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Itália 1 – “Pizze, Pasta, Dolci e Birre”

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Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira. Leia também: UNA BIRRA, PER FAVORE! Olá meus amigos cervejeiros. Quero contar para vocês algumas passagens de uma viagem que fiz para a Itália. l’amore italiano Viajei 

Sobre Pizzas, Paulistanos e Paulistânia

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Por Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cervejas especializado em harmonizações, técnico cervejeiro, criador de conteúdo para o youtube e o instagram @beersenses Aqui em São Paulo são consumidas mais da metade de todas as pizzas feitas no Brasil. Aqui em São Paulo temos a cervejaria 

INVERNO + FONDUE = CERVEJA

INVERNO + FONDUE = CERVEJA

Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, Técnica Cervejeira e apresentadora –  @candysommeliere

Existem cervejas de inverno?


Bem, vou responder essa maravilhosa pergunta com outra: existe amor de verão?
Pois é, claro que não há época para o amor, porém não há como negar que o cenário de verão fica perfeito para uma linda história de romance, não é verdade?

Desta mesma maneira, nada impede que tenhamos vontade de pedir uma cerveja mais alcoólica e encorpada no calor de 30 graus celsius, mas o friozinho, sem dúvida alguma coisa faz com que essa vontade aconteça com mais frequência. Uma cerveja que cria uma sensação deliciosa de aquecimento alcoólico é uma excelente pedida para aplacar as baixas temperaturas, causando um conforto imediato. Mas não é uma regra, afinal podemos harmonizar cervejas de baixo ABV, por exemplo, com pratos quentes que nos trarão a mesma sensação de conforto.

Hoje, vou mostrar para vocês como isso é possível fazendo harmonizações com uma receita típica de inverno, a espetacular fondue.

VOCÊ SABE COMO SURGIU A FONDUE?

A fondue (palavra feminina), originou-se na Suíça francesa; daí seu nome, pois fondue (particípio passado de fondre) em francês significa fundido, derretido – ou seja, queijo fundido, no qual se mergulha o pão. 

A história da descoberta da fondue vem da Idade Média, cerca de sete séculos atrás, nos Alpes da Suíça, em consequência de uma inesperada superprodução de queijos. Curiosamente, como inúmeras outras glórias da gastronomia, uma iguaria que nasceu da necessidade.

Antiga Confederação Helvética
Mapa Antiga Confederação Helvética

Os helvéticos, então, já eram exímios produtores de laticínios excelentes – que inclusive exportavam às nações vizinhas.  Porém uma nevasca terrível isolou completamente um determinado ponto da Suíça, ao redor de Neuchatel.  Surpreendidos com um estoque superlativo que não podiam vender, os produtores do local tiveram uma ideia: Derreteriam o excesso, à espera de uma nova temporada e, para melhor conservarem a massa, no seu recozimento acrescentariam alguma espécie de álcool, vinho ou aguardente, no caso kirsch, o delicioso destilado de cerejas daquelas regiões. Depois de ré endurecida pelo frio, a massa não mais correria o risco de estragar.

Para reutilizá-la, bastaria submetê-la, novamente, ao processo de fusão. No teste inaugural do conceito, os produtores utilizaram um gigantesco caldeirão. Obviamente, experimentaram diversas vezes a textura e o sabor da massa enriquecida pelo kirsch. Um cidadão mais engenhoso, então, espetou um naco de pão na ponta de uma haste qualquer, que mergulhou no caldeirão. Voilà! Aleluia!

A iguaria ganhou fama mundial a partir da década de 1950, quando o chefe Conrad Egli, do restaurante Chalet Suísse, em Nova York, passou a servir o prato. Para complementar, criou a fondue de chocolate, que servia de sobremesa.  Apesar de ter surgido de forma rústica, a fondue se tornou uma comida refinada. Isso porque os ingredientes utilizados possuem um preço um pouco elevado, como é o caso dos queijos gouda, gorgonzola, emental e gruyère.

Restaurante Chalet Suísse em Nova York
Restaurante Chalet Suísse em Nova York – 45 West 52nd St

Então prepara sua panelinha de fondue e vem mergulhar comigo nessas delícias de inverno!

E QUE SE INICIEM OS TRABALHOS!

Como vocês já sabem, sou fã de enaltecer o comercio local, na inteligência de manter a economia de bairro e, aqui onde moro, Vila Romana – São Paulo, tenho um mercado do coração, o Superville. Localizado na rua Coriolano, nº 1071, esse é um supermercado que você TEM que conhecer. Além de ter itens incríveis e preços excelentes, você irá se deparar com uma equipe super bem-humorada, que te dará um tratamento atencioso e prestativo.
Então fui ao Ville e comprei todos os itens para preparar fondues de queijo e chocolate.

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Para a fondue de queijo, escolhi a marca Campo Lindo que tem um sabor suave e marcante. Na padaria sensacional do Superville, peguei 02 baguetes de fermentação natural, multigrãos e alecrim. Peguei, também, tirinhas de filé mignon.

A fondue de chocolate meio amargo, foi muito bem representada pela Cruzília e para mergulhar escolhi as seguintes frutas: tangerina, morango, kiwi, carambola e uva.

A harmonização precisava ter cervejas que fizessem esses pratos ainda mais especiais e, eu não vacilei, entrei na Confraria Paulistânia Store e comecei a explorar as possibilidades. Fiquei um tempo indecisa, afinal só tem cerveja incrível nesse portal, mas depois de algumas babadas, consegui selecionar 03 cervejas que fizeram tudo brilhar.

