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UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 8 CAMINHO DAS ÍNDIAS

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 8 CAMINHO DAS ÍNDIAS

Por Anderson R. Lobato, dentre vários defeitos: Santista sofredor, Homebrewer, Sommelier de Cervejas, pai do Dudu e amante de um @Pao_Liquido.  Fala aí cambada de cervejeiros. Como estão? Todos se cuidando e tomando cerveja boa no sofá de casa? Olha lá einh, bora se cuidar e 

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 7 LARGO DO CAFÉ

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 7 LARGO DO CAFÉ

Leonardo Millen é jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Também é um apaixonado por cervejas, tanto que escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o 

MISTA, JÁ OUVIU FALAR DESTAS CERVEJAS?

MISTA, JÁ OUVIU FALAR DESTAS CERVEJAS?

Por Aline Araujo, Sommelière de Cervejas, professora e empresária com formação em administração de empresas e especialização em marketing. Mais de 10 anos de experiência no mercado de bebidas.

Vocês já leram, aqui mesmo nesse blog, sobre os três tipos principais de fermentação, certo? Estamos falando da fermentação em alta (Ale), em baixa (Lager) e fermentação espontânea (Lambic), hoje vamos desmistificar um pouco outros dois tipos de fermentação, a Híbrida e a Mista.

Saiba mais em FAMÍLIAS CERVEJEIRAS

O próprio guia de estilos da Brewers Association tem toda uma categoria de cervejas destinada as cervejas Híbridas, em que mostos produzidos com levedura Lager, podem fermentar em temperaturas tipicamente associadas a cervejas Ale.

FALANDO UM POUCO DAS HÍBRIDAS

A fermentação Híbrida pode ocorrer também quando duas ou mais cepas de leveduras e/ou processos de fermentação Ale e Lager são utilizados na mesma cerveja, trata-se de uma fermentação alcoólica, com variação de cepas de levedura Ale e Lager no mesmo mosto.

Como exemplo de cerveja feita a partir da fermentação Híbrida, temos o estilo típico da região da Califórnia, resgatado e eternizado pelo rótulo Anchor Steam nos anos 70 que é o Califórnia Common.

O estilo deriva das American West Coast, que se tornaram populares durante a Febre do Ouro ou Corrida do Ouro dos Estados Unidos, um período marcado por uma substancial migração de trabalhadores para as áreas mais rústicas dos Estados Unidos, que estavam se tornando famosas devido sua riqueza mineral. Costuma-se referir em especial ao que ocorreu na Califórnia a partir do dia 24 de janeiro de 1849.

Na época, eram utilizados grandes fermentadores abertos, similar a uma piscina rasa, para compensar a ausência de sistemas de refrigeração e para aproveitar a temperatura ambiente mais fria da Baía de São Francisco. Fermentada com uma levedura Lager, selecionada para fermentar uma cerveja relativamente limpa em temperaturas mais altas, de Ale.

Outro exemplo de cerveja Híbrida são as cervejas de trigo da cervejaria Erdinger, que são feitas como uma Ale tradicional, mas recebem uma dose de levedura Lager na maturação. Você pode reler o assunto CERVEJAS HÍBRIDAS: UMA CERVEJA TÃO TRADICIONAL, QUANTO DELICIOSA.

O ASSUNTO HOJE SÃO AS MISTAS

Hoje, vamos nos dedicar a detalhar mais sobre as cervejas de fermentação Mista.                        

Quadro na Rodenbach que explica os processo de fermentação, inclusive o de fermentação mista
Foto da parede da fábrica da Rodenbach que explica os tipos de fermentação. Acervo pessoal Aline Araújo

Fermentação Mista consiste em cervejas que, além de ter um hibrido de leveduras, também vai ter a sua fermentação acontecendo por uma centena de microrganismos diferentes, como bactérias e leveduras de cepa selvagem tais como Brettanomyces, Lactobacillus, Pediococcus entre outros. Microrganismos que por sua vez, poderão produzir tanto a fermentação alcoólica, quanto láctica e acética, por exemplo.

Esse processo geralmente está relacionado à uso de barricas de madeira, uma vez que a porosidade desse recipiente, permite a micro oxigenação do líquido do barril e essa troca gasosa desencadeará uma série de reações complexas, resultando em cervejas de perfil distinto, complexo e único.

