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Selo Trapista – atribuição e reconhecimento.

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INVERNO + FONDUE = CERVEJA

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AMSTERDAM REGADA A LA TRAPPE

AMSTERDAM REGADA A LA TRAPPE

Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira.

Olá meus amigos apreciadores da gastronomia com boas cervejas.

Desta vez vamos dar um “pulinho” na Holanda e desvendar um pouco de sua gastronomia típica.

Em 2018, fui convidado por uma colega da Faculdade de Arquitetura (sim, também sou arquiteto, mas não atuo na área), que mora na Holanda, para passar uns dias no país dos típicos tamancos de madeira – que por sinal não vi ninguém usando.

Como vocês já devem saber pelos meus textos, adoro viajar para conhecer cervejas, gastronomia e arte. Pensei com meus botões: que bela oportunidade para conhecer a terra de Rembrandt, Vermeer e Van Gogh, dentre outros. Eu iria aproveitar também para degustar tudo que eu encontrasse do portfólio de cervejas da La Trappe.

Rembrandt – self-portrait
WLA metmuseum
Vermeer – Girl with a Pearl Earring / Mauritshuis Museum
Van Gogh pintor nascido em Amsterdam
Van-Gogh – self-portrait
Amsterdam Museum

INICIANDO OS TRABALHOS…

Programei minha viagem para abril, primavera no hemisfério norte e segui num vôo sem escalas para o aeroporto de Amsterdam-Schiphol, onde minha amiga Aninha estava me aguardando.

Aliás, vale citar que esse aeroporto é uma pequena cidade. Confesso que me desorientei ali dentro e quando me dirigi a uma garota uniformizada com cara de guia turística e perguntei em inglês onde era a saída, a moça me respondeu em holandês.

Imaginem uma resposta em um dialeto alemão, carregado de erres, esses, kas e cê hagás. Não entendi “lhufas” e resolvi me guiar pelas placas, essas sim em inglês. Enfim, encontrei-me com minha amiga e nos dirigimos ao seu carro. No trajeto para sua casa me perguntou se eu gostaria de comer e beber alguma coisa.

Óbvio que sim!!!

Só pedi que fosse algo típico e leve, como petiscos ou sanduíches.

Ela me levou para um tipo de cafeteira que, dentre outras coisas, servia umas fatias de pães de centeio com diversas coberturas, como se fossem bruschettas, mas sem passar pelo forno. Pedimos uma porção em que as fatias de pão vinham cobertas apenas com 2 ingredientes: gravlax de salmão e Haring (arenque) defumado e curado.

Para guarnecer, um tipo de “sour cream” e fatias de picles de pepino e de cebola.

Apesar de não ser bem uma refeição, precisava de alguma boa cerveja para acompanhar o lanche.

Optei pela La Trappe Witte, que tem uma deliciosa acidez para encarar peixes e frutos do mar.

O líquido dourado, coroando as taças por uma espuma densa e muito alva, trouxe mais refrescância para nossa refeição.

Bem, eu não iria ficar satisfeito com aquele prato.

BATATAS HOLANDESAS X BELGAS. NA DÚVIDA, AS 2!

Pedi uma porção de Patat (batatas fritas), outra instituição da gastronomia holandesa. Aliás Holanda e Bélgica disputam palmo a palmo pelo troféu de melhor batata frita do mundo (ref. meu texto sobre a Bélgica).

Leia: BÉLGICA, ALÉM DAS CERVEJAS TRAPISTAS

Batatas muito crocantes, com o miolo macio, quase cremoso e vieram acompanhadas de um potinho com catchup caseiro e outro com molho hollandaise, um tipo de maionese feita com manteiga no lugar do azeite.

Dessa vez a gente pediu uma La Trappe Blond, uma cerveja de um dourado mais intenso que a Witte, com aromas de malte e lúpulos suaves, que também traz uma boa refrescância.

A saideira foi uma fatia de Appeltaart (Torta de Maçã) acompanhada de um creme tipo chantilly, que devoramos com o resto da La Trappe Blond.

Nos dirigimos à casa da Aninha onde, enfim, conheci seu marido Jörgen que me convidou para jantar. Ele havia pedido uma pizza! Educadamente dispensei o convite e Jörgen conduziu-me ao quarto que haviam preparado para mim.

Uma pequena mas confortável suíte. Tomei uma ducha, sem nem desarrumar a mala, me deitei com o sorriso da realização de mais um sonho estampado no rosto

COMO NÃO AMAR AMSTERDAM!

No dia seguinte, acordo cedo e me planejo para as atividades.

Chegando na cozinha, meus amigos me esperavam com um café da manhã dos deuses nórdicos.

Vários pães, queijos como Gouda, Masdaam, Boerenkaas… Eles recebiam leite e manteiga frescos de uma fazenda não muito distante. O café muito bom, era colombiano. E tinha uma fartura de salmão e Arenque defumados, além do famoso creme azedo (Sour cream).

De repente Jörgen se dirige à geladeira e saca uma La Trappe Bock que havia comprado especialmente para me oferecer.

Lógico que achei estranho beber uma cerveja de 7,0% de ABV no café da manhã, mas eu estava ali para isso, certo? Então fiz o “sacrifício”.

Gente, só preciso dizer que a cerveja combinou de tal maneira com tudo que me senti abençoado.

