UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 8 CAMINHO DAS ÍNDIAS

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 8 CAMINHO DAS ÍNDIAS

Por Anderson R. Lobato, dentre vários defeitos: Santista sofredor, Homebrewer, Sommelier de Cervejas, pai do Dudu e amante de um @Pao_Liquido. 

Fala aí cambada de cervejeiros. Como estão? Todos se cuidando e tomando cerveja boa no sofá de casa? Olha lá einh, bora se cuidar e cuidar dos coleguinhas ao redor. Só assim para estarmos o quanto antes nas festas cervejeiras lá na sede da @Paulistânia 😉

Nestes nossos últimos encontros, falamos de vários temas e histórias. Muitos deles ligados a Europa, igreja católica e sua relação com a cerveja, ferrovia em São Paulo, mas ainda faltava juntar tudo isso com nosso “Brasilzão”, não é mesmo?

A “CAMINHO DAS ÍNDIAS” – SERÁ MESMO?

Então vamos lá. Nossa viagem cervejeira desta vez, remonta aos anos de 1500, no ápice das grandes expedições europeias (Portugueses e o Reino de Castela, futura Espanha) ao continente asiático.

Naquela época, a busca por tecidos, metais preciosos, utensílios, especiarias e tudo o mais que interessasse ao desenvolvimento da cultura europeia, fazia girar a economia entre Europa e Ásia, originando inclusive grandes centros comerciais, cidades e canais de comercio via mediterrâneo.

Foi numa destas expedições a “Caminho da Índias”, que a história oficial consagra o nome de Pedro Álvares Cabral como o primeiro a encontrar as novas terras brazucas.  

Este momento, ocorrido em 22 de abril de 1500, é conhecido pelo “avistamento” da terra então chamada Ilha de Vera Cruz, nas imediações do Monte Pascoal (cerca de 62 km de Porto Seguro – Bahia).

Mapa do Caminho das Índias
Rota seguida por Cabral para a Índia em 1500 (Linha vermelha) e a rota de retorno (Linha azul).
Imagem: Wikipedia

PARA ERRAR O CAMINHO DESTA FORMA, TOMOU UNS GOLES A MAIS…

Pausa para uma constatação: na boa né galera… Ou esse tal de “Pedrão” estava é muito louco (certamente de cerveja), ou esta história é meio furada não é mesmo? Errar o caminho nesse “naipe”! A Índia é para a esquerda, e não para a direita!

Não à toa, há outras versões não oficiais descrevendo o descobrimento ou avistamento com outros navegadores comandando expedições anteriores às terras tupiniquins. Dentre eles podemos citar Vicente Yáñez Pinzón, Diego de Lepe, João Coelho da Porta da Cruz e Duarte Pacheco Pereira. Este último teria comandado uma expedição secreta em 1498, para confirmar a existência das terras brasileiras.

PEDRÃO E O SEU “VISUAL”

Para quem não conheceu, se liguem no “shape” do Pedro Alvares Cabral. Concordam ou não com o semblante “longe” de quem tomou algumas a “Caminho das Índias”? Hahaha

Pedro Alvares Cabral antes de sair com a sua frota a Caminho das Ìndias
Por Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1854–1916) – História do Brasil (v.1), Rio de Janeiro: Bloch, 1980., Domínio público

Muitos estudiosos afirmam que o descobridor do Brasil foi o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, que no dia 26 de janeiro de 1500 desembarcou no cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco, após enfrentar severa tempestade ao cruzar a linha do Equador.

A Espanha não reivindicou a descoberta, minuciosamente registrada por Pinzón e documentada por importantes cronistas da época, devido ao Tratado de Tordesilhas, assinado com Portugal.

Desde aquela época, o jogo político já fazia parte das nossas terras, não é mesmo? Poderíamos falar espanhol uma hora destas. ¿Te gustaría?

Existe ainda a suspeita de que a descoberta do Brasil pelos portugueses em 1500 teria sido intencional, baseada no conhecimento prévio do território. Em 1498 Pacheco Pereira, no livro Esmeraldo de Situ Orbis, sugere que os navegadores lusitanos foram orientados por D. Manuel I a explorar o Atlântico em busca de terras.

Antes de rumar para a Índia na expedição de 1500, Pedro Álvares Cabral teria então desviado para o ocidente além do necessário visando verificar a existência de territórios conforme o desejo do rei.

BORA FALAR DE CERVEJA, QUE DE HISTÓRIA JÁ TOMAMOS NOSSO “GOLE”

Pois é meus amigos, assim foi um pouco do “Caminho das Índias” feito pelo “Pedrão” e sua história repleta de questionamentos.

