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ME APAIXONEI PELA LARALIMA

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ESCOLAS CERVEJEIRAS

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CERVEJA ALEMÃ: UMA TRADIÇÃO!

CERVEJA ALEMÃ: UMA TRADIÇÃO!

Por Anderson R. Lobato, dentre vários defeitos: Santista sofredor, Homebrewer, Sommelier de Cervejas, pai do Dudu e amante de um @Pao_Liquido. 

Fala cambada de cervejeiros, tudo bem por aí? Turma, por aqui ainda nos cuidando bastante e na expectativa da chegada da vacina para o quanto antes nos encontrarmos nos bares por aí. Quem topa?

Pessoal, vocês acompanharam as notícias do cancelamento da Oktoberfest em Munique – Alemanha, também neste ano de 2021? Pois é. Mesmo a pandemia desacelerando por lá, a taxa de vacinação em alta e ainda afetando diversos empregos diretos e indiretos, o governador do estado da Bavária, Markus Soeder, cancelou o evento visando a preservação da saúde dos moradores, turistas e pessoas envolvidas com a festa. Mais um ano sem a mais tradicional festa cervejeira em todo mundo.😥

Leia também: OKTOBERFEST: COMO SURGIU O MAIOR FESTIVAL DE CERVEJA DO MUNDO

O Oktoberfest que faz da cerveja alemã uma tradição
Ciclista atravessa a área onde é realizada a Oktoberfest em Munique, em frente à igreja de St. Pauls, na Alemanha
Foto: Matthias Schrader/AP

Más notícias a parte, gostaria de perguntar a vocês: o que faz (ou fez) da Alemanha e de suas receitas cervejeiras uma referência em qualidade e tradição na produção de cerveja em todo o mundo, a ponto do planeta, galáxia que vivemos ficar bem triste com a ausência deste festão? Concorda com essa afirmação?

Vem com a gente conhecer esse mundo de aromas, sabores e claro, história da cerveja no país do chucrute.

A cerveja migrou com o passar dos anos através do império romano e movimentos há época de comércio e expansão territorial vindos da Mesopotâmia. A turma “Alemã” adorou e adotou rapidamente aquela bebida trazida junto com os Celtas, do início da era Cristã (olha a igreja de novo aí minha gente) e a figura da igreja e seus monges, na produção do nosso Santo Pão Líquido.

Processo migratório dos povos Celtas vindo da Mesopotâmia

Fonte: blog Seguindo os Passos da História / Leandro Vilar

Ainda que hoje, obviamente, isso se alterou. Concordemos, que lá pelos anos 1300, 1400, as coisas não eram das mais organizadas e nem das mais gostosas, não é mesmo?

Até então, as cervejas eram basicamente “temperadas” com especiarias, ervas e talvez frutas secas denominadas “gruit” (misturas de ervas para dar sabor e amargor naquela época). Apesar de alguns registros de lúpulo, não tínhamos nada estruturado até então.

A mudança do “gruit” para o lúpulo foi gradual, porém os benefícios eram inegáveis – além de conferir amargor e aromas agradáveis à bebida, o lúpulo agia também como conservante natural desta belezinha chamada cerveja.

Portanto, falar de uma “Lei de Pureza” na produção de cervejas, padronizando os principais ingredientes e cuidados com a qualidade do produto, certamente era um grande avanço intelectual e tecnológico para a época. Não é mesmo? É, estes caras já começaram bem..heihie..

A LEI DA PUREZA – 1516 – Reinheitsgebot

Pausa – Dou 30 segundos para vocês conseguirem pronunciar o “palavrão” acima. Vai lá: 30..29..28…kkk Pelo Google a pronuncia seria: “ra͜inha͜it͜sɡəbo”, ou seja, não entendi nada. kkk

A lei da pureza que faz da cerveja alemã uma tradição

Brincadeiras à parte, essa palavra justamente traduzia o significado de “Lei da Pureza”, também conhecida como Lei de Pureza da Baviera, de 1516.

Definia que dentro daquela região (Baviera), utiliza-se apenas 3 ingredientes para a fabricação da cerveja – água pura, malte e lúpulo – traduzindo, portanto, em um “selo de qualidade” em cerveja, definidos pelo Duque da época.

