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VOCÊ CONHECE CERVEJAS DE GUARDA?

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O QUE SÃO? Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embaixadores.da.cerveja. Olá cervejeiros e cervejeiras, tudo bem com vocês? Hoje vamos falar sobre um tema que 

CERVEJAS PARA FESTAS

CERVEJAS PARA FESTAS

TRISAL PERFEITO: EU, A GASTRONOMIA E A CERVEJA Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira. Olá meus amigos, “discípulos de Ninkasi” a deusa suméria da cerveja. AIiás vale citar que os sumérios já 

A LAGER MAIS POTENTE DO MUNDO!

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SAMICHLAUS – O LICOR DAS CERVEJAS

Por Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cervejas especializado em harmonizações, técnico cervejeiro, criador de conteúdo para o YouTube e o Instagram @beersenses

Eu tenho uma história natalina para vocês, e eu adoro contar histórias. Mas essa não é uma qualquer, é uma tremenda história, com fatos que aconteceram em diferentes partes do mundo, em diferentes épocas, e que foram unidos pela cerveja – ah, sempre a cerveja para unir histórias e deixar nossa vida melhor!

São Nicolau – padroeiro das crianças

Vou começar com a história de Nicolau, que viveu no século IV na cidade portuária de Myra, que naquela época pertencia à Grécia, mas hoje é a cidade de Demre na Turquia.  Diz a história que ele nasceu em uma família muito rica e que depois da morte de seus pais se desapegou de tudo, dando dinheiro e assistência aos pobres, principalmente às crianças.

Em uma de suas boas ações, Nicolau evitou que um pai falido enviasse suas três filhas crianças à prostituição, jogando três sacos de moedas de ouro pela chaminé da casa da família. Os sacos caíram em cima das meias das moças, que estavam secando à beira da lareira.

Logo as histórias de bondade de Nicolau ganharam fama e cruzaram fronteiras. Por toda a Europa, os relatos sobre Nicolau começaram a ganhar forma de lenda, até que a Igreja Católica o canonizou, e ele se tornou São Nicolau.

Bom, o resto da história vocês já conhecem: São Nicolau virou base para a criação da imagem do Papai Noel, que recompensava crianças bondosas com sacos de presentes jogados pelas chaminés das casas. A figura do Papai Noel, inclusive, se parece muito fisicamente com a aparência de São Nicolau.

A CERVEJA E SÃO NICOLAU

Agora você pensa: mas e o que isso tem a ver com cerveja? Então vamos já ao link dos dois mundos: em 1979, Albert Hürlimann, mestre cervejeiro e grande referência mundial no estudo de leveduras, criou na sua cervejaria na Suíça, a receita de uma Lager potente, baseada nas Doppelbocks alemãs, mas com um processo de fermentação diferenciado, mais longo, por 10 meses, e deixando a cerveja mais seca do que as primas alemãs.

Essa cerveja chegou a incríveis 14% de álcool por volume (abv), sendo conhecida como a Lager mais forte do mundo. Hürlimann produziu a cerveja no dia 06 de dezembro de 1979, dia de São Nicolau, e batizou sua criação de Samichlaus, que significa São Nicolau em um dialeto suíço-alemão.

A SAMICHLAUS

Cervejaria Hürlimann onde era fabricada a Samichlaus atualmente
Hürlimann – a cervejaria que virou spa

Por 17 anos, a cervejaria Hürlimann produziu a Samichlaus somente no dia 06 de dezembro, tornando não só a cerveja rara por ser apenas feita uma vez por ano, mas também uma tradição natalina. Até que, em 1997, a cervejaria faliu. Por 3 anos a Samichlaus deixou de ser produzida.

Foi quando na virada do milênio, a Pivovar Eggenberg, uma histórica cervejaria da cidade de Graz, nos Alpes Austríacos, assumiu a receita da Samichlaus e retomou as brassagens conforme a tradição, sendo feita apenas no dia 06 de dezembro.

AS ORIGENS DA EGGENBERG

Aqui vale a pena um parêntese para falar da rica história da Pivovar Eggenberg. É uma trajetória cheia de mudanças, altos e baixos, que remonta ao século 14, quando a família Rosenberg produzia cervejas no castelo de Český Krumlov, na República Tcheca. Em 1625, os Rosenberg transferiram a produção para o castelo nos Alpes na Áustria e, em 1628, Hans Ulrich von Eggenberg assumiu a cervejaria, dentro do Castelo que ganhou o nome da família: Schloss Eggenberg.