Essa cultura de microrganismos heterogêneo, tem potencial contaminante na maioria das cervejarias padronizadas e estéreis, frutos da Revolução Industrial. Mas a produção de cervejas de fermentação Mista não, toda essa microbiota é condição sine qua non para a produção de cervejas Sour de todo o tipo, tais como a Gose, Berliner Weisse, Flanders Ale e até mesmo a contemporânea Catharina Sour.

A CONTAMINAÇÃO DO BEM

Rodenbach, especialista em cervejas de fermentação mista

No caso da afamada marca belga Rodenbach, a fermentação Mista se dá basicamente por termos uma cerveja sendo produzida como uma Ale padrão, de cor castanha, que segue para ser armazenada em barricas de carvalho, onde ela poderá ser “contaminada” por várias cepas de bactérias, que irão acidificar a cerveja.

Depois de um período, essa cerveja ácida antiga poderá ser blendada ou seja, misturada com uma versão mais jovem, tendo como resultado cervejas com diferentes complexidades. A versão que tiver a maior proporção de cerveja “velha” ganhará notas mais sofisticadas e complexas, como tâmaras, vinho do porto, Jerez e vinagre balsâmico, ao passo que a versão com um maior percentual de cerveja jovem, terá lindas notas carameladas, de toffee e passas oriunda dos maltes escuros.

UM BARRIL PARA CHAMAR DE MEU

Uma curiosidade acerca da cervejaria Rodenbach é que, a qualidade da barrica e dos tonéis de madeira que a sua cerveja irá estagiar é de tamanha importância, que ela é uma das poucas no mundo que essa que vos escreve teve a oportunidade de visitar, que tem uma tanoaria/tonelaria própria, ou seja uma fábrica de tonéis de madeira.

Barril para o processo de fermentação mista da cerveja
Foto: um barril sendo construído na tonelaria própria da Rodenbach. Acervo pessoal Aline

Podemos dizer que essas cervejas remontam a um período ancestral e também que elas são sobreviventes do tempo, atravessando os séculos.

Um fato é que, muito antes dos estudos científicos de Louis Pasteur, do advento da refrigeração com controle da temperatura e até mesmo das descobertas microbiológicas modernas, possivelmente todas as cervejas tinham o paladar ácido em algum grau.

Todas as cervejas de uma era “pré-pasteurização” passavam por uma fermentação Mista, já que culturas puras de levedura, tais quais as disponíveis hoje a partir de isolamentos em modernos laboratórios, não estavam disponíveis. As cervejas possivelmente eram fermentadas a partir de uma série de microrganismos variados, disponíveis na microbiota daquela determinada região.

Uma marca que respira esse processo até os dias de hoje é a cervejaria Rodenbach, localizada na região de Flandres na Bélgica. Você pode ler mais sobre ela aqui RODENBACH – A CERVEJA FORA DA “CASINHA”

ATÉ A RECEITA É MISTA

Falando em fermentação Mista, eu também adoro fazer harmonizações mistas e você? Brincando com o tema e com o termo, eu amo fazer combinações agridoces, que misturam sabores doces e salgados com acidez.

Aqui vai uma receita passo a passo, onde você pode tanto harmonizar com a Rodenbach Classic, quanto utilizá-la como parte da receita:

Foto: salada de figo com aceto balsâmico. Revista Menu

Salada Mista Balsâmica

Ingredientes para a salada:

. 80 g de mix de folhas (eu gosto das verde escuras nessa receita como rúcula e agrião) . 1 figo cortado em 4 pedaços . 20 g de nozes ou castanhas . Queijo feta ou algum queijo macio de cabra ou ainda ricota defumada

Ingredientes para o molho balsâmico:

. 300 ml de mel . 150 ml de molho de mostarda . 100 ml de aceto balsâmico . 100 ml de cerveja Rodenbach Classic . 150 ml de azeite

Como preparar:

Coloque o mix de folhas e em seguida coloque o figo ao redor das folhas. Pique grosseiramente as nozes e coloque-as sobre as folhas. Dê uma amassada com o garfo no queijo para que fiquem em pedaços que caibam em uma garfada e salpique por cima de tudo.

Em seguida regue com o molho balsâmico e bom apetite! Harmonize com o que sobrou na garrafa da sua Rodenbach Classic! 😉

Rendimento: 1 porção

Para comprar a cerveja acima, já sabe, acesse agora o site da Confraria Paulistânia Store e aproveita que o rótulo está com uma promoção imperdível. Com ótimo potencial de guarda devido sua acidez e coloração escura, essa é uma cerveja que, mesmo vencida, pode se tornar cada dia mais surpreendente! Abasteça já sua adega e depois me conte quais harmonizações fez com essa iguaria belga.

