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TOUR CERVEJEIRA BRASIL – PARTE 1

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NA TEMPERATURA CERTA

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Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Também é um apaixonado por cervejas, tanto que escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas que acaba de chegar ao mercado. Inclusive cerveja!

QUEM NUNCA?

O brasileiro está habituado a tomar cerveja “estupidamente gelada”. Mas será que isso está correto? Conheça umas dicas práticas para você apreciar a sua cerveja na temperatura indicada.

“Me traz uma cerveja estupidamente gelada!” Quem nunca pronunciou essa frase que atire a primeira pedra! Pois é… aqui no nosso Brasil tropical e caliente, cerveja TEM que estar gelada. 

Mas gelada o quanto? O estupidamente se encaixa bem em alguns casos, mas não em todos. Eu mesmo gosto de cervejas bem geladas, mas também descobri o prazer de beber cervejas de certos estilos não tão geladas.

Isto porque estas cervejas exalam um aroma e têm um sabor bem complexos, muitas vezes sutis. Você precisa estar com seu faro apurado e principalmente com suas papilas gustativas prontas para perceber as nuances e identificá-las. Isto gera ainda mais prazer ao degustar a maravilha que está no seu copo.

O frio intenso diminui a sensibilidade das suas papilas gustativas, o que dificulta esse poder de discernimento. Ou seja, se ela estiver muito gelada, você não sente bem o que a cerveja tem para lhe oferecer.

Não é papo furado de professor de curso, entendedor, sommelier e mestre cervejeiro. Faça você mesmo um teste. Experimente tomar uma cerveja bacana da sua coleção bem gelada. Depois, espere uns cinco minutos e sirva outro copo dela e compare as sensações. Se fizer esse teste com cervejas como uma Stout, por exemplo, você certamente irá sentir a diferença.

Então, meu amigo(a), use o freezer a seu favor. Vou tentar dar umas dicas mais práticas porque, como já entreguei, gosto delas mais geladas e eu mesmo me policio para não cair nessa tentação. Ultimamente aprendi a extrair o máximo prazer de uma cerveja e te convido a fazer o mesmo porque a recompensa vale a pena.

TEMPERATURA DA CERVEJA

Não existe “temperatura ideal” para uma cerveja. Isso é muito relativo porque ela varia de acordo com o tipo de cerveja, o clima, as preferências pessoais e a ocasião. Beber uma lager no churrasco no verão é diferente de bebê-la num jantar com os amigos, só para citar um exemplo bem comum. Então vamos melhorar o termo para “temperatura indicada”.  

Falando em pessoas comuns, provavelmente no seu congelador de geladeira não tem um termômetro indicando a temperatura. Então, como saber qual é?

Vamos começar com as dicas. A temperatura média interna de uma geladeira gira em torno de 4 ou 5 graus Celsius. Um congelador segura a temperatura entre -5 °C e 3°C, dependendo da regulagem.

Se você quer estupidamente, deixe o congelador no máximo e a latinha ou a garrafa deitada encostada no chão o mais fundo possível. De pé ela gela também, porém menos e mais devagar.

Cuidado com o congelador!

Detalhe: se você deixa a cerveja por mais de 10 minutos, ela certamente irá congelar. Então, esse recurso só serve para dar um choque de frio antes de você ter a sua “canela de pedreiro”, “véu de noiva”, “nuvem engarrafada” e outros termos atribuídos à loira “estupidamente gelada”.

No entanto, se você quer mesmo sentir o sabor da cerveja, recomendo não deixar que ela gele a menos do que 0°C. Depois de um tempo, você vai aprender a manha do timing do seu congelador.

E na geladeira as cervejas podem descansar majestosamente, sem problemas. Há modelos de refrigeradores (como o meu, graças a Deus!) que tem um compartimento intermediário entre a geladeira e o congelador. Ali, as cervejas descansam a 3°C, mais ou menos. Daí, se quiser uma cerveja mais gelada, você tira e coloca por 5 minutos no congelador. O oposto, tira e a deixa descansando os mesmos 5 minutos antes de abri-la. Simples assim.

CLIMA CERTO

“Chove lá fora e aqui, faz tanto frio… Me dá vontade de beber”… Opps, mudei a letra da música. Mas é isso aí.

A temperatura ambiente determina sim a temperatura da sua cerveja. No verão, é óbvio que é melhor caprichar no gelo. No inverno nem tanto. Por isso existem cervejas que combinam perfeitamente com épocas do ano. As leves e refrescantes no verão e as alcoólicas e encorpadas no inverno.

Mas, isso é só mais um dos mitos que entram também naquele patamar do “indicado”. Eu mesmo tomo Stouts no calor numa boa…

Leia sobre: CERVEJAS ESCURAS, DELICIOSAS PARA QUALQUER ÉPOCA DO ANO.