Palácio Eggenberg / Patrimônio Mundial da UNESCO
Palácio Eggenberg / Patrimônio Mundial da UNESCO

Em 1717, com a morte do último representante masculino da família Eggenberg, aos 13 anos de idade, a família Schwarzenberg passou a controlar a cervejaria, mas manteve o nome, até em função do Castelo onde estava localizada. É aí que começa a história de sucesso da empresa. A produção aumentou muito, chegando a 350 mil litros no final do século XIX.

HASTA LA VISTA, BABY!

Aliás, enquanto eu fazia minha pesquisa para esse texto, descobri que a cidade de Graz, que abriga a Pivovar Eggenber, é também a cidade onde nasceu o ator e político Arnold Schwarzenegger, famoso por interpretar o Exterminador do Futuro nas telas dos cinemas. Isso foi só uma curiosidade mesmo, nada a ver com a cerveja!

O ENCONTRO DA SAMICHLAUS E DA EGGENBERG

Taça da cerveja Samichlaus

A cervejaria Eggenberg se especializou em produzir Lagers potentes. Por isso, a tradicional receita da Samichlaus caiu como uma luva para eles. Mas para conseguir reproduzir fielmente a mesma receita, a Eggenberg contou com a colaboração inicial dos cervejeiros da Hürlimann. Com isso, o rótulo passou a se chamar Samichlaus Classic, com o perfil sensorial igual ao da original, com uma explosão de notas sensoriais, que lembram geleias de frutas vermelhas, frutas pretas, mel e condimentos.

Com sua expertise em lagers potentes, a Eggenberg criou uma segunda versão da Samichlaus, envelhecida em barris de carvalho que anteriormente maturaram whisky, e que foram feitos com madeira da floresta de Wienerwald, que fica nos arredores de Viena. Essa é a Samichlaus Barrique, com os mesmos 14% abv, mas com um perfil sensorial diferente da original, ganhando notas de baunilha, mais amadeiradas, vindas dos barris e do whisky.     

Adega cervejaria Samichlaus

Preciso ressaltar que, tecnicamente, não é nada fácil produzir Lagers potentes e complexas, como a Samichlaus. Produzir uma boa Lager requer muito mais rigidez no processo, maior disciplina e controle de qualidade. Não que para produzir Ales isso também não seja necessário, claro que é sim, mas é que se houver uma falha, por menor que seja, ela ficará muito clara e evidente em uma Lager, enquanto uma Ale pode às vezes encobrir pequenos “deslizes” da produção.

Outro fator que observo é a variedade de Lagers que a cervejaria produz. Muita gente pensa que Lager é um estilo, mas não é. Lager é uma família que contém diversos estilos. Para saber mais recomendo ler o texto que fiz para este mesmo blog detalhando O FABULOSO MUNDO DAS LAGERS.

A SAMICHLAUS NA SUA CASA!

Rodrigo Sena e as cervejas Eggenberg

O que vocês acharam de todas essas histórias estarem unidas em uma cerveja? Espetacular não? Agora, e se você pudesse receber tudo isso bem aí, no conforto do seu lar? A boa notícia é que sim, você pode! Confraria Paulistânia Store entrega para você as duas versões da Samichlaus: a Classic e a Barrique, para abrilhantar as suas festas de fim de ano. Receba em casa essas cervejas singulares e históricas! Eu já garanti as minhas com todo o conforto e segurança, aqui através da Confraria Paulistânia Store. Recomendo para vocês!

Desejo boas festas a todos, curtam com responsabilidade! Saúde!

EU VI GNOMOS…

EU VI GNOMOS…

URTHEL – FORTE NO NOME E NO SABOR Por Anderson R. Lobato, dentre vários defeitos: Santista sofredor, Homebrewer, Sommelier de Cervejas, pai do Dudu e amante de um @Pao_Liquido.  Hey folks. Tudo bem? Passada a temporada de cervejas locais e nossos bairrismos, abro nosso bate 

LAMBIC, AME-A OU DEIXE-A!