LEVEDURA, A CERVEJA VIVA!

LEVEDURA, A CERVEJA VIVA!

Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão, atua no mercado cervejeiro desde 2008 tendo feito seu primeiro curso com Leonardo Botto. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embxdrs.da.cerva. Olá pessoal, tudo bem? 

MULHERES: DEUSAS CERVEJEIRAS

MULHERES: DEUSAS CERVEJEIRAS

Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, Técnica Cervejeira e apresentadora. Correspondente audiovisual do Guia da Cerveja. @candysommeliere Ahhh, as mulheres! Não apenas seres humanos classificadas pelos cromossomos XX, mas com certeza seres humanos especiais.O que define uma mulher? Eu definiria uma mulher utilizando apenas 

LAGER: CONHECENDO ESTA FRIORENTA LEVEDURA

LAGER: CONHECENDO ESTA FRIORENTA LEVEDURA

Por Aline Araujo, Sommelière de Cervejas, professora e empresária com formação em administração de empresas e especialização em marketing. Mais de 10 anos de experiência no mercado de bebidas.

LAGER NÃO É TUDO IGUAL NÃO!

Quando vertemos desprenteciosamente aquela cervejinha dourada e super gelada em um copo de vidro, mal sabemos de tudo, incluindo todo um contexto histórico e revoluções tecnológicas ao longo de anos, que este líquido fermentado passou, para chegar ao que ele é nos dias de hoje, saciando nossa sede de forma tão singela.

Essa revolução foi tão poderosa, que boa parte dos consumidores de cerveja popular, chamam essa bebida clara, leve e dourada simplesmente de cerveja Lager. Segundo o guia Oxford da Cerveja, aproximadamente 9 entre cada 10 cervejas consumidas no mundo pertencem à essa família de fermentação.

Mas eu vim aqui para te explicar exatamente o que significa esse termo e, principalmente, desmistificar que só existam Lagers claras, uma vez que existem versões escuras como a Dunkel Lager, vermelhas como a Vienna Lager, tostadas como a Schwarzbier e até mesmo defumadas e alcoólicas como as Doppelbocks.

Calma! É claro que eu não posso deixar de mencionar as deliciosas Lagers douradas e claras! Como não lembrar das afamadas Pils ou Pilsners, das Helles e outros estilos derivados como a American Light Lager, que fazem a cabeça dos cervejeiros ao redor do planeta.

DESCUBRA MAIS SOBRE ESSA VERSÁTIL CATEGORIA DE CERVEJAS

O termo “Lager”, portanto, representa toda uma categoria de cervejas, que é definida pelo tipo de fermento que é utilizado em seu processo de fabricação.

A levedura que atua nesse tipo de cerveja, é um fungo unicelular chamado de Saccharomyces pastorianus e podemos considerá-lo um híbrido da ancestral Saccharomyces cerevisiae com alguma outra linhagem de levedura do mesmo gênero, possivelmente a Saccharomyces eubayanus, que se tornou metabolicamente ativa em temperaturas mais baixas.

Saccharomyces Cerevisiae

Podemos considerar que trabalhar no frio, que é inerente à quase toda levedura Lager, é um comportamento bem diferente da levedura que produzia as cervejas desde a Antiguidade, passando pela Idade Média… estamos falando das levedura Ale. Saiba mais em: A COMPLEXA E INEBRIANTE CERVEJA ALE

As fontes mais antigas de cerveja, declaram que a levedura Lager surgiu na Europa Central e uma das primeiras referências de nomenclatura para ela, faz alusão à uma famosa marca dinamarquesa, portanto pode ser que você também encontre a expressão “Saccharomyces carlsbergensis”, nome alcunhado em 1883 pelo botânico e bioquímico Emil Christian Hansen, que então trabalhava para a cervejaria Carlsberg da Dinamarca.

Apesar da possível origem europeia, foram encontradas linhagens com comportamento similar recentemente na Patagônia, extremo sul da América do Sul, que justificaria o nome mais atual dado à levedura Lager que é “Saccharomyces pastorianus”.

Esses estudos relativamente recentes, alegam que essa levedura tem esse perfil “pastoril”, de atravessar regiões, simplesmente por “viajar” impregnada na porosidade dos barris de madeira, por exemplo. Isso justifica esse termo “pastorianus, que ao lado do primeiro nome “Saccharomyces”, (que significa fungo: nomyces, que consome fontes diversas de açúcares: saccha, como os presentes nos cereais), compõe o nome composto desse fermento revolucionário.

