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VIVA A REPÚBLICA TCHECA!

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Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Apaixonado por cervejas, escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas 

PRIMAVERA CERVEJEIRA

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DESMITIFICANDO ROCK E CERVEJA – PARTE 2

DESMITIFICANDO ROCK E CERVEJA – PARTE 2

Por  Henrique Carnevalli, t.izêro, Sommelier de Cervejas, amo música desde pirralho, noveleiro, corinthiano sofredor e cofundador do site RockBreja.

Novas sensações, muito colorido, uma viagem para outro mundo, se caracteriza com o estilo Rock Psicodélico e qual estilo de cerveja combina? Que tal Fruit Beer e Lambic?

Pega a cerveja deste estilo e um discão psicodélico e vem começar a ler a história…

Nos anos 50/60 o Rock e o Pop Rock, além do Rockabilly era os grandes detentores de sucessos e surgimentos de inúmeras bandas, aliás, falamos sobre isso na parte 1 deste post aqui, porém, a partir da metade dos anos 60 a coisa ficou diferente…

ROCK DIFERENTÃO

Este estilo que traz características da música da Índia como pedais e raga (nome pelo qual as notas musicais são conhecidas na música clássica indiana), começou a chegar no Rock pelas bandas The Beatles, The Byrds, The Yardbirds, além dos ícones Janis Joplin, Jimi Hendrix e Pink Floyd.

Porém, ainda poucos tinham o conhecimento dessa nova onda, porém, a primeira parte foi em meados de 1967 com o Summer Of Love (Verão do Amor), uma passeata pela paz que foi realizada na primavera do mesmo ano em Nova York que reuniu cerca de 300 mil participantes e contou com participações de romancistas, astros do rock, hippies, professores e até mesmo pessoas simples da classe média para protestar contra a Guerra do Vietnã.

Deste encontro que surgiu a conhecida frase ‘Faça Amor, não Guera’. A oposição da guerra foi um grande impulso para buscar valores e vida alternativa.

O epicentro aconteceu de vez em 1969 com a primeira edição do Woodstock, realizado nos dias 15 a 18 de agosto na fazenda de gado leiteiro de 600 acres de Max Yasgur, próximo à região de White Lake, na cidade de Bethel, no estado de Nova York, nos Estados Unidos.

UMA EXPOSIÇÃO AQUARIANA: 3 DIAS DE PAZ & MÚSICA

Woodstock
Woodstock – o verão do amor de 1969

Michael Lang, John P. Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld foram os criadores do festival, Roberts e Rosenman, entraram com o financiamento do evento, além do anúncio nos jornais com o nome Challenge International, Ltd., para buscar investimentos e propostas de negócios para que o festival acontecesse de vez.

O retorno ao grande evento foi imediato e começaram então as vendas dos ingressos que na época custava 18 dólares ou 24 dólares no dia. Cerca de 180 mil ingressos foram vendidos antecipadamente e estimativa de público cerca de 200 mil, mas não foi bem assim. Mais de meio milhão de pessoas apareceram no festival derrubando cercas e tornando um festival gratuito.

Trinta e duas apresentações foram realizadas nos 3 dias de evento e teve bandas/artistas como Richie Havens, Ravi Shankar, Santana, Grateful Dead, Creedence Clearwater Revival, Joe Cocker e sua icônica versão do The Bealtes em ‘With A Little Help From My Friends”, The Band e Jimi Hendrix que encerrou o festival.

TÁ, MAS E O ROCK PSICODÉLICO NO BRASIL?

Em terras tupiniquim, essa onda delicinha chegou através das bandas Os Mutantes, Ronnie Von, Novos Baianos, O Terço, Raul Seixas, Alceu Valença e A Bolha.

Ronnie Von em si, é considerado o precursor deste estilo no Brasil, onde lançou uma trilogia psicodélica que é considerado até hoje, uma das grandes obras do Rock no Brasil, são eles:

  • Ronnie Von (1968)
  • A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nunca Mais (1969)
  • Máquina Voadora (1970)

Estes três discos foi lançado em edição especial pela Polydor mas antes desta relançamento, era achado no mercado alternativo pela bagatela de 1000 reais.