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UMA CERVEJA DE PERSONALIDADE! Por Aline Araujo, Sommelière de Cervejas, professora e empresária com formação em administração de empresas e especialização em marketing. Mais de 10 anos de experiência no mercado de bebidas. Leia também: A COMPLEXA E INEBRIANTE CERVEJA ALE e O FABULOSO MUNDO 

SAAZ PARA CÁ!

SAAZ PARA CÁ!

SANTA HILDEGARD E O LÚPULO NOSSO DE CADA DIA

Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Apaixonado por cervejas, escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas que acaba de chegar ao mercado. Inclusive cerveja!

Conheça um pouco da história do Saaz, um dos mais famosos e importantes lúpulos do mundo

O lúpulo (Humulus lupulus) é uma planta trepadeira, da família Cannabaceae (prima da cannabis), nativa da Europa, Ásia ocidental e América do Norte. Há registros de sua existência de antes do século 1.000 AC.

Mas quem mudou a história dessa planta para sempre foi a alemã Hildegard Von Bingen, uma mulher espetacular, monja beneditina, mística, teóloga, compositora, pregadora, naturalista, médica, poetisa, dramaturga, escritora, intelectual e mestra do Mosteiro de Rupertsberg em Bingen am Rhein, na Alemanha (mais tarde ela ainda virou santa da Igreja Católica).

Em 1067, ela descreveu pela primeira vez na história as qualidades do lúpulo para a fabricação de cervejas: “Se alguém decide preparar cervejas com aveia, deve utilizar lúpulo.”

A história da cerveja depois dela é outra. Na Idade Média a cerveja era produzida misturando-se aveia ou trigo com um composto de ervas conhecido como “gruit”. Quem dominava a produção dessas ervas eram os monges católicos, o que aumentava ainda mais o caixa e o poder da igreja naquela época.

REINHEITSGEBOT – DINHEIRO E PODER

Até que o duque Guilherme IV, da Baviera, resolveu peitar esse poderio e instituiu, quase meio século depois, em 1516, a Lei de Pureza da Cerveja, Reinheitsgebot, que determinava que os únicos ingredientes utilizados na elaboração fossem a água, malte e… o lúpulo! Santa Von Bingen!

A jogada do duque foi brilhante, pois ele acabou com o monopólio da igreja e como a punição para quem desrespeitasse era o confisco dos barris, todo mundo teve de aderir. Mas porque eu estou contando essa história que muita gente já está careca de tanto ouvir? Elementar meu caro Watson. Para mostrar que cerveja, dinheiro, prazer e poder sempre estiveram relacionados de alguma forma.

BOHEMIA E SEU LÚPULO ANTIOXIDANTE

Aquela região da Europa sempre foi um barril de pólvora, com disputas pelo poder e guerras constantes entre os alemães bávaros, os poloneses da Prússia, os caras do Império austro-húngaro, Napoleão, Bismark… uma confusão danada. Tanto que foi lá que as grandes guerras mundiais começaram.

E foi assim que o lúpulo da Bohemia, região conhecida hoje como a República Tcheca, ganhou importância estratégica. Certa variedade, conhecida como Saaz, nascida originalmente na cidade de Zatec, na Bohemia, tinha grandes propriedades antioxidantes, ou seja, conservava mais a cerveja.

Na época, o lúpulo era adicionado diretamente ao barril após a fermentação para manter a cerveja fresca enquanto era transportada. Nenhum exército ou vilarejo podia ficar sem cerveja. Então, o Saaz passou a ser o lúpulo mais desejado e a região foi naturalmente se transformando em uma grande produtora, rivalizando-se com a produção do lúpulo Hallertau na Baviera.

Os tchecos, que não eram bobos nem nada, plantaram lúpulo em tudo quanto era fazenda. Até hoje, se você visitar a região vai ver aquelas trepadeiras que atingem até 6 metros de altura dos dois lados das estradas estreitas do país. Mas um fato histórico/político deu novo impulso ao lúpulo Saaz. E aí vem outra história manjada que vou resumir.

A INEBRIANTE PILSEN COM SAAZ

Pilsen era uma cidade pequena como dezenas de outras da Bohemia que desde o século XIV produzia suas próprias cervejas de forma bem artesanal. Só que por volta de 1840 algum problema misterioso afetou as cervejas da cidade, provavelmente uma contaminação.