Fondue de queijo com baguete e Konig Ludwig Weissbier Hell

Konig Ludwig

Sua Alteza Real o Príncipe Luitpold da Baviera reconhece oficialmente a alta qualidade desta cerveja e os insumos selecionados do sul da Alemanha.
De coloração dourada, é uma cerveja naturalmente turva, que mantém a tradicional refermentação na garrafa. Saborosa e condimentada, traz notas de cravo, banana, fermento e um toque de maçã. É encorpada e de final seco. Tem 5,5% de ABV e 15 IBU.

König Ludwig Weissbier Hell foi eleita a melhor cerveja de trigo do mundo (medalha de ouro) no WBA – World Beer Award 2008. König Ludwig é uma linha de cervejas produzidas a partir de receitas da realeza Bávara. A família real Wittelsbach, que governou a Baviera de 1180 à I Guerra Mundial, tem sua história profundamente ligada às cervejas. Em 1260 o Duque Lothar fundou a primeira cervejaria de Wittelsbach. Em 1516 o Duque Wilhelm IV (Guilherme IV), também membro da família, instituiu a afamada Lei de Pureza (Reinheitsgebot). Em 1976 o príncipe Luitpold da Baviera assumiu a cervejaria em Kaltenberg e é ele quem cuida pessoalmente, até hoje, do controle de qualidade e excelência das cervejas König Ludwig. Os rótulos são estampados com o brasão de Wittelsbach. (saiba mais: KÖNIG LUDWIG – UM CONTO DE FADAS CERVEJEIRO)

Modo de preparo:

Com uma tesoura, corte o plástico que contém a massa de queijo e coloque a massa em uma panela. Atenção, não coloque direto na panela de fondue.
Rale 01 dente de alho grande adicione à massa de queijos.

Ligue em fogo baixo e mexa com uma colher de pau ou silicone. Adicione vinho branco aos poucos, até a massa ficar cremosa e brilhante. Transfira para a panela de fondue, com o rechaud aceso. Dica, sempre que ficar espesso, coloque um pouco mais de vinho branco e mexa.
Corte o pão em cubinhos e sirva.

Fondue de queijo com filé mignon e Erdinger Pikantus

Erdinger Pikantus

É uma especialidade bávara para amantes de cervejas fortes. Com 7,3% de teor alcoólico e apenas 10 IBU, esta cerveja escura estilo weizenbock adquire sabor complexo na utilização de selecionados maltes tostados de trigo e cevada e no longo período de maturação. De fermentação híbrida: 1ª. fermentação com levedura tipo Ale (alta fermentação) e a 2ª. fermentação que ocorre dentro da garrafa é com levedura Lager (baixa fermentação), essa cerveja vai aquecer seu coração!

Leia também: MATURAÇÃO NOBRE BÁVARA – O SELO DA DIFERENCIAÇÃO / CERVEJAS HÍBRIDAS: UMA CERVEJA TÃO TRADICIONAL, QUANTO DELICIOSA

O preparo é o mesmo do anterior.

Modo de preparo das tirinhas de filé mignon:

Tempere as tirinhas de filé com um pouco de sal e pimenta do reino. Não carregue no sal, pois isso irá atrapalhar a percepção do queijo da fondue.
Em uma frigideira, coloque um fio de azeite e aqueça. Adicione as tirinhas e grelhe ao ponto.
Sirva as tirinhas ainda quente para mergulharem na fondue.

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Fondue de chocolate meio amargo com frutas e La Trappe Bock

La Trappe Bock

A única Bock Ale Trapista do planeta! Produzida apenas uma vez ao ano no Monastério Trapista de Koningshoeven (Tilburg – Holanda), é uma cerveja de alta fermentação, refermentada na garrafa e feita a partir de maltes tostados. De cor marrom-escura com nuances avermelhadas, possui boa presença de lúpulo, com toques de malte, final doce-amargo e envolvente aroma de chocolate meio amargo. Com 7,0% de ABV e 38 IBU, não há como descrever a delícia que se encontra engarrafada nessa La Trappe sazonal. (saiba mais: A CERVEJA DOS MONGES)

Modo de preparo da fondue de chocolate meio amargo:

Neste caso, segui à risca o que a embalagem indicava. Coloquei o conteúdo diretamente na panela de fondue e acendi o rechaud. Mexi com uma colher de pau por 03 minutos até ver o chocolate ficar brilhante e quente.
Corte as frutinhas com carinho, buscando cortes que ressaltem as cores de cada fruta. No caso de frutas com cascas, descasque delicadamente para manter a integridade da poupa.

La Trappe Bock

Eu sei, você pirou né? Tá querendo fazer já essas maravilhas, correto?


Não perca tempo, entre agora no site Confraria Paulistânia Store e escolha quais cervejas você irá escolher para harmonizar com sua fondue preferida. Ah, uma dica, se ainda não tem a panelinha de fondue, bote no grupo: “- Alguém pode me emprestar uma panelinha de fondue?” – costuma dar super certo!

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ZODÍACO CERVEJEIRO – PARTE 2

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Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão, atua no mercado cervejeiro desde 2008 tendo feito seu primeiro curso com Leonardo Botto. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embxdrs.da.cerva.

Fala pessoal, tudo bem??? Continuando a nossa harmonização entre signos e cervejas (que vocês podem acompanhar a parte 1 aqui), o verdadeiro mapa astral da cerveja, vamos falar hoje dos 7 signos que faltavam!

ESCORPIÃO

Escorpião um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 23/10 a 21/11

Se você é deste signo, muito cuidado, pois a percepção e sensualidade andam em alta!

Muitos acreditam que as pessoas de escorpião têm seus sentimentos amplificados, porém isso é um exagero.