A fermentação e tratamentos de fungos e leveduras no mundo, ainda era um fato desconhecido, e só viria a tona mais adiante na história pelas mãos do Cientista Louis Pasteur no século XIX.

Como toda história, tem o lado bonito de “padronizar” e gerar “qualidade” no mercado, mas, muitos comentam que na realidade o Duque queria era garantir formas de tributar o produto, a partir de quantidades, padrões e critérios específicos. Vindo desta turma de reis e duques há época, faz sentido essa versão não é ? Aliás, até hoje.

Fato é: essa limitação fez com que as técnicas e equipamentos se desenvolvessem fortemente, buscando novos métodos para a produção cervejeira, garantindo muita coisa boa e cuidado na produção, que curtimos até os dias de hoje.

Mas será que somente isso faria destes tais “Alemães” a principal referência mundial em cerveja? Acho que ainda não estamos convencidos, certo? Bom, vamos tentar mais um pouco.

ESTILOS E CERVEJAS DA ESCOLA ALEMÃ

Mais uma pausa importante – Não é porque o nome é “Escola Alemã”, que teríamos cervejas e estilos somente deste país. A República Tcheca é parte desta escola e nos brinda com o estilo mais consumido em todo o mundo – O Pilsner, originário da região de mesmo nome neste país.

Voltando – É notório que a principal família de estilos nesta escola seja o “Lager”. Essa palavra significa aguardar, esperar, armazenar. E convenhamos, lá atrás ainda sem grandes tecnologias, essa turma guardava cerveja até debaixo da terra para sair um produto de qualidade, ainda sem conseguir dominar as técnicas de fermentação, que já comentamos no início do nosso texto.

A paciência germânica ajudou e muito no processo de sedimentação das cervejas, com maturação mais longa e temperaturas bem amenas. Esse processo dá à cerveja uma limpidez tanto física, deixando a cerveja mais clara, como reduzindo a sua interferência no sabor e aroma da cerveja dessa região.

As cinco marcas que fazem da cerveja alemã uma tradição

A grande maioria dos estilos produzidos debaixo desta escola “Alemã” são Lagers, ou seja de fermentação abaixo de 11-12º graus. Apenas 4 estilos não são Lagers (são Ales ou Híbridos) e são eles: 

·         Weissbier, a cerveja de trigo tradicional da Bavária;

·         Kölsh, original da cidade de Colônia;

·         Altbier da cidade de Düsseldorf; e

·         Berliner-Weisse de Berlim.

Aliás, ponto importante: será que essa turma de alemães são “bairristas”? Kkk. Quase nada… Desde a idade média, e até nos dias de hoje, são muito comuns as cervejas locais e seus estilos “do bairro”, sendo inclusive ponto de discussão histórico por essa turma por muitos anos. Mas aí já é pauta para outra história e mais alguns goles, é claro.

E por aí? Será que consegui convencê-lo da importância da Escola Alemã na produção de cerveja mundial? Não, não quero fazê-lo mudar de opinião, todas as escolas e estilos foram e são importantes, porém não tenhamos dúvidas de que os Alemães deram um passo e um apoio enorme para organizar o que chamamos hoje de mundo cervejeiro. Não à toa para muitos, merecem sim, o título de referência mundial em cerveja.

Ufa deu sede e, por aqui, já estou no segundo copo e aí, Copo cheio? Qual estilo?

Felizmente a Confraria Paulistânia Store, um dos principais e-commerce no Brasil em cerveja, nos brinda com muitas opções da Escola Alemã em seu site, aliás, não somente em quantidade, como em qualidade, trazendo ao Brasil as principais marcas da região: Erdinger, Wasteiner, HB, Konig Ludwig e Stiftung Hell, excelentes!

Corram para o site e garantam estas delícias para aquecer o friozinho. Enorme abraço a todos, se cuidem e Ein Prosit a todos!

Texto recomendado: A BAVARIA QUE AMAMOS!

HARMONIZAÇÃO CERVEJEIRA – PARTE 1

HARMONIZAÇÃO CERVEJEIRA – PARTE 1

Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, Técnica Cervejeira e apresentadora –  @candysommeliere HARMONIA: Estar ou ficar em concordância com algo ou alguém; Promover combinação entre melodias e acordes a fim de harmonizar uma composição musical; Trazer ajuste para conciliar desacordos; Sentir-se em harmonia,