Por outro lado, o que não temos o que questionar é essa belezinha aqui: A Session IPA Caminho das Índias da @Paulistânia. Mas antes de falar desta lindeza em forma de cerveja, todos sabem a diferença entre uma “Session IPA” para uma “IPA – India Pale Ale” ? Pausa para estarmos na mesma página:

Session IPA – O temo “Session”não caracteriza um estilo, mas sim uma categoria dentro das cervejas. De forma simplificada são rótulos em que um estilo é suavizado pelo cervejeiro para aumentar seu drinkability, ou seja, para deixá-la mais fácil de beber.

Geralmente são cervejas com graduação alcoólica que não ultrapassam os 5% de ABV, porém sem perder suas características lupuladas de aroma e sabor. O máximo de extração de aroma e sabor, com menor proporção de amargor.

IPA – India Pale Ale ou apenas denominada, “queridinha do cervejeiro” Kkk, é um dos estilos de cerveja que faz parte da família Ale, ou seja, de alta fermentação. Também há algumas histórias sobre o estilo, porém a mais aceita (e a que nós mais gostamos), comenta que ele nasceu na Inglaterra, quando os ingleses precisaram aumentar o tempo de conservação da cerveja em suas viagens para a Índia adicionando mais lúpulo em sua composição.

O lúpulo possui alto efeito antibactericida e portanto, além de proteger o líquido, proporcionava maior tempo de validade na cerveja. Fato é que o alto amargor proporcionado pelo lúpulo caiu muito bem e se tornou a principal característica do estilo, e a paixão do cervejeiro.

PAULISTÂNIA E A NOSSA “CAMINHO DAS ÍNDIAS”

Quantas histórias remetendo a nossa “Caminho das Índias” e nossa Session IPA. Todas elas me deixam com mais sede e “aguado” para tomar uma. Bora conhecer com mais detalhes a nossa cerveja da vez? Só vem:

Garrafa de 500ml da Caminhos das Índias

Homenagem a expedição de Pedro Alvares Cabral ao Brasil, a “Caminho das Índias” é ideal para quem quer começar com cervejas mais “lupuladas”, mais ainda não está acostumado a “potência” do amargor.

De coloração clara alaranjada, possui excelente formação e estabilidade de espuma. Seu aroma limpo, e carregado de notas cítricas, convida ao gole.

Na boca, as características do lúpulo seguem presentes, em linha com o aroma, remetendo a frutas tropicais, leve floral e um terroso delicioso oriundo da adição de açafrão da índia. Isso mesmo, uma das especiarias mais caras e desejadas no mundo dentro do rotulo da sua cerveja!

Sabia que esta especiaria tem ação antienvelhecimento e antioxidante, podendo reduzir o risco de Alzheimer? Ou seja, é tomar sua cerveja e ainda se prevenir de doenças.

É a perfeição em forma de “Pão Líquido”. Hahah.

Não é para menos, com tanta história e tantas características sensoriais a Caminho das Índias foi premiada com medalha de prata, no concurso WBA (Word Beers Awards) de 2020, na categoria Session IPA.

Curtiu mais esta história ?! Não somente nos enche de água na boca esta cerveja, como também de orgulho. Afinal ela não só carrega nossa história, como também leva o nome do Brasil lá fora, com seus prêmios e referências a nossa terra.

Já carregou o carrinho de compras lá no site da Confraria Paulistânia Store (https://confrariapaulistaniastore.com.br/)  e garantiu mais esta delicia? O site está lotado de cerveja boa e o melhor: muita coisa em promoção! Vou deixar mais duas dicas de cervejas “lupuladas” aqui. Acessem lá e depois nos contem o que acharam, ok?

Cheers!

Cerveja Paulistânia Trem das Onze

11 lúpulos e uma APA sensacional! Você encontra aqui !

“… A Paulistânia Trem das Onze, faz uma homenagem à primeira ferrovia do Estado de São Paulo a The São Paulo Railway.

Também conhecida como Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, foi a primeira ferrovia do estado de São Paulo. As linhas da empresa ligavam cidades do planalto paulista ao litoral, pois a prioridade no século XIX era o transporte do café produzido no Oeste paulista para o Porto de Santos.

Atualmente, qualquer tipo de carga pode passar por ali em contêineres. Outros volumes expressivos… “ se você quiser continuar a leitura deste outro texto que escrevi, acesse:

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 5 TREM DAS ONZE

Cerveja Trooper IPA

IPA original do Iron Maiden você encontra aqui!

“… De volta para seis de março de 2020. Nesta data, o site oficial da Trooper dava a notícia de que “Dois novos soldados juntam-se à carga!”: a Fear Of The Dark – que já citamos – e a Tropper IPA! Caiu a Internet!!!!

A Tropper IPA também foi desenvolvida pessoalmente por Dickson e o Weeks da Robinsons. Ela é a oitava cerveja da família Tropper, com 4,3% de teor, uma cor dourada e um sabor que lembra grapefruit…” para continuar a ler o post do meu amigo Léo e conhecer um pouco mais sobre esse fantástico lançamento acesse:

TROOPER IPA – HABEMUS A ORIGINAL DA INGLATERRA e boa leitura!



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