Na verdade trata-se de um signo que consegue investigar as emoções humanas mais profundas! Tudo o afeta de forma mais intensa e, talvez por isso, tenha pouca paciência com o que não está certo e acaba transparecendo ser um pouco “autoritário” por fora, mas por dentro é capaz de administrar seus sentimentos e paixões.

Não brinque com uma pessoa de escorpião, pois apesar de ser um signo do elemento água, seu lado guerreiro vem à tona com as suas garras e seu ferrão: é um signo de luta!

Pensando nesse lado mais forte e guerreiro, os escorpianos harmonizam muito bem com a cerveja Trooper Premium, a cerveja do Iron Maiden!

Esta cerveja tem o mesmo nome de uma música do álbum Piece of Mind do Iron, chamada The Trooper, onde a letra foi inspirada na batalha de balaclava de 1854, na guerra da Criméia, entre russos e ingleses, onde estes últimos, em menor número, batalharam ferozmente contra os russos porém foram massacrados por estar em menor quantidade.

A cerveja é uma English Bitter, famoso estilo da escola inglesa onde a principal característica são os maltes que compõe a cerveja, deixando um dulçor de pão, biscoito bem presentes e também dos lúpulos que no caso são o Bobek, Golding e Cascade, que dão harmonia e remetem a aromas e sabores terrosos.

Com seus 4,7% de ABV, é uma ótima combinação para esse signo sentimental e batalhador que é o de Escorpião.

AQUÁRIO

Aquário um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 21/01 a 19/02

E inaugurando os signos do zodíaco do elemento Ar, vamos falar dos aquarianos.

As pessoas deste signo são originais e prezam pela liberdade. Pensar fora da caixinha e lá na frente são suas maiores qualidades. Sempre ativos, com vontade de mudar a sua vida e talvez as dos outros também, sempre com sinceridade!

E uma das cervejas mais honestas e sinceras que podemos prestigiar é a Paulistânia Caminho das Índias!

Na minha humilde opinião, é uma super Session IPA que supera em qualidade e se diferencia das demais pelo sabor em um corpo leve e com baixo teor alcoólico (apenas 4,2% de abv), propiciando uma ótima drinkability.

Esta cerveja é simples mas robusta e harmoniza com quase tudo: desde um prato com carnes grelhadas, até um belo hambúrguer americano tradicional.

E sabem porquê? Porque os maltes e lúpulos desta cerveja com 42 de IBU equilibram, e muito, com o umami que contém nas carnes em geral (umami é o correspondente ao glutamato, presente em vários alimentos como carnes, queijos envelhecidos, cogumelos e até no chá verde).

Outra boa dica para este signo é a Paulistânia Trem das Onze, uma APA com 11 lúpulos. Sua intensidade e criatividade (você já ouviu falar de uma cerveja com 11 lúpulos?) é que dão o toque a mais nessa cerveja. Os lúpulos misturam aroma e amargor, dando um toque de excentricidade, o que todo aquariano possui em excesso.

Boa dica para quem quer degustar uma bela cerveja.

LIBRA

Libra um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 23/09 a 22/10

Libra é o símbolo do equilíbrio. Será que é verdade? Librianos são harmoniosos e prezam a justiça.

Educados por natureza mas diplomáticos por ocasião. Talvez todo libriano deva ser uma pessoa politicamente correta, comunicativo, elegante e interlocutor.

A necessidade de justiça é o que mantém o espírito deste signo e com isso o equilíbrio entre as partes é o que os regem. Se formos pensar muito bem sobre uma cerveja para os librianos, que seja harmônica, equilibrada e ao mesmo tempo com senso de justiça, qual seria?

Talvez uma 1795 pois a harmonização entre o lúpulo Saaz com aromas frescos, florais e balanceado amargor mostram do que uma cerveja histórica, equilibrada e ao mesmo tempo saborosa é capaz!

Com 4,7% de ABV essa cerveja de baixa fermentação é límpida mas ao mesmo tempo potencializada! Bem a cara de uma pessoa de Libra, né?

Outra cerveja bem equilibrada e com senso de justiça é a Rodenbach Grand Cru. Essa cerveja não tem como não amá-la. A combinação do paladar ácido e ao mesmo tempo frutado e com notas amadeiradas (devido ao blend de ¾ de cerveja envelhecida por 2 anos em barril de carvalho e ¼ de cerveja jovem) faz esta cerveja ser única.

Então librianos, se deliciem com o sabor destes exemplares, pois vocês merecem o bom e o melhor.

GÊMEOS

Gêmeos um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 21/05 a 20/06

Conhecem signo mais inquieto do que os geminianos? Eita signo que não consegue ficar parado.

Sempre atrás de uma grande novidade, seja fazendo muitas coisas ao mesmo tempo, seja conhecendo várias pessoas ou até mesmo várias atividades.

Este signo mostra que o tempo é curto e quanto mais coisas puder fazer ao mesmo tempo, melhor!

Para este signo, podemos harmonizar uma cerveja porreta: A Trooper IPA! Esta cerveja apesar de ser proveniente da Inglaterra, contém o que há de melhor dos lúpulos americanos que, combinada aos maltes ingleses traz à tona a versatilidade e inquietação do estilo.

Idealizada pelo vocalista da banda Iron Maiden, sir Bruce Dickinson, mas produzida pela cervejaria Robynsons Brewery, possui 4,3% de ABV, mas vem com uma pegada de heavy metal proveniente dos lúpulos.

Uma boa harmonização para o signo. Outra boa escolha é o combo de aromas e sabores que só a caixinha da VAT Boon irá proporcionar.

Quem sabe o que estou falando vai perceber que este kit vai fazer o geminiano não ficar parado: Possui aroma e sabor muito sutil, elegante e clássico para o estilo.