Ronnie Von contou em seu livro ‘Ronnie Von: O Príncipe que Podia Ser Rei’ (2014), que durante a ditatura, uma de suas músicas, ‘Anarquia’ era uma canção de protesto, porém foi aprovada sem a ditadura saber.

ROCK feat. CERVEJA

Bora então harmonizar as bandas com as cervejas que separamos?

The Beatles & Oude Shaarbeekse Kriek Boon

A grupo de teve sua fase psicodélica nos discos ‘Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band’, ‘Magical Mystery Tour’ e ‘Yellow Submarine’, conversa muito bem com a Kriek Boon Edição Limitada 2019 da Oude Shaarbeekse, uma cerveja do estilo Fruit Lambic com destaque da cereja, bem complexa e agradável, assim como é a banda.

Os garotos de Liverpool com a cerveja Oude Shaarbeekse Kriek Boon
Os garotos de Liverpool com a cerveja Oude Shaarbeekse Kriek Boon

Raul Seixas & Faron Boon

O ‘Maluco Beleza’ que completou em agosto, 32 anos de sua morte, trouxe uma Sociedade Alternativa, onde ‘Faz o que tu queres, ha de ser tudo da lei’ traz o ‘faro’ de liberdade, então, por falar em ‘faro’, temos a Faro Boon! A cerveja do estilo Lambic, de fermentação espontânea produzida a partir do blend de Bière de Mars e de old Lambics, tema aroma frutado, que remete a maçã verde, pera e canela e muito refrescante.

Eterno Maluco Beleza, Raul Seixas com a cerveja Faro Boon
Eterno Maluco Beleza, Raul Seixas com a cerveja Faro Boon

Pink Floyd & Framboise Boon

Quando pensamos em bandas psicodélicas, Pink Floyd sempre vem em nossa cabeça, ou seja, uma das tradicionais do estilo, e quando falamos de tradição, trouxemos a Framboise Boon, uma Fruit Lambic fabricada com o estilo tradicional de fermentação espontânea. Feita com 25% framboesa frescas e 5% cerejas selvagens.

Rock psicodélico desde 1965 com a cerveja Framboise boon
Rock psicodélico desde 1965 com a cerveja Framboise boon

Ronnie Von & Kriek Belgique

Ronnie Von trouxe a leveza, colorido e o seu toque brasileiro ao rock psicodélico e deixou sua marca no Rock nacional, ou seja, quando falamos de doce e leve, pensamos na Fruit Beer Kriek Belgique. De baixo teor alcoólico (3%), o sabor remete a cereja, frutas vermelhas e porque não, da infância.

Estas cervejas estão disponíveis na Confraria Paulistânia Store, além dos rótulos da marca, cervejas importadas da Bier Wein, souvenirs e outras cositas que vale conferir, bora acessar?

Cheers!

DESMISTIFICANDO ROCK E CERVEJA – PARTE 1

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Por  Henrique Carnevalli, t.izêro, Sommelier de Cervejas, amo música desde pirralho, noveleiro, corinthiano sofredor e cofundador do site RockBreja. Quando a gente pensa nos termos ‘Popular’, ‘Fácil Aceitação’ e ‘Leve’ o que vem em sua cabeça quando se trata de Rock? Pop Rock correto? Quando 

Sobre Pizzas, Paulistanos e Paulistânia

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Por Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cervejas especializado em harmonizações, técnico cervejeiro, criador de conteúdo para o youtube e o instagram @beersenses Aqui em São Paulo são consumidas mais da metade de todas as pizzas feitas no Brasil. Aqui em São Paulo temos a cervejaria 

ZODÍACO CERVEJEIRO – PARTE 2

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Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão, atua no mercado cervejeiro desde 2008 tendo feito seu primeiro curso com Leonardo Botto. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embxdrs.da.cerva.