Paulistânia Largo do Café – Oatmeal Coffe Stout

Outro mito é aquela história de que na Alemanha a cerveja é bebida na temperatura ambiente. Mas lá faz frio praticamente o ano todo. E já reparou que os copos que eles usam são compridos, largos e tem até canecas de 1 litro de cerveja! Isto poque lá o frio ambiente mantém a temperatura da cerveja depois de aberta. Aqui, o nosso copinho americano é perfeito porque não dá tempo da cerveja esquentar…

Cuidado com a temperatura do copo!

Por falar em copo, nunca beba uma cerveja sem lavar bem o copo internamente com a parte amarela da bucha. Ela tira as impurezas e não risca o copo. Depois de lavá-lo bem, se puder colocar uma água com uma pedra de gelo vai bem. Daí, na hora de servir, descarte a água e sirva a cerveja imediatamente. Gelar o copo no congelador eu não recomendo. O vidro absorve muito o frio e pode congelar sua cerveja.

Então, voltando, para degustar uma bela Weizenbier alemã, pense em reproduzir a temperatura de lá no seu copo de tamanho médio que a mágica acontece!

E se estiver quente, não esquente: coloca para gelar mesmo e seja feliz! E se tiver um daqueles baldes de metal grandes com gelo (item essencial de um cervejeiro), deixe as garrafas lá descansando para apreciar sua cerveja sempre bem geladinha…

TIPOS DE CERVEJA

Agora vem a parte que você esperava. Não é papo furado. Cada estilo de cerveja merece uma temperatura indicada. Depois de anos de degustação, incontáveis literaturas, feiras, festivais, apresentações, beer tours e quilômetros de mesa de bar preparei para você um guia prático bem simples. Siga se der e se não der não tem problema Tente outra vez até você achar a “sua temperatura indicada”. Então vamos lá:

MUITO GELADA – 2° a 4°C

Cervejas refrescantes que combinam com baixíssimas temperaturas geralmente são as de baixo teor alcoólico, no máximo 5,5%, corpo baixo e sabor mais leve. As Pilsen, German Pilsener, Lager, Ale, Pale Ale, Red Ale, Helles, Session IPA e Witbier por exemplo, são ótimas opções.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Marco Zero (Lager), Caminho das Índias (Session IPA), Viaduto do Chá (American Hop Lager) e Trem das Onze (American Pale Ale)

Importadas pela BierWein: Hofbrau (Münchner Helles Lager), Warsteiner Premium (German Pilsener), Stiftung Hell (Lager), 8.6 (Strong Lager), La Trappe Witte (Witbier), 1795 (Bohemian Pilsener), Praga (Bohemian Pilsener), Tempelier (Belgian Pale Ale), Corsendonk Blanche (Witbier), Trooper (Pilsner, Ale, IPA, Golden Ale)

GELADA – 4° a 6°C

São aquelas cervejas que você guarda no compartimento intermediário da geladeira, ou seja, geladas, não trincando. Boas opções são as cervejas de trigo alemãs (Weizenbier) e as complexas, mas refrescantes, como as Blond Ales, Brow Ales, Dubbel e Tripel belgas leves, e/ou as frutadas e com acidez elevada, como as Lambic e Sour.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Pátio do Colégio (Belgian Tripel)

Importadas pela BierWein: Erdinger (Weissbier), Hofbrau (Weissbier), Konig Ludwig (Weissbier), La Trappe (Blond Ale), Boon Geuze, Framboise e Faro (Lambic), Corsendonk (Dubbel), Rodenbach (Brown Ale)

FRIA – 7° a 10°C

Para essas vale a dica de tirar da geladeira e deixar 5 minutos antes de servir. Assim, os sabores e aromas mais complexos podem ser melhor apreciados. A lista de opções é enorme:

IPA (e todas as variantes), Weizenbock, Porter, algumas Stouts e Bocks mais leves, Dubbel, Trippel, Quadruppel e qualquer outra que tenha um teor alcoólico um pouco mais elevado, acima dos 7%.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Ipiranga (Strong Wood Red Lager), Largo do Café (Oatmeal Coffee Stout), Capricórnio (Cacau Bock)

Importadas pela BierWein: La Trappe (Dubbel, Trippel, Quadruppel, Bock e Isid’or), Corsendonk (Tripel), Trooper Fear of the Dark (Stout)

LEVEMENTE GELADA – 10° a 13°C

Essas aí são aquelas cervejas bem complexas, maturadas em barril (Barrel-Aged) ou que tem um teor alcoólico acima dos 10%. Cervejas como Belgian Dark Strong Ales, Imperial Stouts, Barley Wines, Doppelbock, umas invencionices com chips de madeira defumada e por aí vai.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: X Safra (Brut Barley Wine)

Importadas pela BW: La Trappe Quadruppel Oak Aged (Barrel-Aged), Eggenberg Samichlaus (American Malt Liquor, Barley Wine)

Importantíssimo: estas temperaturas são, como frisei antes, indicadas.

Se você prefere todas estupidamente geladas, vá em frente!