No combo você vai encontrar cervejas muito boas, ácidas, com pegada de bretta, mas ao mesmo tempo apaixonantes! Cada cerveja é produzida e armazenada em diferentes barris que são tão antigos que não existe cópia.

Esse mix de raridade, diferenciação e paladar rústico fará qualquer geminiano sair da caixinha, com certeza.

E por fim, não poderíamos deixar de falar dos signos mais festeiros que existem, os signos do fogo: Áries, Leão e Sagitário (o meu, claro!).

ÁRIES

Áries um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 21/03 a 20/04

Quem conhece um ariano sabe que ele nasceu para ter a iniciativa. Bora fazer cerveja? Bora beber umas cervejas?Certamente o ariano responderá: Sim, topo!

A personalidade do ariano está na liderança. Capaz de fazer coisas loucas para conseguir conquistar o seu espaço, as pessoas deste signo têm talento para assumir riscos e, com isso, ganhar muitas coisas a seu favor.

Nunca brigue com um ariano pois eles sempre vencem. Predestinados a ocupar o seu lugar no mundo, determinados em vencer a batalha, este signo é regido por marte, deus da guerra, então, não queira ficar na frente de um.

Agora, pensando em cerveja, uma boa dica para este signo é a Baladin Leön, uma Belgian Strong Dark Ale. Produzida pelo excêntrico e doido Teo Musso (my brother), um italiano de respeito, a Leön possui uma bela espuma que tem cor de avelã.

Notas amadeiradas, aveludadas e ao mesmo tempo frutadas remetem a esta cerveja. Com teor alcoólico de 8,5% ela fica melhor e mais aromática à medida que vai esquentando na taça.

Com isso, as notas de chocolate provenientes dos maltes tostados vêm à tona e isso muda a cerveja sensorialmente. Um espetáculo. Assim como um bom ariano, quanto mais quente, melhor!

LEÃO

Leão um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 22/07 a 22/08

Talvez o signo que mais interaja com a beleza e com a autoestima seja o leonino.

Sedução, carisma, força e conquista.

Leoninos são indomáveis. Soberanos por natureza, incansáveis, responsáveis (até certinhos demais para o elemento fogo) e ao mesmo tempo motivadores, pois com a sua fortaleza levantada dão rumo ao que querem e, uma vez conquistados, não voltam atrás.

São exemplos de liderança mas também podem ser românticos e fiéis ao mesmo tempo, desde que a pessoa com quem se relaciona mostre ser também.

Festeiros e curiosos, querem que a vida acabe em festa! Curtem viver a vida adoidados.

E o que podemos harmonizar com este signo? Talvez a cerveja do amor, uma Kriek Boon cai muito bem. Uma cerveja leve, de fermentação espontânea, leveduras selvagens e uma pegada ácida com adição de cerejas (as krieken).

Produzida com a combinação de Lambics jovens e envelhecidas e apenas 4% de teor alcoólico. Harmoniza muito bem com sobremesas que dá uma balanceada na acidez e no sabor.

Perfeito para o símbolo da dominação e do romantismo!

SAGITÁRIO

de 22/11 a 21/12

E por fim, o melhor signo de todos (o meu, claro!). Sagitariano topa qualquer parada, desde que tenha cerveja e diversão.

Talvez o símbolo mais divertido, alegre e festivo. As pessoas deste signo curtem se arriscar para viver a vida.

Seu símbolo é um centauro, metade homem e metade cavalo, que significa que é racional (o homem) e ao mesmo tempo animal (o cavalo). Seu arco e flecha é a dica que mira em algum ponto e lança sua flecha sem direção, na esperança de poder alcançar o que procura: felicidade, diversão e cerveja, claro!

É uma pessoa bem teimosa e ao mesmo tempo conquistadora. Está no sangue! E será que tem cerveja para uma pessoa desse signo? Sim, todas que você pode encontrar no site da confrariapaulistaniastore.com.br!

Não existe cerveja específica para esse signo, todas são boas escolhas. Então sagitarianos, aproveitem que vocês têm esse dom e já peça uma para comemorar!

Então é isso pessoal, espero que tenham curtido essas harmonizações entre signos e cervejas.

Mas, se vocês têm outras dicas de harmonização que combinam com seu signo, porque não escreve aqui nos comentários e nos dá uma dica? Certeza que o importante é vocês curtirem uma boa cerveja em boa companhia ok? Saúde e até a próxima!

CONFRARIA ONLINE

CONFRARIA ONLINE

UM GUIA PARA SUA CONFRARIA ONLINE Em tempos de pandemia uma boa fonte de diversão segura é reunir amigos cervejeiros em uma Confraria online. Saiba aqui como você pode fazer a sua de uma maneira muito simples. Por Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cervejas especializado 

PARIS 2 – BOLERO DE RAVEL NA CHAMPS ELYSEES

PARIS 2 – BOLERO DE RAVEL NA CHAMPS ELYSEES

Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira. Olá meus amigos cervejeiros. Conforme havia dito, neste mês darei continuidade às minhas aventuras zitogastronômicas em Paris. (leiam o texto PARIS 1 – “JE VEUX T’ACHETER UNE 

ZODÍACO CERVEJEIRO – PARTE 1

ZODÍACO CERVEJEIRO – PARTE 1

Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão, atua no mercado cervejeiro desde 2008 tendo feito seu primeiro curso com Leonardo Botto. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embxdrs.da.cerva.

Fala pessoal, tudo bem??? No último post, falamos um pouco sobre harmonizações de músicas e cerveja, o chamado Beer & Music Pairing. O pessoal gostou tanto que agora me pediram mais uma harmonização inusitada: Qual a melhor combinação entre signos e cervejas????