O DECANTO QUE ENCANTA

Mas afinal, qual é a dessa levedura Lager? Bom, primeiro acho importante mencionar que, diferente da Ale, que trabalha numa rampa de temperatura mais alta, o fermento Lager gosta do frio, mais especificamente dos 6ºC aos 13ºC e tem uma condução de fermentação mais lenta comparativamente às Ales, produzindo menos subprodutos de fermentação.

Tanques Microcervejaria Paulistânia
Eataly São Paulo

Esse processo lento e com menos compostos sendo formados, resulta numa cerveja mais “limpa”, com um caráter mais fresco, dando protagonismo aos insumos primários como os grãos de malte e os lúpulos.

Por esse motivo, nessas cervejas, a levedura é principalmente um agente produtor de CO2 e álcool, contribuindo de forma discreta para perfil aromático das Lagers.

Além disso, habitualmente a levedura Lager decantava ao fundo do tanque após cessar seu trabalho metabólico, diferente das Ales antigas, em que o fermento espesso e denso subia para superfície. Por isso, essa levedura Lager também pode ser chamada de levedura de baixa fermentação.

Tantos nomes, mas afinal o que significa Lager? Bom, o termo deriva do verbo lagern, que em alemão significa algo como “armazenar”, justamente por que logo após o processo de fermentação, a cerveja segue para descansar por um período mais longo.

Chamamos esse processo de maturação e no caso das Lagers, ele pode durar alguns meses e é geralmente feito em temperaturas baixíssimas, uma vez que eu já te contei que essa levedura adora um friozinho, lembra?

OLHA O FRIO AÍ DE NOVO!

Por esse motivo, podemos também chamar esse processo de maturação a frio e olha… esse processo impacta diretamente no perfil sensorial das Lagers, que com esse descanso extra, tem tempo de sobra para: reabsorver, volatilizar e transformar compostos desagradáveis produzidos pela levedura durante a fermentação, depositando no fundo do tanque tudo que não interessa.

O resultado é uma cerveja limpa, leve, fresca e principalmente: límpida e brilhante! Visualmente, uma cerveja melhor que as turvas e opacas Ales de outrora.

Esse visual elegante foi um dos fatores da popularização desse tipo de cerveja na versão clara, nos anos 1800 na região da antiga Boêmia, atual República Tcheca que é o berço do estilo Pilsen. Na mesma época, nessa região, houve uma popularização dos copos de vidro e cristal, até hoje aliás, a região é referência em cristais, que são símbolos de delicadeza e sofisticação.

Cidade de Budweis – República Tcheca (Sede da cerveja 1795)

Além disso, outro fato que contribuiu para a popularização dessas cervejas de baixa fermentação era o fato de que, uma vez maturadas a frio, corriam menos riscos de contaminação.

Não por acaso, o então duque da Baviera Albrecht V, muito antes da origem da Pilsen, decretou em 1553 que toda a produção de cerveja deveria ser interrompida nos meses mais quentes, entre 23 de Abril e 29 de Setembro, justamente para evitar contaminações e para que eles obtivessem uma cerveja com mais estabilidade e qualidade alimentar.

Esse foi um dos principais motivos para o surgimento dessa lei bávara, que justifica o porquê das principais referências de cerveja tipo Lager no mundo inteiro, deitarem raízes exatamente nessa nobre região ao sul da Alemanha.

As cervejas eram feitas durante o mês de março (märzenbiers), para serem armazenadas frescas e poderem ser consumidas durante todo o verão.

CERVEJA DAS CAVERNAS…

Caverna descoberta em St Louis – Inglaterra. Com mais de 200 anos, local era usado para armazenar cerveja

O processo de armazenagem dessas cervejas era feito em adegas e cavernas com blocos de gelo, que eram extraídos dos lagos congelados durante o inverno. Que trabalhão para fazer uma cervejinha, não é mesmo?

HABEMUS REFRIGERAÇÃO!

Esse árduo processo teve fim somente no final do século XIX com a revolucionária invenção da refrigeração mecânica pelo físico e engenheiro alemão Carl Von Linde, que criou em 1873 um tanque para armazenar cervejas a frio.