Fala pessoal, tudo bem??? Continuando a nossa harmonização entre signos e cervejas (que vocês podem acompanhar a parte 1 aqui), o verdadeiro mapa astral da cerveja, vamos falar hoje dos 7 signos que faltavam!

ESCORPIÃO

Escorpião um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 23/10 a 21/11

Se você é deste signo, muito cuidado, pois a percepção e sensualidade andam em alta!

Muitos acreditam que as pessoas de escorpião têm seus sentimentos amplificados, porém isso é um exagero.

Na verdade trata-se de um signo que consegue investigar as emoções humanas mais profundas! Tudo o afeta de forma mais intensa e, talvez por isso, tenha pouca paciência com o que não está certo e acaba transparecendo ser um pouco “autoritário” por fora, mas por dentro é capaz de administrar seus sentimentos e paixões.

Não brinque com uma pessoa de escorpião, pois apesar de ser um signo do elemento água, seu lado guerreiro vem à tona com as suas garras e seu ferrão: é um signo de luta!

Pensando nesse lado mais forte e guerreiro, os escorpianos harmonizam muito bem com a cerveja Trooper Premium, a cerveja do Iron Maiden!

Esta cerveja tem o mesmo nome de uma música do álbum Piece of Mind do Iron, chamada The Trooper, onde a letra foi inspirada na batalha de balaclava de 1854, na guerra da Criméia, entre russos e ingleses, onde estes últimos, em menor número, batalharam ferozmente contra os russos porém foram massacrados por estar em menor quantidade.

A cerveja é uma English Bitter, famoso estilo da escola inglesa onde a principal característica são os maltes que compõe a cerveja, deixando um dulçor de pão, biscoito bem presentes e também dos lúpulos que no caso são o Bobek, Golding e Cascade, que dão harmonia e remetem a aromas e sabores terrosos.

Com seus 4,7% de ABV, é uma ótima combinação para esse signo sentimental e batalhador que é o de Escorpião.

AQUÁRIO

Aquário um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 21/01 a 19/02

E inaugurando os signos do zodíaco do elemento Ar, vamos falar dos aquarianos.

As pessoas deste signo são originais e prezam pela liberdade. Pensar fora da caixinha e lá na frente são suas maiores qualidades. Sempre ativos, com vontade de mudar a sua vida e talvez as dos outros também, sempre com sinceridade!

E uma das cervejas mais honestas e sinceras que podemos prestigiar é a Paulistânia Caminho das Índias!

Na minha humilde opinião, é uma super Session IPA que supera em qualidade e se diferencia das demais pelo sabor em um corpo leve e com baixo teor alcoólico (apenas 4,2% de abv), propiciando uma ótima drinkability.

Esta cerveja é simples mas robusta e harmoniza com quase tudo: desde um prato com carnes grelhadas, até um belo hambúrguer americano tradicional.

E sabem porquê? Porque os maltes e lúpulos desta cerveja com 42 de IBU equilibram, e muito, com o umami que contém nas carnes em geral (umami é o correspondente ao glutamato, presente em vários alimentos como carnes, queijos envelhecidos, cogumelos e até no chá verde).

Outra boa dica para este signo é a Paulistânia Trem das Onze, uma APA com 11 lúpulos. Sua intensidade e criatividade (você já ouviu falar de uma cerveja com 11 lúpulos?) é que dão o toque a mais nessa cerveja. Os lúpulos misturam aroma e amargor, dando um toque de excentricidade, o que todo aquariano possui em excesso.

Boa dica para quem quer degustar uma bela cerveja.

LIBRA

Libra um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 23/09 a 22/10

Libra é o símbolo do equilíbrio. Será que é verdade? Librianos são harmoniosos e prezam a justiça.

Educados por natureza mas diplomáticos por ocasião. Talvez todo libriano deva ser uma pessoa politicamente correta, comunicativo, elegante e interlocutor.