Indignados, os habitantes exigiram das autoridades uma providência. Então o mandatário local contratou um especialista da “concorrente” Baviera, o alemão Josef Groll, mestre cervejeiro atualizado com as novas tendências de maltagem clara (pale) e fermentação a frio (lager). Groll arregaçou as mangas e produziu, no dia 5 de outubro de 1842, uma nova cerveja com o uso de um ingrediente chave local: o lúpulo Saaz.

Leia também: O FABULOSO MUNDO DAS LAGERS

No dia 11 de novembro, ele apresentou a nova bebida à população da cidade, que não acreditou no que estava bebendo: uma cerveja clara, carbonatada, herbal, com sabor acentuado e refrescante. A cidade imediatamente aprovou (deve ter sido um porre coletivo memorável!).

Estava assim criada a cerveja Pilsner ou Pilsen, em alusão a cidade de Pilsen. A partir daí, sua fama cresceu e vários cervejeiros adotaram o estilo, que se tornou o mais consumido no mundo. De quebra, o Saaz virou commoditie…

Cidade de Pilsen depois do lúpulo de Saaz

Entretanto, outras variedades de lúpulo foram surgindo e o Saaz hoje não reina absoluto. Cultivar o Saaz não é fácil. Dizem que ele tem pouca resistência ao mofo, por exemplo. Por isso ele foi clonado com sucesso nove vezes entre 1952 e 1993, em um esforço para melhorar essa deficiência. A Nova Zelândia, por exemplo, criou vários “descendentes do Saaz”, como o Motueka e o Riwaka.

A PUREZA DAS PILSNERS

Atualmente, algumas cervejas famosas, como a Stella Artois (européia) e inúmeras Bohemian Lagers e Pilsners usam o Saaz nas suas receitas com, digamos, “outros aditivos”. Mas há cervejarias tchecas que são fiéis à receita original, como a icônica Pilsner Urquell, que significa “cerveja original de Pilsen”, de receita registrada em 1898.

Para nossa alegria, além da Urquell, há outras que podem ser encontradas facilmente aqui no Brasil. A Bier&Wein traz para cá com exclusividade duas belas loiras tchecas: a 1795 e a Praga. Deu até vontade… Mas vamos lá.

Foto: Leo Millen

PORTIFOLIO REPÚBLICA TCHECA

1795

A 1795 é do tipo que você se apaixona na primeira vez e não deixa de exclamar: QUE PILSEN! Ela é produzida na famosa cidade de Budweis (te lembra algo? Aqui tem outra história que fica para a próxima), na Bohemia, pela Budejovicky Mestansky Pivovar (BMP), a cervejaria mais antiga da região, que fica no centro histórico da cidade, fundada em, claro, 1795.

Foto: arquivos 1795

Ela segue rigorosamente a mesma receita, com muito Saaz e uma água retirada de uma fonte a 270 metros abaixo da terra. Com 4,7% de graduação alcoólica, ela tem um amargor moderado e é vendida em garrafas de 500 ml. Uma cerveja dourada, saborosa, refrescante, equilibrada e que respeita sua história e merece sua fama.

PRAGA

Já a cerveja Praga é feita pela Cervejaria tcheca Pivovar Hostan, da cidade de Znojmo na Bohemia. Só para você ter uma idéia, os primeiros registros deste rótulo datam de 1363! Ela começou a ser oficialmente produzida em 1784 na versão Lager escura. Mas foi relançada na versão Pilsen pela mesma cervejaria BMP da 1795 de Budweis.​ Aliás, a cervejaria BMP pertence atualmente ao grupo Samson… que a relançou internacionalmente em 2012.

Vídeo Praga

Ela é feita conforme a regra dos antepassados e leva até 65 dias para ficar pronta. Tem 4,7% de teor alcoólico, um dourado lindo, aroma e sabor balanceados e um amargor bem mais intenso, graças a uma boa carga do lúpulo Saaz, porém muito agradável. Outra boa notícia é que a Bier&Wein traz, além da Pilsen, outras três versões da Praga para o Brasil:

Praga Semidark – É uma Dark lager não pasteurizada vinda de uma receita especial do Mosteiro de Brevnov. É uma combinação de um suave dulçor de maltes caramelizados com um amargor agradável do lúpulo Saaz. O resultado é uma cerveja muito refrescante, com 4,7% de teor alcoólico e ótimo drinkability.