Post indicado: MÚSICA E CERVEJA

Ahahahah isso mesmo, vamos falar agora para vocês sobre qual é o estilo mais “indicado” para cada signo. Mas lembrem-se que isso é apenas uma sugestão. Não necessariamente cada signo tem uma única opção de harmonização e, por isso, cabe a cada um interpretar o resultado do seu jeito. Bora lá?

Bom, antes vamos falar um pouco sobre a origem da astrologia.

A história da astrologia vem de um período muito antigo, desde os primórdios da origem do homem.

Desde a antiguidade, as observações do céu noturno, das estrelas e do movimento dos planetas forneceram ao ser humano indícios de que esse comportamento era divino ou proveniente de alguma divindade e que guiavam a tudo e a todos, desde os navegantes, as colheitas e até mesmo os sacrifícios religiosos.

Porém, foram com alguns pensadores gregos e entusiastas babilônicos que a astrologia se desenvolveu, tendo sido originado da fusão entre a filosofia natural grega e a adivinhação celestial dos babilônicos.

Aqui vale comentar que astrologia é diferente de astronomia, pois este é focado no estudo científico dos astros!

Então, ao observar as constelações, estes estudiosos faziam adivinhações ou comparações com o que estava acontecendo no mundo.

Foi aí que resolveram repartir o céu em 12 faixas de 30 graus cada, correspondendo aos 12 signos do zodíaco conhecidos até hoje.

Cada signo é então regido por um elemento (terra, fogo, água ou ar) e um dos 9 planetas do nosso sistema solar (além do sol e da lua).

Sendo assim, os astrólogos conseguiram determinar um “perfil” para cada signo e é aí que vem a grande sacada: cada signo do zodíaco tem uma personalidade própria e é com base nisso que vamos harmonizar cada um com um tipo ou estilo de cerveja diferente!

Vamos começar então com os signos dos elementos terra e água.

TOURO

Os taurinos são considerados muito pés no chão. São determinados, cautelosos, pacientes, persistentes e um pouco teimosos.

Zodíaco Cervejeiro - Parte 1 Touro

Por ser um signo do elemento terra e regente em vênus, gostam de tudo que vem da terra e por isso muitos se dedicam à culinária e harmonizações.

Pensando em cerveja, os alemães são grandes mestres-cervejeiros, determinados e pacientes, mas também persistentes, como os taurinos.

Logo, a melhor sugestão de cerveja para uma pessoa deste signo é uma cerveja alemã de respeito.

Variando desde a HB tradicional, uma Münchner Helles de baixa fermentação com 5,1% de ABV, refrescante, levemente amarga com toques de malte e aromas que remetem desde a um panificado até um biscoito.

Até uma Erdinger Pikantus, uma cerveja forte com 7,3% de ABV, assim como a figura do touro, complexa, devido à combinação de maltes tostados de trigo e cevada, e persistente, como são os taurinos pois a cerveja possui longo processo de maturação para chegar ao ponto ideal de consumo.

Saiba mais sobre a Erdinger: ICH WILL EINEN ERDINGER!

VIRGEM

Zodíaco Cervejeiro - Parte 1 Virgem

Já os virginianos são totalmente organizados e disciplinados, exigentes porém ao mesmo tempo criativos e determinados. Também são do elemento terra e com regente em mercúrio. Sua intenção é melhorar tudo o que tem ao seu alcance.

Falando nisso, a Escola Belga é considerada a Escola dos aprimoramentos cervejeiros, pois muitas das cervejas são diferenciadas porque são feitas com técnicas criativas, assim como, todo virginiano.

São desenvolvidas por mestres-cervejeiros renomados e também por monges que dominaram e aprimoraram as técnicas de fermentação em tanques abertos, pela utilização de leveduras selvagens, ingredientes especiais como frutas silvestres, entre outras.

Então, uma bela harmonização para este signo poderia ser uma Geuze Marriage Parfait, uma Lambic com um mix de safras envelhecidas em tonéis de carvalho, alta carbonatação mas com um sabor único remetendo a notas “animalescas”. Uma ótima sugestão!

Conheça melhor a BOON: PASSADO, LEGADO E FUTURO.

CAPRICÓRNIO

Os capricornianos são obstinados.

Não há nada que possa impedir o seu caminho, nada que não possam alcançar e nada que impeçam sua vontade de vencer!

Zodíaco Cervejeiro - Parte 1 Capricórnio

O trabalho é talvez uma das suas maiores prioridades de vida. Para celebrar os momentos e vitórias conquistadas no dia-a-dia, os capricornianos precisam de cervejas com estilo.

Dentre elas, claro, não teria como não falar da cerveja Capricórnio da Paulistânia!

O símbolo caprino que estampa este magnífico exemplar do estilo cacau bock é uma homenagem ao pico do Jaraguá, onde passa o trópico de capricórnio, na cidade de São Paulo. Sua robustez é magnífica pois é ao mesmo tempo aromática, com médio teor alcoólico (6,4% abv) e encorpada, remetendo a maltes tostados e amêndoas.

Além desta, a melhor cerveja para celebrar as conquistas dos capricornianos é a La Trappe Quadrupel!

Uma cerveja originária da Holanda, produzida sob a supervisão de um monge e com selo trapista de autenticidade, é uma bela cerveja para comemorar com grande estilo. Possui teor alcoólico elevado chegando a 10%, porém, equilibrado com o aroma e dulçor característico de caramelo, frutas secas como banana passa, ameixas, uvas passas e até especiarias. Uma excelente sugestão!

Leia também: UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 1 CAPRICÓRNIO

CÂNCER

Falando agora um pouco sobre os 3 signos do elemento água.