A necessidade de justiça é o que mantém o espírito deste signo e com isso o equilíbrio entre as partes é o que os regem. Se formos pensar muito bem sobre uma cerveja para os librianos, que seja harmônica, equilibrada e ao mesmo tempo com senso de justiça, qual seria?

Talvez uma 1795 pois a harmonização entre o lúpulo Saaz com aromas frescos, florais e balanceado amargor mostram do que uma cerveja histórica, equilibrada e ao mesmo tempo saborosa é capaz!

Com 4,7% de ABV essa cerveja de baixa fermentação é límpida mas ao mesmo tempo potencializada! Bem a cara de uma pessoa de Libra, né?

Outra cerveja bem equilibrada e com senso de justiça é a Rodenbach Grand Cru. Essa cerveja não tem como não amá-la. A combinação do paladar ácido e ao mesmo tempo frutado e com notas amadeiradas (devido ao blend de ¾ de cerveja envelhecida por 2 anos em barril de carvalho e ¼ de cerveja jovem) faz esta cerveja ser única.

Então librianos, se deliciem com o sabor destes exemplares, pois vocês merecem o bom e o melhor.

GÊMEOS

Gêmeos um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 21/05 a 20/06

Conhecem signo mais inquieto do que os geminianos? Eita signo que não consegue ficar parado.

Sempre atrás de uma grande novidade, seja fazendo muitas coisas ao mesmo tempo, seja conhecendo várias pessoas ou até mesmo várias atividades.

Este signo mostra que o tempo é curto e quanto mais coisas puder fazer ao mesmo tempo, melhor!

Para este signo, podemos harmonizar uma cerveja porreta: A Trooper IPA! Esta cerveja apesar de ser proveniente da Inglaterra, contém o que há de melhor dos lúpulos americanos que, combinada aos maltes ingleses traz à tona a versatilidade e inquietação do estilo.

Idealizada pelo vocalista da banda Iron Maiden, sir Bruce Dickinson, mas produzida pela cervejaria Robynsons Brewery, possui 4,3% de ABV, mas vem com uma pegada de heavy metal proveniente dos lúpulos.

Uma boa harmonização para o signo. Outra boa escolha é o combo de aromas e sabores que só a caixinha da VAT Boon irá proporcionar.

Quem sabe o que estou falando vai perceber que este kit vai fazer o geminiano não ficar parado: Possui aroma e sabor muito sutil, elegante e clássico para o estilo.

No combo você vai encontrar cervejas muito boas, ácidas, com pegada de bretta, mas ao mesmo tempo apaixonantes! Cada cerveja é produzida e armazenada em diferentes barris que são tão antigos que não existe cópia.

Esse mix de raridade, diferenciação e paladar rústico fará qualquer geminiano sair da caixinha, com certeza.

E por fim, não poderíamos deixar de falar dos signos mais festeiros que existem, os signos do fogo: Áries, Leão e Sagitário (o meu, claro!).

ÁRIES

Áries um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 21/03 a 20/04

Quem conhece um ariano sabe que ele nasceu para ter a iniciativa. Bora fazer cerveja? Bora beber umas cervejas?Certamente o ariano responderá: Sim, topo!

A personalidade do ariano está na liderança. Capaz de fazer coisas loucas para conseguir conquistar o seu espaço, as pessoas deste signo têm talento para assumir riscos e, com isso, ganhar muitas coisas a seu favor.

Nunca brigue com um ariano pois eles sempre vencem. Predestinados a ocupar o seu lugar no mundo, determinados em vencer a batalha, este signo é regido por marte, deus da guerra, então, não queira ficar na frente de um.

Agora, pensando em cerveja, uma boa dica para este signo é a Baladin Leön, uma Belgian Strong Dark Ale. Produzida pelo excêntrico e doido Teo Musso (my brother), um italiano de respeito, a Leön possui uma bela espuma que tem cor de avelã.

Notas amadeiradas, aveludadas e ao mesmo tempo frutadas remetem a esta cerveja. Com teor alcoólico de 8,5% ela fica melhor e mais aromática à medida que vai esquentando na taça.