Praga Amber Lager – É uma cerveja Lager diferente de tudo que você já provou. Tem uma cor dourada escura, seca, de corpo médio, com 6,1% de teor e amargor equilibrado por uma boa carga de Saaz. Uma cerveja com personalidade.

Praga Hefeweizen – É uma cerveja que segue as tradições das cervejas de trigo da Alemanha. Tem aquela tradicional sensação de cravo e banana, mas com 4,7% de teor alcoólico e um toque tcheco do herbal do lúpulo Saaz.

ONDE ENCONTRAR:

Você encontra esses rótulos aqui, no e-commerce Confraria Paulistânia Store. Aproveite para dar uma navegada porque sempre tem informações sobre essas e outras cervejas importadas pela Bier & Wein, além de, claro, promoções irresistíveis.

Espero que tenha gostado e… boas cervejas!

8.6 O MÁXIMO EM CERVEJA!

8.6 O MÁXIMO EM CERVEJA!

Gijs Swinkels, Geert van Iwaarden, Peer Swinkels, Stijn Swinkels, Angelique Heckman and Pieter Swinkels DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO, A 8.6 CONTINUA PODEROSA! Por  Henrique Carnevalli, t.izêro, Sommelier de Cervejas, amo música desde pirralho, noveleiro, corinthiano sofredor e cofundador do site RockBreja. Umas coisa que sempre 

A ITÁLIA EM SÃO PAULO

A ITÁLIA EM SÃO PAULO

NEM SÓ DE VINHO VIVE A BOTA Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, técnica Cervejeira e apresentadora. Correspondente audiovisual do Guia da Cerveja. Embora reconhecida pela produção e consumo de vinho, a Itália é muito bem representada quando o assunto é cerveja.  A 

COM QUE COPO EU VOU?

COM QUE COPO EU VOU?

TUDO É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA!

Por Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cervejas especializado em harmonizações, técnico cervejeiro, criador de conteúdo para o youtube e o instagram @beersenses

Fiquei muito feliz quando recebi da equipe da Bier & Wein a missão de produzir um artigo falando sobre copos e taças para cerveja. Primeiro porque é um assunto que eu gosto muito. Depois, porque eu sempre recebo muitas perguntas sobre esse tema, é um assunto que causa muita intriga, principalmente entre os iniciantes no mundo da cerveja artesanal.

Leia também TULIPA WARSTEINER: CONHEÇA A HISTÓRIA DO ICÔNICO COPO DE CERVEJA

Antes de mais nada eu quero esclarecer que não entro em debates. Muita gente diz que “é frescura” usar um copo diferente para cada estilo, que tanto faz o copo, que o importante é beber cerveja e pronto. Não discordo desse ponto de vista.

A cerveja é uma bebida democrática, popular, que tem a ver com liberdade, portanto, concordo que cada um pode escolher a forma de consumo que mais lhe agrada. Tudo depende também do contexto, do lugar e do propósito. Eu já bebi – e bebo sem crise – muita cerveja em copo de plástico. Mas, quando posso escolher, prefiro usar um copo ou uma taça que irá me proporcionar uma experiência sensorial mais interessante com a cerveja.

Por isso meus amigos, farei aqui um artigo técnico. Meu objetivo é dar informação, deixar vocês a par dos aspectos técnicos que influenciam na percepção sensorial. E a decisão se faz sentido ou não fica para cada um.

A HISTÓRIA ENTRE COPOS E CERVEJAS

Desde a pré-história o ser humano usa recipientes pequenos para consumir individualmente suas bebidas. Até o século 18, a cerveja era consumida em canecas de cerâmica ou metal. A tecnologia para produção de vidros e cristais já era dominada desde a Antiguidade, mas até então não havia processos de produção em escala, sendo extremamente custoso produzir vidro.

Com o avanço das tecnologias de produção, a região da Bohemia, que atualmente fica na República Tcheca, se destacou por conta da abundância de recursos naturais para se fazer vidro e por causa de uma nova descoberta dos vidreiros locais: o cristal. Coincidentemente, e concomitantemente, outra grande novidade surgia na mesma região: a cerveja leve da cidade de Pilsen. Pela primeira vez na história, era possível apreciar uma cerveja clara e brilhante em uma caneca totalmente transparente. Nem preciso dizer que aquela sensação foi um sucesso.