Museu de Van Gogh em Amsterdam
Van Gogh Museum Amsterdam

Saímos de lá, eu e Ana, para visitar o museu Van Gogh. Fiquei meio decepcionado. O prédio é lindo, mas as principais obras do artista estão espalhadas pelo mundo. Na saída do museu havia um trailer, tipo food truck, que vendia waffles holandeses.

Diferentemente dos belgas, essas delícias são maiores, têm o formato de uma pizza brotinho. Escolhi um que vinha recoberto por um caramelo toffee fantástico.

NA FEIRA COM UMA LA TRAPPE!

Albert Cuypmarkt a maior feira livre de Amsterdam

Em seguida fui conhecer o mercado Albert Cuypmarkt, a maior feira ao ar livre da Europa. Pense em alguma coisa. Lá você vai encontrar. É claro que fui atrás de queijos e charcutaria. Comprei alguns itens e ofereci à minha amiga em gratidão pela sua extrema hospitalidade.

Ali eu experimentei alguns Bitterballen, um bolinho redondo, empanado e frito, recheado com carne desfiada e refogada, parecida com um ragu.

Pedi também um Kaassoufflé, salgado empanado recheado com queijo. A massa da iguaria é finíssima e o queijo transborda a cada mordida.

Felizmente havia no Cuypmarkt uma barraca que vendia bebidas geladas. Pedi uma La Trappe Dubbel, que combinou muito bem com os salgados.

Ana sugeriu um passeio de barco pelos canais navegáveis e aceitei de pronto. Precisava de um tempo para fazer a digestão.

AMSTERDAM É UMA FESTA PARA OS SENTIDOS

Havíamos reservado mesa em um restaurante especializado em frutos do mar para nosso jantar.

Pedimos um prato para compartilharmos. Um tipo de “bowl”parecido com um aquário, com vários crustáceos. Ostras, patas de caranguejo, vieiras e outros que eu nunca havia visto na vida.

Evidentemente a sugestão foi do Jörgen que me explicou que esse mix de crustáceos e frutos do mar é muito popular na Holanda e os ingredientes podem ser crus e cozidos, como no nosso prato, ou fritos que é como se encontra nas barracas de comida de rua.

Dessa vez resolvi harmonizar o jantar com a La Trappe Tripel. Eu tenho uma queda pela combinação dessa cerveja com frutos do mar.

Conheça mais sobre a La Trappe em: A CERVEJA DOS MONGES

Conversa vai, conversa vem, pedimos mais dois pratos com outros itens que Jörgen disse que eu não poderia sair da Holanda sem experimentar.

Realmente adorei mas não guardei o nome da maioria. Vejam nas fotos:

Comida típica de Amsterdam
Comida típica de Amsterdam
Comida típica de Amsterdam

Mais duas Tripel e encerramos com uma bela sobremesa, os Bossche bol que são umas carolinas enormes, recheadas de creme chantilly e cobertas por chocolate.

Cerveja La Trappe com uma sobremesa típica de Amsterdam

Harmonizamos com uma Quadrupel, aquela maravilhosa obra de arte executada no Mosteiro de Koningshoeven, que abriga a La Trappe, a primeira cervejaria trapista da Holanda.

Retornamos para a casa de meus “hosts”.

Estávamos de alma leve sem nos preocuparmos em dirigir pois fomos de táxi.

Dormi pesado e acordei às 9.

Era domingo e eu voltaria ao Brasil no voo das 21 horas. Mas ainda faltava conhecer as famosas Poffertjes, pequenas panquecas doces, muito macias e saborosas.

E adivinhem o que Ana preparou para nosso desjejum?

Várias panquequinhas acompanhadas por um creme de baunilha delicioso chamado Vla.

UMA ÚLTIMA VOLTA PELA CIDADE

Após o café, Jörgen me levou para um City tour por Amsterdam que incluiu uma passada pelo deprimente (na minha opinião) Bairro Vermelho onde mulheres se exibem seminuas em vitrines como objetos.

Bairro da Luz Vermelha em Amsterdam

Paramos num tipo de boteco que vendia Kroket, um tipo de croquete bem parecido com os nossos e retornamos para casa pois Ana havia preparado um jantar de despedida.

O prato principal seria o Stamppot que consiste de batatas amassadas servidas com vários legumes e uma linguiça defumada deliciosa.  Você pode até achar que é um prato simples para ser considerado uma iguaria holandesa mas, com as batatas que se têm na Holanda, até um simples purê se torna uma refeição divina.

La Trappe cerveja fabricada em Amsterdam

Para finalizar, acompanhamos com a La Trappe Isid’Or, o rótulo comemorativo da cervejaria para seu aniversário de 250 anos.

O encerramento com chave de ouro, foi um pudim de leite que não ficou nada a dever ao da minha saudosa Vó Hilda.

A complexa e saborosa Strong Pale Ale, com seus inebriantes sabores de toffee e caramelo, promoveu uma harmonização que me deixou emocionado. Me lembrei dos almoços de domingo na casa da vovó.

Após essa bela homenagem, arrumei minha mala, onde escondi um belo queijo Maasdam – brasileiro não tem jeito – que compartilhei com minha esposa e filhos aqui no Brasil.

Um dia conto aqui minha aventura com minha bagagem cheia de queijos quando voltei de Paris.

Quem quiser conhecer um pouco desses prazeres gastronômicos, nos mercados centrais da maioria das capitais do Sul e Sudeste vocês encontram vários queijos holandeses bem como o salmão defumado e arenque curado.

As cervejas da La Trappe estão à venda na loja virtual da Confraria Paulistânia Store.

Saúde a todos, se cuidem e até a próxima.