Linde teve uma contribuição significativa para a história das cervejas (e da humanidade) uma vez que a refrigeração mecânica, possibilitava a produção de cerveja em qualquer época do ano. Essa história também é contada em outro post KÖNIG LUDWIG – UM CONTO DE FADAS CERVEJEIRO. Vale a pena ler!

Some essa tecnologia ao fato de que uma nova malha ferroviária estava sendo finalizada na época, e você tem como resultado a irreversível difusão e expansão dessa cerveja mais estável, por toda a Europa e, consequentemente, mudando os hábitos de consumo de cerveja do mundo todo.

Falando em refrigerador… eu lembrei da minha geladeira e gostaria de te fazer um convite: que tal abastece-la junto comigo com a melhor seleção de cervejas Lagers importadas disponíveis no Brasil? A Bier & Wein é uma empresa pioneira na importação de cervejas e começou sua trajetória em 1993 com uma Lager referência no mundo, a alemã Warsteiner.

DICAS DE UMA SOMMELIÈRE PARA SUA GELADEIRA

Então acesse agora www.confrariapaulistaniastore.com.br e siga a minha dica aqui:

Lager Premium Warsteiner

Warsteiner Premium Verum

Uma Lager clara leve e carbonatada, que é um ícone do estilo German Pils no mundo.

Drinkability nas alturas com amargor assertivo para acompanhar desde entradas leves como uma burrata ao pesto, até um galeto de frango com polenta frita.

Lager clara HB alemã

Hofbräu Helles

Uma Lager mais maltada que a Warsteiner, com amargor delicado e símbolo da maior festa relacionada a cerveja no mundo: o Oktoberfest.

Para beber aos litros acompanhada daqueles petiscos fritos do boteco e até mesmo uma salada com vegetais grelhados.

Lager escura HB

Hofbräu Dunkel

Apesar da Hofbräuhaus ser mais conhecida pelas suas cervejas claras, a fábrica começou sua produção com essa versão escura, que possui 4,8% de teor alcoólico.

Fantástica para acompanhar seu churrasco ou com uma bela massa ao molho funghi.

Lager Ipiranga

Paulistânia Ipiranga

Uma Lager vermelha com notas abaunilhadas vindas da amburana. Sensacional, não é mesmo? Uma iguaria muito fácil de beber, que pode ser apreciada lentamente.

Experimente com carnes mais robustas assadas, molho barbecue e sobremesas como pudim de leite condensado.

Samichlaus Classic

Lager com 14% de álcool! Como assim? Isso mesmo!

Uma iguaria de inverno para acompanhar um filet ao molho de gorgonzola, carnes curadas e defumadas, charutos e até um bolo inglês de frutas e especiarias.

1795 Lager Tcheca

1795 Czech Lager

Essa cerveja nascida no berço das Pilsens, a República Tcheca, não podia ficar de fora dessa lista.

Super gelada, e facílima de beber, vai fazer boa cia. na sua piscina, na praia e com uma salada caprese.

Paulistânia Marco Zero

E finalmente, ela! Paulistânia Marco Zero.

Eleita a melhor Pilsen do Brasil no World Beer Awards e acumulando mais 5 prêmios internacionais a Lager clara da cervejaria nacional do nosso coração, é aquela lager dourada, refrescante, super curinga que você PRECISA ter na sua geladeira sempre!
Malte e lúpulo em perfeito equilíbrio, para uma receita que é a mais versátil das harmonizações. Na minha casa tá sempre gelada!

Marco Zero Lager Paulistânia

Só com essa pequena seleção, podemos observar o quão diverso e encantador pode ser o universo das Lagers não é mesmo? Explore as possibilidades dessa categoria de cervejas e bons brindes!

Leia também: O FABULOSO MUNDO DAS LAGERS

FELIZ ANIVERSÁRIO, PAULISTÂNIA!

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Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embxdrs.da.cerva. Salve galera, tudo bem com vocês? Ontem, fui convidado para uma festa de aniversário virtual, mas não foi 

CERVEJAS ESCURAS, DELICIOSAS PARA  QUALQUER ÉPOCA DO ANO.

CERVEJAS ESCURAS, DELICIOSAS PARA QUALQUER ÉPOCA DO ANO.

O CURIOSO CASO DE AMOR ENTRE O VERÃO E AS CERVEJAS ESCURAS. Por Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cervejas especializado em harmonizações, técnico cervejeiro, criador de conteúdo para o youtube e o instagram @beersenses Foi amor à primeira vista. Eles se conheceram há séculos e 

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 5 TREM DAS ONZE

UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 5 TREM DAS ONZE

UMA VIAGEM PELO NÚMERO 11

Por Anderson R. Lobato, dentre vários defeitos: Santista sofredor, Homebrewer, Sommelier de Cervejas, pai do Dudu e amante de um @Pao_Liquido. 