A história dos cristais da Bohemia e da cerveja Pilsen nos mostra que o copo exerce sim uma influência na nossa percepção sensorial. Olhar para um copo bonito, valorizando as características da cerveja, favorecendo a formação da espuma, é como apreciar uma obra de arte. Além disso, outros aspectos como o design, o material, o peso, a espessura, a borda, influenciam na nossa experiência com a cerveja.

Na Bélgica esse assunto é tão levado a sério que muitos bares não servem determinados rótulos em copos que não sejam oficiais da cervejaria. Tudo para garantir que os clientes tenham a melhor experiência com suas cervejas.

ASPECTOS TÉCNICOS

O grande objetivo dos copos é levar o líquido até nossa boca, mas nem todos cumprem essa missão da mesma maneira. Copos mais altos, retos, com bordas menores, irão despejar uma quantidade maior de cerveja na nossa boca, e numa velocidade maior, do que copos mais bojudos com bordas mais largas. Por isso, degustar cervejas mais complexas e potentes em copos altos e retos pode não ser uma boa ideia, pois a quantidade e a velocidade do gole serão altas. Melhor para cervejas leves e menos complexas.

A captação dos aromas da cerveja também pode ser influenciada pelo tipo de copo que estamos usando. Isso é muito importante pois a nossa percepção de sabor é formada a partir dos aromas. Isso explica o porquê não sentimos o “gosto” de nada quando estamos gripados. Na verdade, não sentimos o sabor – e não o gosto – de nada, pois a percepção de sabor precisa dos aromas para ser formada. E o tipo de copo pode ajudar nisso. Copos e taças com bocas mais largas favorecem a expansão dos aromas em cervejas bem aromáticas. Ao contrário, copos com bocas mais fechadas irão concentrar mais os aromas de cervejas menos aromáticas, evitando que eles “se percam”.

Entendendo os aspectos técnicos que influenciam na percepção sensorial da cerveja fica mais fácil avaliar qual tipo de copo devemos usar para cada estilo. A seguir eu relaciono os 10 principais.

10 PRINCIPAIS TIPOS DE COPOS E TAÇAS PARA CERVEJA

Claro que existem muitas variações desses tipos de copos e taças, e também outros tipos, mas a grande maioria dos estilos de cerveja se encaixam em algum desses 10 tipos.

Agora que você conheceu tudo o que um copo ou uma taça podem influenciar na sua cerveja, aproveite para dar uma olhada aqui na www.confrariapaulistâniastore.com.br . Há muitas opções de diferentes tipos de copos e taças para você valorizar ainda mais sua viagem sensorial cervejeira. Ótima hora para decidir com que copo você vai! Saúde!

A COMPLEXA E INEBRIANTE CERVEJA ALE

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FAMÍLIA ALE, SURPREENDA-SE COM SUA COMPLEXIDADE SENSORIAL Por Aline Araujo, Sommelière de Cervejas, professora e empresária com formação em administração de empresas e especialização em marketing. Mais de 10 anos de experiência no mercado de bebidas. Dando continuidade ao texto do Rodrigo Sena, O Fabuloso 

A CERVEJA DOS MONGES

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O SABOR DO SILÊNCIO! Por Leonardo Millen, jornalista especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Aficionado por cervejas especiais, escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where (@saideira.beer) e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas 

A cerveja do rock: conheça a Trooper Iron Maiden

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Por André “Carioca” Souza, estatístico, mestre em estilos, beersommelier e técnico cervejeiro. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embaixadore.de.cerveja.

THE TROOPER – A ICÔNICA CERVEJA DO IRON MAIDEN

“You ll take my life but I’ll take yours too, you’ll fire your musket but I’ll run you through, so when you’re waiting for the next attack, you’d better stand there’s no turning back”. 

O início de tudo: conheça a história da Robinsons

A introdução clássica faz parte de uma das músicas mais conhecidas do Iron Maiden, The Trooper, e sua inspiração foi baseada na guerra da Crimeia, mais precisamente na batalha de Balaclava, em 1854, onde russos e ingleses batalharam durante anos. Esta foi marcada por uma ordem equivocada dada pelo oficial comandante Lord Raglan que resultou em um massacre da cavalaria britânica. Essa batalha é considerada pelos ingleses, apesar da derrota expressiva, como um exemplo de perseverança, coragem e lealdade, mostrando que, mesmo em menor número, seus soldados nunca deixarão de cumprir com seu dever.