Com isso, as notas de chocolate provenientes dos maltes tostados vêm à tona e isso muda a cerveja sensorialmente. Um espetáculo. Assim como um bom ariano, quanto mais quente, melhor!

LEÃO

Leão um dos signos do zodíaco cervejeiro

de 22/07 a 22/08

Talvez o signo que mais interaja com a beleza e com a autoestima seja o leonino.

Sedução, carisma, força e conquista.

Leoninos são indomáveis. Soberanos por natureza, incansáveis, responsáveis (até certinhos demais para o elemento fogo) e ao mesmo tempo motivadores, pois com a sua fortaleza levantada dão rumo ao que querem e, uma vez conquistados, não voltam atrás.

São exemplos de liderança mas também podem ser românticos e fiéis ao mesmo tempo, desde que a pessoa com quem se relaciona mostre ser também.

Festeiros e curiosos, querem que a vida acabe em festa! Curtem viver a vida adoidados.

E o que podemos harmonizar com este signo? Talvez a cerveja do amor, uma Kriek Boon cai muito bem. Uma cerveja leve, de fermentação espontânea, leveduras selvagens e uma pegada ácida com adição de cerejas (as krieken).

Produzida com a combinação de Lambics jovens e envelhecidas e apenas 4% de teor alcoólico. Harmoniza muito bem com sobremesas que dá uma balanceada na acidez e no sabor.

Perfeito para o símbolo da dominação e do romantismo!

SAGITÁRIO

de 22/11 a 21/12

E por fim, o melhor signo de todos (o meu, claro!). Sagitariano topa qualquer parada, desde que tenha cerveja e diversão.

Talvez o símbolo mais divertido, alegre e festivo. As pessoas deste signo curtem se arriscar para viver a vida.

Seu símbolo é um centauro, metade homem e metade cavalo, que significa que é racional (o homem) e ao mesmo tempo animal (o cavalo). Seu arco e flecha é a dica que mira em algum ponto e lança sua flecha sem direção, na esperança de poder alcançar o que procura: felicidade, diversão e cerveja, claro!

É uma pessoa bem teimosa e ao mesmo tempo conquistadora. Está no sangue! E será que tem cerveja para uma pessoa desse signo? Sim, todas que você pode encontrar no site da confrariapaulistaniastore.com.br!

Não existe cerveja específica para esse signo, todas são boas escolhas. Então sagitarianos, aproveitem que vocês têm esse dom e já peça uma para comemorar!

Então é isso pessoal, espero que tenham curtido essas harmonizações entre signos e cervejas.

Mas, se vocês têm outras dicas de harmonização que combinam com seu signo, porque não escreve aqui nos comentários e nos dá uma dica? Certeza que o importante é vocês curtirem uma boa cerveja em boa companhia ok? Saúde e até a próxima!

PARIS 2 – BOLERO DE RAVEL NA CHAMPS ELYSEES

PARIS 2 – BOLERO DE RAVEL NA CHAMPS ELYSEES

Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira. Olá meus amigos cervejeiros. Conforme havia dito, neste mês darei continuidade às minhas aventuras zitogastronômicas em Paris. (leiam o texto PARIS 1 – “JE VEUX T’ACHETER UNE 

ZODÍACO CERVEJEIRO – PARTE 1

ZODÍACO CERVEJEIRO – PARTE 1

Por André “Carioca” Souza, beersommelier, mestre em estilos e técnico cervejeiro, estatístico de profissão, atua no mercado cervejeiro desde 2008 tendo feito seu primeiro curso com Leonardo Botto. Especialista em harmonização de cervejas e responsável pela divulgação de conteúdo do @embxdrs.da.cerva. Fala pessoal, tudo bem??? 

ESCOLAS CERVEJEIRAS

ESCOLAS CERVEJEIRAS

Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, Técnica Cervejeira e apresentadora –  @candysommeliere

Um dia antes da pandemia, eu estava com um grupo de amigos num bar, onde algumas pessoas na mesa eram especialistas em cerveja e outras apenas entusiastas.