Fala turma cervejeira, como estão? Espero que tenham passado muito bem de festas, e que tenhamos um 2021 repleto de saúde, energia positiva, e claro, vacina e cerveja boa para todos.

Bora falar de cerveja e de história? Ah como amamos história, ainda mais quando ela se mescla com nosso Pão Líquido. Chego a suspirar..

Já que para muitos ainda estamos em ritmo de férias, e a capital paulistana possui inúmeras atrações turísticas, culturais e gastronômicas, comecemos nosso ano “lupulado”, com mais uma cerveja que homenageia a cidade que tanto amamos, a nossa São Paulo.

UM TREM DE HISTÓRIAS

Para seguirmos falando da “terra da garoa”, e dando continuidade ao texto da nossa amiga Candy Nunes, UMA MARCA COM DNA PAULISTANO – PARTE 4 PAULISTÂNIA X , nada melhor que trazer um dos principais rótulos da Cerveja Paulistânia, a Trem das Onze.

Uma cerveja do estilo American Pale Ale (APA), que pertence a família das ALE. O estilo foi desenvolvido nos Estados Unidos na década de 1980, e vem em uma crescente desde então no mercado de cervejas artesanais. Seu teor alcóolico pode variar entre 4,5 a 6,2%, e seu IBU de 30 a 45.

Confira também: A COMPLEXA E INEBRIANTE CERVEJA ALE

THE SÃO PAULO RAILWAY

A Paulistânia Trem das Onze, faz uma homenagem à primeira ferrovia do Estado de São Paulo a The São Paulo Railway.

Também conhecida como Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, foi a primeira ferrovia do estado de São Paulo. As linhas da empresa ligavam cidades do planalto paulista ao litoral, pois a prioridade no século XIX era o transporte do café produzido no Oeste paulista para o Porto de Santos. Atualmente, qualquer tipo de carga pode passar por ali em contêineres. Outros volumes expressivos que passam pelo trecho são produtos agrícolas e siderúrgicos.

foto Estação da Luz e ferrovia Santos Jundiaí, texto Trem das Onze.
Estação da Luz, centro de São Paulo (1922), e foto panorâmica da ferrovia, trecho da Serra do Mar (1898)

Em 2017 a The São Paulo Railway completou 150 anos de história, e continua sendo considerada uma das maiores do mundo em densidade de tráfego, apesar de sua pequena extensão: apenas 139 km.

11/11/2018 – UM LANÇAMENTO MARCANTE

História boa me lembra resenha, e resenha meus amigos, é claro que só pode lembrar cerveja. Voltemos a “Trem das Onze” e o dia do seu lançamento. Ah que dia meus amigos. Que dia!!!

No dia 11 de Novembro de 2018, as 11hs da manhã (pontualidade britânica), ocorreu o lançamento da cerveja Paulistânia Trem das Onze.

O lançamento da Paulistânia Trem das Onze foi feito na Associação Brasileira de Preservação (ABPF), com direito à um passeio de locomotiva, muitos petiscos e show de blues. O objetivo da associação é promover o resgate e a conservação do patrimônio histórico ferroviário brasileiro. “Queremos que nossos clientes tenham uma experiência única tanto redescobrindo o passado como saboreando uma cerveja preparada com ingredientes selecionados e de alta qualidade”, Marcelo Stein.

Imagens lançamento Paulistânia Trem das Onze

Segundo a cervejaria, o número 11 é um número marcante. Por isso a Paulistânia decidiu fazer uma conexão do número com os objetivos da marca. O 11 está presente no rótulo da cerveja (Trem das Onze), na soma do teor alcóolico (4,7%) e na quantidade de lúpulos utilizados, 11.

Foi um dia histórico, e com um simbolismo paulistano incrível. Anos após a desativação deste circuito, poder presenciar nossa história, de Maria Fumaça, foi épico!

Uma cerveja deste calibre, marcada por essa história, e por uma data com um toque de “superstição” não poderia ser nada menos que deliciosa!

TREM DAS ONZE, E SEUS 11 LÚPULOS

Sim sim sim, você não leu errado, a Paulistânia Trem das Onze tráz em sua composição 11 lúpulos para o deleite das nossas papilas gustativas.