Inspirado nessa história real, Sir. Bruce Dickinson, atual vocalista da banda de heavy metal mais icônica do mundo, Iron Maiden, desenvolveu, junto com a tradicional e familiar cervejaria Robinsons, proveniente de Cheshire, Inglaterra, e o mestre cervejeiro Martyn Weeks, a receita para uma cerveja Ale Premium que é representada pela figura emblemática do Eddie, um “morto-vivo” vestido com sua roupa de guerra de couro tradicional, ilustrando o quão sensacional é essa cerveja.

A história da Trooper

A premiada cerveja Trooper, importada exclusivamente pela Bier & Wein, é uma clássica English Bitter, com uma carga exaltada de malte, remetendo a notas de casca de pão, biscoito e um dulçor característico de caramelo com baixa carbonatação, natural para o estilo. O seu segredo não está apenas nos maltes, mas, sim, no aroma herbal e terroso com sabor Bitter, ou seja, com amargor equilibrado, proveniente do blend harmonioso dos lúpulos Bobek, Golding e Cascade, tornando-a uma fantástica cerveja com 4,7% ABV e um leve toque cítrico de limão.

Falando um pouco sobre a Robinsons Brewery, cuja procedência remete a uma das mais antigas e respeitadas famílias da região de Stockport, na Inglaterra, é considerada uma das cervejarias com tecnologia de produção mais avançadas do mundo. Fundada em 29 de setembro de 1838, hoje ela faz exatamente 182 anos, e tudo começou quando o patriarca William Robinsons adquiriu o pub The Unicorn. Desde então a cervejaria passou pelas mãos de vários familiares que progrediram o negócio, chegando atualmente à sexta geração no comando. Além da Trooper, a cervejaria Robinsons também produz as cervejas Light Brigade, Fear of the Dark e a Sun and Steel, todas importadas para o Brasil exclusivamente pela Bier & Wein, reunindo a tradição familiar e a inovação como sendo a fórmula de sucesso para o negócio. 

As nossas Trooper

Light Brigade

E por falar em inovação com tradição, podemos dizer que a Light Brigade é a perfeição em uma Golden Ale bem “light”, porém encorpada com 4,1% ABV e na versão em garrafa de 500 ml. Com aromas sofisticados remetendo ao dulçor característico do malte, porém com uma pegada de especiarias, é uma cerveja com alto drinkability e refrescância. Além disso, parte da venda desta cerveja é destinada ao projeto Help for Heroes, uma ação filantrópica com o objetivo de oferecer melhores condições de moradia aos ex-combatentes e mulheres britânicas que cumpriram com seu dever durante as grandes guerras travadas pela coroa britânica. 

Sun and Steel

E, ainda, falando em cervejas inovadoras, a Sun and Steel é uma Pilsner híbrida. Única no estilo, é duplamente fermentada, utilizando leveduras Lager e de sake em seu processo de produção. Esta última é proveniente da Okunomatsu Sake Brewery, uma tradicional produtora de sakes do Japão, com mais de 300 anos de história. Seu aroma remete a notas de mel e frutas, harmonizando majestosamente com o malte de cevada e trigo, tornando-a saborosa e refrescante ao mesmo tempo com um leve toque de especiarias.

Fear of the Dark

E a grande novidade, que já podemos encontrar no Brasil graças à Bier & Wein, é a cerveja Fear of the Dark! Esta é uma das últimas produções feitas por Bruce e Martyn, uma English Dark Roasted Chocolate Stout, com 4,5% de graduação alcoólica, corpo alto e sabor rústico, com notas de tosta, chocolate meio amargo e café passado, equilibrando com uma carbonatação característica e final suave. 

Não importa se você é fã ou não da banda Iron Maiden, o importante aqui é saber que a união da tradição em produção de cervejas de qualidade da Robinsons Brewery com a maior banda de heavy metal de todos os tempos nos proporcionou cervejas de qualidade, autênticas, inovadoras e colecionáveis que estão ao nosso alcance! 

Todas essas cervejas especiais você vai encontrar em um só lugar: na Confraria Paulistânia, com frete grátis para toda a região metropolitana de São Paulo nas compras acima de R$ 200,00. Faça já o seu pedido e comece a sua coleção!

UP THE IRONS! 😎🤘🍻

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