Zodíaco Cervejeiro - Parte 1 Câncer

Começaremos com os cancerianos. Estes levam a emoção ao último grau, fazendo-se enxergar pelo coração.

Sentimento e sensibilidade são suas principais virtudes, indicando como e quando agir. Por ter o elemento água, são apreciadores de lugares calmos e apaixonantes e a melhor harmonização para isto é uma cerveja que harmoniza perfeitamente com frutos do mar, peixes e até mesmo caranguejos, símbolo do signo.

Para isso, selecionamos a Corsendonk Blanche, do estilo Witbier, com notas de trigo, uma pegada de cítrico e um toque bem floral e de especiarias ao mesmo tempo, ou seja, uma combinação apaixonante em formato de cerveja!

Mas, para quem realmente leva a emoção e o coração ao pé da letra, nada melhor do que uma cerveja de fermentação espontânea que possui cereja em sua composição: A Oude Kriek Boon à L’ancienne!

Esta cerveja possui uma coloração vermelho profundo, chegando ao tom de rubi e é fermentada com cerejas azuis em barris de carvalho por 1 ano, tornando-a única.

Texto indicado: CORSENDONK, UM PRAZER ABENÇOADO!

PEIXES

Existe signo mais compatível com o elemento água do que peixes? Provavelmente não!

Zodíaco Cervejeiro - Parte 1 Peixes

Os piscianos são pessoas bondosas e calmas e servem de inspiração para muita gente.

São aquelas pessoas que acolhem e confortam e no mundo cervejeiro isso tem muito a ver com os monges pois eles são as pessoas que vão trazer esperança para os demais, ajudando no que for preciso.

Sendo assim, a cerveja que mais harmoniza com as pessoas de peixes com certeza será uma La Trappe Tripel.

Esta cerveja produzida na Holanda é única pois ao mesmo tempo que possui um dulçor característico do estilo, possui um sabor condimentado que equilibra a cada gole.

Sua coloração é um pouco mais clara, porém possui 8% de abv. É ótima para degustar com peixes grelhados ao molho de alcaparras, crustáceos e até mexilhões!

Além desta harmonização perfeita, sugerimos também a cerveja Paulistânia Pátio do Colégio!

Saiba mais: A CERVEJA DOS MONGES

Ela também é uma Belgian Tripel, porém com adição de cardamomo, uma especiaria que dá um toque apimentado, porém sem perder o dulçor característico. Uma verdadeira paz de espírito, como o que todo pisciano deseja! 😉

Pessoal, por enquanto vamos nos dedicar a estes signos, porém não fique triste se vocês ainda não encontraram a sua harmonização perfeita aqui, falaremos dos demais signos em breve!

Se vocês querem curtir uma harmonização diferente, saibam que no site da Confraria Paulistânia Store você vai encontrar estas e várias outras opções para este momento mágico entre signos e cerveja.

Aproveitem as dicas e deixe aqui embaixo o seu comentário se você concorda ou discorda das sugestões!

Saúde e até a próxima!

CERVEJA E HAMBÚRGUER, DÁ MATCH!

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Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, Técnica Cervejeira e apresentadora –  @candysommeliere Dia dos Namorados, data tão deliciosa que nos reserva momentos de paixão e de muito amor! NO MUNDO… Você sabia que o Dia dos Namorados, na verdade, começa lá atrás no Império 

ICH WILL EINEN ERDINGER!

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Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Também é um apaixonado por cervejas, tanto que escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal 

ESCOLAS CERVEJEIRAS

ESCOLAS CERVEJEIRAS

Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, Técnica Cervejeira e apresentadora –  @candysommeliere

Um dia antes da pandemia, eu estava com um grupo de amigos num bar, onde algumas pessoas na mesa eram especialistas em cerveja e outras apenas entusiastas.

Em nosso papo muito se falava a respeito de escolas, tipo: “- Essa que eu peguei é uma clássica APA, no padrão da Escola Americana!” Ou: “Essa Tripel está fora do padrão da Escola Belga.”

A conversa foi se acalorando, até que num dado momento, uma das pessoas entusiastas que estava na mesa perguntou em que escola se aprendia a fazer aquelas cervejas, entendendo que a gente estava falando de um espaço físico onde se aprendia a fazer tais cervejas.

Então, ficou claro pra mim como é importante a gente deixar explicado que escolas cervejeiras são diferentes de instituições onde se ensina a respeito do universo cervejeiro, ou até mesmo, onde se formam mestres cervejeiros.

Por isso, hoje vamos abordar o que são Escolas Cervejeiras!

No momento temos quatro escolas cervejeiras reconhecidas no mundo e podemos definir de forma bem clara a seguinte concepção: Escolas Cervejeiras são uma representação dos países de origem onde são produzidos determinados estilos de cerveja, sendo que cada uma dessas escolas possui características e personalidades muito próprias.

Como sabemos desde o início das primeiras civilizações humanas, a cerveja era produzida com ingredientes e técnicas relacionadas a atividade local. Este conjunto de características encontradas nas cervejas determina a região que convencionou-se referir como Escola Cervejeira.

Então, hoje, temos reconhecidamente as Escolas: Alemã, Britânica, Belga e Americana.

 A Escola Alemã inclui também a Áustria e a República Tcheca enquanto a Escola Britânica é composta, também, pela Escócia e Irlanda.

CLIMA, INSUMOS, HISTÓRIA E POPULARIDADE

Aspectos importantes que devemos considerar quando pensamos nas Escolas Cervejeiras são os seguintes: atividade climática, disponibilidade de insumos e suas características específicas, herança histórica e principalmente o gosto popular.

ESCOLA ALEMÃ

Vamos pensar que a cerveja surgiu numa região que hoje conhecemos como Alemanha. Isto se deve através da expansão do Império Romano e de movimentos migratórios vindos da Mesopotâmia em direção à Europa.