Alguns dos lúpulos que fazem parte dessa história: COLUMBUS; CASCADE; …..é por aí vai. O que vocês acharam que iriamos falar de todos? Queremos ver se vocês são Paulistânia Lovers…quem será que acerta os outros lúpulos, tá aí um desafio para vocês!!!

Quer saber mais sobre lúpulos, acesse: MALTES & LÚPULOS: A ALQUIMIA DA CERVEJA

Agora, se liguem no que lhe espera a cada gole:

Cerveja de coloração âmbar, com rica e duradoura formação de espumas. No aroma, os lúpulos cítricos e florais dão logo as caras, convidando ao primeiro gole.

rótulo da Paulistânia Trem das Onze

No sabor, bastante linear ao aroma, a criticidade fica marcada pela lembrança a frutas maduras cítricas, ligeiro pinho e floral, convidando a nova “golada”. Com 4,7% de abraço alcoólico (teor alcoólico), acompanha super bem hambúrgueres, pratos condimentados e comidas mexicanas. Vai bem com condimentos e petiscos.

É aquela cerveja para ter sempre na geladeira e fazer bonito para a visita.

Legal não é mesmo? Curtir a sua cerveja favorita, conhecer a sua história, e se você gostar, por que não saborear essa cerveja com uma música (Adoniran Barbosa – O trem das onze), deixa esse rótulo ainda mais incrível. Delícia!

Para adquirir seu exemplar e receber aonde quiser, basta entrar agora no site Confraria Paulistânia Store e ser feliz.

CERVEJAS HÍBRIDAS: UMA CERVEJA TÃO TRADICIONAL, QUANTO DELICIOSA

CERVEJAS HÍBRIDAS: UMA CERVEJA TÃO TRADICIONAL, QUANTO DELICIOSA

CERVEJA FREESTYLE OU TRADICIONAL? VOCÊ ESCOLHE COMO DESCREVER AS CERVEJAS HÍBRIDAS. Por Aline Araujo, Sommelière de Cervejas, professora e empresária com formação em administração de empresas e especialização em marketing. Mais de 10 anos de experiência no mercado de bebidas. Cervejas híbridas são um tanto quanto 

MALTES & LÚPULOS: A ALQUIMIA DA CERVEJA

MALTES & LÚPULOS: A ALQUIMIA DA CERVEJA

POR TRÁS DA FELICIDADE LÍQUIDA Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Apaixonado por cervejas, escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal 

TROOPER IPA – HABEMUS A ORIGINAL DA INGLATERRA

TROOPER IPA – HABEMUS A ORIGINAL DA INGLATERRA

Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Apaixonado por cervejas, escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas que acaba de chegar ao mercado. Inclusive cerveja!

PAREM AS MÁQUINAS, ELA CHEGOU!!!

A Bier & Wein acaba de anunciar a chegada ao mercado nacional da Trooper IPA, a oitava cerveja oficial do Iron Maiden e a mais esperada do ano.

“Parem as máquinas!” Essa expressão era usada pelos jornalistas na época que uma notícia bombástica chegava à redação e era preciso “parar as máquinas” que rodavam os jornais para publicar a nova notícia em primeira mão.

Como jornalista, foi exatamente a vontade que senti de gritar o bordão quando soube que a Bier & Wein estava trazendo para o Brasil a Trooper IPA.

Mas meu ímpeto foi contido pelo pessoal do marketing, que me pediu sigilo absoluto até o lançamento deste texto e, consequentemente, da cerveja no mercado nacional.

Então, agora que não é mais segredo posso gritar: SENSACIONAL! PQP!

Por que tamanha empolgação? Vou explicar.

A Trooper é a linha de cervejas oficial do Iron Maiden, desenvolvida pessoalmente pelo vocalista Bruce Dickson em parceria com a Robinsons Brewery, de Cheshire, Inglaterra, e o mestre cervejeiro Martyn Weeks.

A história completa dessas cervejas você pode conferir no incrível texto do meu amigo, André Carioca, aqui mesmo no blog da Confraria Paulistânia: A CERVEJA DO ROCK: CONHEÇA A TROOPER IRON MAIDEN

O fato é que a Bier & Wein tem os direitos de importação exclusivos do portfólio da Trooper e já traz para cá as incríveis Trooper Premium (English Bitter), Light Brigade (Golden Ale), Day of the Dead (English Bitter), Sun and Steel (Pilsner) e a Fear of the Dark (English Dark Roasted Chocolate Stout).

