, o interior paulista e a região serrana do Rio. Como aqui “Em se plantando tudo dá!”, já há variedades promissoras, que são usadas para produzir rótulos em pequena escala. Mas é questão de tempo. Não me admira que cheguemos em breve a ter uma variedade brasileira de sucesso comercial. 

O MIX

Tal como acontece com os maltes, é possível misturar lúpulos em uma receita de cerveja. As que usam apenas uma variedade são chamadas de Single Hops. E as que fazem o mix geralmente buscam as características de cada um para montar uma explosão de aromas e sabores. E há cervejas que trazem o blend, mas carregam na quantidade de certo lúpulo a fim de que ele se sobressaia aos demais. São infinitas as possibilidades.

Uma maneira fácil de saber se a cerveja tem bastante lúpulo é conferir no rótulo o seu IBU (International Bitterness Units scale). Esta medida geralmente define que uma cerveja que tenha até 20 IBU é considerada de baixo amargor. De 20 a 40, de médio e acima disso de alto amargor. No entanto, existem cervejas com amargor superior a 100 IBU e outras que furam essa regra porque equilibram o amargor com outros ingredientes. Como disse, são infinitas as possibilidades… Mas o IBU serve de parâmetro.

TABELA DE IBU PARA O TEXTO MALTES E LÚPULOS
TABELA DE IBU

INFORMAÇÃO NUNCA É D+

Não se ache conhecedor nem um total analfabeto em maltes e lúpulos. Minha dica é ler o rótulo ou procurar na internet a composição das cervejas bacanas que você toma e, com o tempo e muitas provas, tenho certeza que você irá perceber melhor como a característica dos maltes e de cada lúpulo podem influenciar no resultado final de uma cerveja.

Resumindo: prove diferentes estilos com freqüência, mas com moderação e consciência, refinando seu paladar. Ela irá revelar a você as nuances desse fantástico, incrível, apaixonante, tudo de bom… universo das cervejas.

Comece navegando bem aqui, no e-commerce Confraria Paulistânia Store. Muitas das cervejas do portfólio da BierWein possuem alta concentração de lúpulos (Paulistânia Trem das Onze, Paulistânia Caminho das Índias, Praga, Warsteiner Double Hopped, Trooper IPA entre muitas outras). Um ótimo passo para suas degustações por essas e outras maravilhas cervejeiras. Aproveite porque sempre rolam informações sobre cervejas nacionais e importadas pela Bier & Wein, além de, claro, promoções irresistíveis.