Dicionário Sumério-Acadiano de termos cervejeiros de 2600 anos atrás.
Museu metropolitano de arte, Nova Iorque.

Lembremos que a primeira produção cervejeira da humanidade aconteceu na Mesopotâmia pela civilização Suméria.

Claro que tribos germânicas adotaram a produção de cerveja com muito entusiasmo e junto com os povos celtas tornaram-se então os maiores produtores e consumidores deste fermentado de cereais na Europa.

Como já falamos em outros artigos, as mulheres foram responsáveis por descobrir, produzir e servir as cervejas e, isso se torna uma regra até o século VIII.

A partir daí, a produção de cerveja começa a ser realizada por monges e freiras em mosteiros, principalmente no sul da Alemanha e por artesãos e mercadores no norte da Alemanha.

Dica de leitura MULHERES: DEUSAS CERVEJEIRAS

A cidades foram crescendo e a demanda por cerveja aumentando. Os mosteiros, então, ampliaram o volume de produção.

Na Idade Média, monges e freiras eram responsáveis pelo avanço do conhecimento em diversas áreas sendo uma delas a elaboração de ingredientes, técnicas e produção de diferentes tipos de cervejas.

Aproveitando, gostaria de deixar bem registrado uma ação muito importante realizada pela monja beneditina Hildegard Von Bigen, que descobre o lúpulo e, gradualmente, o tempero que era utilizado na cerveja chamado “gruit” vai sendo trocado pelo uso do lúpulo, com os inegáveis benefícios dessa planta que confere amargor e aromas agradáveis a bebida, além de torná-la mais resistente as intempéries que estragam a cerveja.

O lúpulo através de Hildegard Von Bigen vem mudar a história de produção cervejeira no mundo. Dessa forma o gruit e o lúpulo coexistiram durante alguns séculos.

IMPOSSÍVEL NÃO FALAR DA REINHEITSGEBOT

Falando em fatos que mudaram o rumo da produção cervejeira, uma iniciativa marcante promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de abril de 1516, foi a Reinheitsgebot  ou Lei de Pureza Alemã.

Essa lei definia que a cerveja deveria ser produzida apenas com três ingredientes: água, malte e lúpulo.

Vale lembrar que nessa época existia, ainda, a ideia de microrganismo e levedura, que posteriormente veio a ser considerada como quarto ingrediente.

Uma característica notória da Escola Alemã é que lá a maioria dos estilos que são produzidos são de baixa fermentação ou lagers como, por exemplo: a Pilsen, Helles, Bock e a Schwarzbier.
Contudo, uma tradição importantíssima a qual devemos dar todo destaque, são as cervejas de trigo Bávaras ou Weizenbiers.

Conheça abaixo os principais estilos da Escola Cervejeira Alemã:

Bohemian Pils
German Pils
Münchner Helles
Dortmunder Export
German Märzen
German Oktoberfest
Münchner Dunkel
German Schwarzbier
Vienna Lager
Bamberg Rauchbier
German Bock
German Maibock
German Doppelbock
Berliner Weiss
Düsseldorf Altbier
Kellerbier
German Kölsh
German Weizenbier / Weizenbock/ Dunkel Weizen/ Kristal Weizen

ESCOLA BRITÂNICA

Desde a idade do ferro as ilhas britânicas já eram habitadas por tribos celta. Essas tribos cruzaram o Canal da Mancha entre 1500 e 500 antes de Cristo e há indicações de que já produziam um fermentado de cereais, ou seja, cerveja.

A história conta que o general romano Júlio César na primeira invasão a Inglaterra em 55 antes de Cristo conheceu esse fermentado de cereais e o provou.

Os romanos tiveram um período de domínio nessas áreas e consideravam que a cerveja era uma bebida inferior ao vinho, mas seu consumo era bastante comum entre os habitantes das ilhas britânicas como alimento principal no seu dia a dia.

Com o fim do Império Romano no século V as tribos anglo-saxônicas, vindas da Europa continental, chegaram com uma nova nomenclatura para bebida, Ale. Esta é uma palavra originária do vocabulário dinamarquês para cerveja que se chamava 0L.

Durante a idade média os produtores domésticos e monásticos ainda se utilizavam do gruit, adjunto de ervas e raízes que tinham como objetivo temperar a cerveja.

Mas o grande destaque para escola britânica foi por volta do século XV onde a prática de produzir cerveja com lúpulo foi introduzida na produção local. Esta nova cerveja produzida com lúpulo tinha um nome diferente da Ale, agora as novas cervejas produzidas com lúpulo eram chamadas de beer.

Os anos se passaram e a produção de cerveja nas ilhas britânicas ganhou modernidade e o volume cada vez mais aumentou, mas a revolução industrial que se iniciou na Inglaterra no século XVIII modernizou a produção através de avanços tecnológicos. Mesmo assim os britânicos mantiveram respeito a suas tradições.

Diferente da Escola Alemã, a Escola Britânica é repleta de cervejas de alta fermentação. Essas cervejas têm uma tendência tradicional a serem mais amargas e secas.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Britânica:

Exemplar da Escolas Cervejeiras Britânica

Ordinary Bitter
Special Bitter
Extra Special Bitter
English Pale Ale
English India Pale Ale
Irish Red Ale
English Brown Ale
Brown Porter
Robust Porter
Stout
Sweet Stout
Oatmeal Stout
Irish Dry Stout
Foreign (Export) Stout
Imperial Stout
Old Ale
Barley Wine
Scotch Ale

ESCOLA BELGA

Já nos tempos de Júlio César, que expandiu o território romano pela região conhecida então como Gália – onde hoje fica a França e a Bélgica –, os habitantes da região já produziam sua própria versão de cerveja, comparativamente mais potente do que a versão consumida pela população romana.