Portifolio da Trooper no Brasil, com destaque para a recém-lançada Trooper IPA
Família Trooper no Brasil – Bier&Wein

TROOPER IPA – THE ORIGINAL

Só para você ter uma idéia, a linha vendeu mais de 13 milhões de litros (ou 25 milhões de pints) em todo o mundo desde que a primeira Trooper foi lançada em 2013. Eu sou fã da banda e me vesti de toda a isenção possível quando fui experimentá-las. E não me decepcionei. Que cervejas! Agora imagine o que vai acontecer quando a Trooper IPA estiver ao alcance dos nossos dedos? Nem me fale…

Lançada em março de 2020 na Inglaterra, a Trooper IPA é uma India Pale Ale inglesa com sotaque americano. Para entender a encrenca desse “cruzamento” é preciso contar (para quem não conhece) a história das IPAs. Vou resumir.

A Inglaterra dominou e colonizou por anos a Índia. E os soldados ingleses viviam reclamando que a cerveja que ia para lá de navio chegava estragada, imbebível. Até que um fabricante resolveu colocar muito lúpulo na receita (o lúpulo é um anti-oxidante natural).

A cerveja ficou mais amarga, mas chegou maravilhosamente bem. O porre foi geral e todos só queriam saber dessa novidade. Inclusive, depois que as tropas voltaram para Inglaterra, a procura pela “cerveja da Índia” foi tamanha que inaugurou um novo estilo: o India Pale Ale.

OS SOLDADOS QUE DERRUBARAM A INTERNET

De volta para seis de março de 2020. Nesta data, o site oficial da Trooper dava a notícia de que “Dois novos soldados juntam-se à carga!”: a Fear Of The Dark – que já citamos – e a Tropper IPA! Caiu a Internet!!!!

A Tropper IPA também foi desenvolvida pessoalmente por Dickson e o Weeks da Robinsons. Ela é a oitava cerveja da família Tropper, com 4,3% de teor, uma cor dourada e um sabor que lembra grapefruit. Incrivelmente leve e refrescante.

Vídeo Teste da Trooper IPA por Martyn Weeks
Trooper Tastings – Trooper IPA – ASSISTA AO VIDEO CLICANDO NA IMAGEM
Martyn Weeks (head brewer at Robinsons) tastes Trooper IPA

“A Tropper está completando sete anos e superou todas as expectativas para nós como cervejaria. Essas duas novas se juntam a uma extensa linha de cervejas que criamos em colaboração com Bruce Dickinson e o Iron Maiden. São dois novos estilos que temos orgulho de defender”, disse Weeks.

Mas aí entra a revelação de Dickson: “Já experimentei tantos estilos diferentes de cerveja ao redor do mundo em minhas viagens com o Iron Maiden que é difícil ignorar o quão grande a IPA se tornou e como ela pode ser um estilo emocionante. Eu sou um grande fã das IPA e das Stouts e elas eram os buracos na linha Tropper. Eu perdi a conta do número de pessoas que nos pediram para fazer uma IPA e uma Fear of the Dark Stout nos últimos anos! ”

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E foi numa dessas viagens que Bruce fez, em 2019, para a Craft Brewers Conference, em Denver, EUA, onde foi o palestrante principal, que ele decidiu (depois certamente de várias), que iria fazer uma IPA inspirada nas IPAs americanas. Mas a dupla não “traiu” a tradição. O Weeks explica:

“Sempre quisemos fazer uma IPA para a linha Trooper, mas tivemos de esperar até que o momento e a receita estivessem certos. Estamos extremamente orgulhosos desta bebida, que combina os sabores dos lúpulos americanos com uma estrutura fundamentalmente britânica”.

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TROOPER IPA TAMBÉM COM TAMPINHAS COLECIONÁVEIS

Então, deixa o mimimi de lado e corre já para garantir a sua garrafa de 500 ml desse líquido incrível porque eu já garanti a minha bem aqui no e-commerce Confraria Paulistânia Store. Até porque as tampinhas das Troopers são colecionáveis (16 tampinhas ao todo) e essa vai direto para o meu pôster-álbum.

Aproveite que está no site para dar uma navegada por outros rótulos porque sempre tem informações sobre cervejas importadas pela Bier & Wein, além de, claro, a Paulistânia, a cerveja artesanal da casa e promoções irresistíveis.

Espero que tenha gostado e… boas cervejas!