Essas infos são apenas para você ter como guia e fazer testes práticos (adoro essa parte) para saber se o seu paladar, a sua percepção dos ingredientes da cerveja que você está tomando melhora ou não.

Mais uma coisa. Aproveite também que está no site da Confraria Paulistânia para dar uma navegada pelos rótulos do portfólio da Bier & Wein porque sempre tem informações sobre cervejas importadas além de, claro, promoções irresistíveis.

Espero que tenha gostado e a minha dica final é: beba cerveja boa e divirta-se!

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O VAREJO NA EXPANSÃO DE CERVEJAS ARTESANAIS E ESPECIAIS

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O VAREJO PROMOVEU NOVAS EXPERIÊNCIAS A SEUS CONSUMIDORES

Por Franco, formado em Administração de Empresas e especialização em Marketing, Sommelier de Cervejas, Paneleiro, Kombucheiro, aficionado por novidade e Gerente Comercial na Bier & Wein.

Durante a pandemia, com o fechamento de bares e restaurantes, o varejo físico e on-line foi essencial para manutenção dos negócios e também em proporcionar experiências ao consumidor, promovendo o acesso ao mundo diversificado dos rótulos das cervejas artesanais.

Com um Shopper (consumidor) mais preparado, mais digital, sofisticado, exigente, consumindo cada vez mais em seus lares, buscando novidades, harmonizações e experiencias dentro do universo cervejeiro, o varejo também teve que se transformar e se adaptar a este novo cenário.

Muitos players do mercado, investiram e continuam investindo em tecnologia (E-commerce), especialização, espaços exclusivos, aumento de portifólio com exposições estratégicos e até sommelier de cerveja presente, no atendimento ao consumidor.

NOVOS RÓTULOS E MAIS PLAYERS ADERINDO AS CERVEJAS ARTESANAIS

Este movimento, em conjunto com a expressiva popularidade das artesanais, ajudou e ajuda muito o crescimento das cervejas artesanais no Brasil.

Redes que argumentavam “não temos perfil para este produto aqui”, revisaram seus conceitos e buscam ter em seu portifólio (mesmo que pequeno) as cervejas artesanais, pois não podem imaginar este novo consumidor, consciente, formador de opinião, de ticket médio alto, indo para o concorrente.

Sabemos que as margens das cervejarias são estranguladas ao vender para os grandes varejistas, mas por outro lado, não conseguiríamos a capilaridade dentro de nosso país continente, por conta própria, com presença marcante e com um posicionamento diferenciado.

CRESCIMENTO DE COMPRAS NO VAREJO FÍSICO E ON-LINE

A Cerveja Paulistânia obteve um crescimento expressivo no canal off- trade, comparado ao ano passado, isto se deve, lógico, por um super time de colaboradores preparados,  que não mediram esforços para alcançar os  objetivos, ao aumento do consumo nos lares, mas também pelo empenho do varejo de se adequar, de se reinventar em ofertar cervejas artesanais de qualidade, reconhecidas, de maneira expressiva.

Conheça mais sobre a Paulistânia: UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 1 CAPRICÓRNIO

Apesar de todo este continuo movimento do varejo físico,  as cervejarias artesanais enfrentam  uma grande concorrência com as grandes, a busca por espaço e notoriedade está muito acirrada e é praticamente impossível ter todo portifólio disponível nas prateleiras dos supermercados, ficando com on-line a responsabilidade de fechar esta demanda, com uma oferta devastadora de marcas e estilos de cervejas. 

Neste cenário desbravador, a Biew & Wein fortaleceu seus parceiros digitais e criou seu E-commerce próprio www.confrariapaulistaniastore.com.br afim de satisfazer este consumidor avido por cervejas artesanais e especiais, de alta qualidade, com exclusividades, novidades e uma grande imersão no mundo de cervejas especiais.


https://confrariapaulistaniastore.com.br/

Com emergente expansão, amplo conteúdo disponível, mudanças no consumidor e hábitos de consumo, retomada dos bares e restaurantes e principalmente com a aderência do varejo, o Brasil apresenta hoje um crescimento exponencial no mercado de cervejas especiais e artesanais. Apesar de excelentes perspectivas, o caminho é longo e árduo, temos muito trabalho, continuo aperfeiçoamento, união da categoria e canais de venda, com o objetivo e a obrigação de proporcionar o consumo consciente e experiências inesquecíveis a nossos consumidores.

Leia também: SAIBA QUAL É A HISTÓRIA DA CERVEJA NO BRASIL

Cheers!! @franco.beer

A COMPLEXA E INEBRIANTE CERVEJA ALE

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FAMÍLIA ALE, SURPREENDA-SE COM SUA COMPLEXIDADE SENSORIAL Por Aline Araujo, Sommelière de Cervejas, professora e empresária com formação em administração de empresas e especialização em marketing. Mais de 10 anos de experiência no mercado de bebidas. Dando continuidade ao texto do Rodrigo Sena, O Fabuloso