Nesta época, há aproximadamente dois mil anos atrás, a produção de cerveja era uma atividade doméstica e rural. Após a queda do império romano o poder da Igreja cresceu e com isso começaram a surgir monastérios na região. E estes monastérios já vinham equipados com cervejarias para atender aos próprios monges e à população local.

Monastério da Escolas Cervejeiras Belga

Com o tempo, os monges foram refinando suas técnicas e aprimorando as cervejas, que se desenvolveram com um perfil complexo, intensamente aromático, alcoólico e com uma complexidade transcendental de aromas e gostos.

Enquanto os monges avançavam o conhecimento cervejeiro, o crescimento das cidades incentivou o surgimento de cervejarias em escala industrial. Algumas seguiam o padrão das cervejas de abadia, enquanto outras mantiveram as técnicas de fermentação espontânea em tanques abertos e aos poucos foi tomando forma o que hoje chamamos de Escola Belga. 

Muitos chamam a Bélgica de “paraíso cervejeiro”. E este título é merecido, apesar de seu diminuto tamanho (um pouco maior que o estado de Alagoas). Embora a tradição se estenda também pela Holanda e norte da França.

O país conta quase duzentas cervejarias. Inclusive, o bar com a maior carta de cervejas do mundo fica lá, na capital Bruxelas, com mais de três mil rótulos.

Imagine, todas as cervejas belgas deste bar são servidas com a taça proprietária da cervejaria. Essa é a importância que os belgas dão à sua cerveja, e por isso ela é tão amada mundo afora.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Belga

Exemplar da Escolas Cervejeiras Belga

Belgian Blond Ale
Belgian Dubbel
Belgian Tripel
Belgian Pale Ale
Belgian Pale Strong Ale
Belgian Dark Strong Ale
Belgian Witbier
Belgian Lambic
Belgian Gueuze Lambic
Belgian Fruit Lambic
Belgian Flanders Oud Bruin ou Oud Red Ales
French Bière de Garde
French e Belgian Saison
Bière Brut

ESCOLA AMERICANA

Até o século XVI, quando o continente americano começou a ser colonizado pelos europeus, tribos nativas norte-americanas já produziam uma bebida fermentada produzida a partir de ingredientes locais, especialmente o milho.

No decorrer das disputas entre as potências colonizadoras, o Reino Unido veio a estabelecer o embrião do que viria a ser os Estados Unidos com suas 13 colônias.

A partir deste momento, a influência da cultura cervejeira britânica se espalhou pela colônia, com várias novas cervejarias acompanhando sua expansão territorial e posterior transformação em um país independente.

 Tudo ia bem até o início do século XX, quando movimentos sociais conservadores pressionaram por medidas contra o abuso de álcool. Estas medidas culminaram na Lei Seca de 1920 (“Prohibition”, em inglês), que durante 13 anos proibiu a produção e comércio de bebidas alcoólicas.

Passeata contra a Lei Seca nos 
EUA que originou a Escolas Cervejeiras Americana

Muitas cervejarias, especialmente as pequenas, foram extintas, enquanto outras se adaptaram e passaram a produzir produtos que aproveitavam sua estrutura como cerveja sem álcool, extrato de malte, sucos e refrigerantes.

Após a Lei Seca, as poucas cervejarias menores que conseguiram sobreviver viram-se em desvantagem frente às grandes como Pabst e Anheuser-Busch (Budweiser).

Com o cenário favorável à consolidação no mercado, especialmente a partir dos anos 1940, as grandes transformaram-se em gigantes, modernizando processos e dominando o mercado. Entre os anos 1940 e 1980 essa consolidação ficou evidente para o mundo.

Enquanto as grandes cervejarias dominavam o mercado com um único estilo de cerveja, que veio a se categorizar como American Lager, ainda havia pessoas que se lembravam da variedade e sabor das cervejas de antigamente. 

Uma destas pessoas era Fritz Maytag, que em 1965 adquiriu uma pequena cervejaria falida em São Francisco e resolveu não competir com as grandes. Maytag manteve o nome original da fábrica, Anchor Steam Brewery, e apostou em estilos tradicionais como Cream Ale, India Pale Ale e Porter.

Sua cervejaria foi ganhando popularidade, outras micro cervejarias foram surgindo, e a antiga prática da produção de cerveja em casa, proibida desde a Lei Seca, foi liberada novamente em 1979.

Assim foi o início da Revolução das Cervejas Artesanais que trouxe os EUA de volta ao seu lugar entre as grandes nações cervejeiras.

E algumas das características desta revolução, como o uso de insumos locais e o desejo constante dos norte-americanos de fazer tudo sempre maior, mais extremo e mais inovador do que já existe, deram origem a novos estilos de cerveja e trouxeram à tona práticas tradicionais pouco difundidas até então.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Americana:

Cerveja pertencente as Escolas Cervejeiras Americana

American Lager
American Ligth Lager
American Pale Ale
American Strong Pale Ale
American India Pale Ale
Imperial India Pale Ale
Fresh Hop Beer
American Red Ale
Imperial Red Ale
American Barley Wine
American Brown Ale
American Sour Ale
American Stout
American Imperial Stout
American Imperial Porter

Você pode encontrar maravilhosos exemplares de cada uma dessas escolas se você entrar agora no site da Confraria Paulistânia Store e fizer sua seleção.

Veja qual foi a minha seleção, sucesso absoluto de experiência! No caso da Escola Belga, aproveitei para harmonizar com minha sobremesa favorita. Qual é a sua?