Em nosso papo muito se falava a respeito de escolas, tipo: “- Essa que eu peguei é uma clássica APA, no padrão da Escola Americana!” Ou: “Essa Tripel está fora do padrão da Escola Belga.”

A conversa foi se acalorando, até que num dado momento, uma das pessoas entusiastas que estava na mesa perguntou em que escola se aprendia a fazer aquelas cervejas, entendendo que a gente estava falando de um espaço físico onde se aprendia a fazer tais cervejas.

Então, ficou claro pra mim como é importante a gente deixar explicado que escolas cervejeiras são diferentes de instituições onde se ensina a respeito do universo cervejeiro, ou até mesmo, onde se formam mestres cervejeiros.

Por isso, hoje vamos abordar o que são Escolas Cervejeiras!

No momento temos quatro escolas cervejeiras reconhecidas no mundo e podemos definir de forma bem clara a seguinte concepção: Escolas Cervejeiras são uma representação dos países de origem onde são produzidos determinados estilos de cerveja, sendo que cada uma dessas escolas possui características e personalidades muito próprias.

Como sabemos desde o início das primeiras civilizações humanas, a cerveja era produzida com ingredientes e técnicas relacionadas a atividade local. Este conjunto de características encontradas nas cervejas determina a região que convencionou-se referir como Escola Cervejeira.

Então, hoje, temos reconhecidamente as Escolas: Alemã, Britânica, Belga e Americana.

 A Escola Alemã inclui também a Áustria e a República Tcheca enquanto a Escola Britânica é composta, também, pela Escócia e Irlanda.

CLIMA, INSUMOS, HISTÓRIA E POPULARIDADE

Aspectos importantes que devemos considerar quando pensamos nas Escolas Cervejeiras são os seguintes: atividade climática, disponibilidade de insumos e suas características específicas, herança histórica e principalmente o gosto popular.

ESCOLA ALEMÃ

Vamos pensar que a cerveja surgiu numa região que hoje conhecemos como Alemanha. Isto se deve através da expansão do Império Romano e de movimentos migratórios vindos da Mesopotâmia em direção à Europa.

Dicionário Sumério-Acadiano de termos cervejeiros de 2600 anos atrás.
Museu metropolitano de arte, Nova Iorque.

Lembremos que a primeira produção cervejeira da humanidade aconteceu na Mesopotâmia pela civilização Suméria.

Claro que tribos germânicas adotaram a produção de cerveja com muito entusiasmo e junto com os povos celtas tornaram-se então os maiores produtores e consumidores deste fermentado de cereais na Europa.

Como já falamos em outros artigos, as mulheres foram responsáveis por descobrir, produzir e servir as cervejas e, isso se torna uma regra até o século VIII.

A partir daí, a produção de cerveja começa a ser realizada por monges e freiras em mosteiros, principalmente no sul da Alemanha e por artesãos e mercadores no norte da Alemanha.

Dica de leitura MULHERES: DEUSAS CERVEJEIRAS

A cidades foram crescendo e a demanda por cerveja aumentando. Os mosteiros, então, ampliaram o volume de produção.

Na Idade Média, monges e freiras eram responsáveis pelo avanço do conhecimento em diversas áreas sendo uma delas a elaboração de ingredientes, técnicas e produção de diferentes tipos de cervejas.

Aproveitando, gostaria de deixar bem registrado uma ação muito importante realizada pela monja beneditina Hildegard Von Bigen, que descobre o lúpulo e, gradualmente, o tempero que era utilizado na cerveja chamado “gruit” vai sendo trocado pelo uso do lúpulo, com os inegáveis benefícios dessa planta que confere amargor e aromas agradáveis a bebida, além de torná-la mais resistente as intempéries que estragam a cerveja.

O lúpulo através de Hildegard Von Bigen vem mudar a história de produção cervejeira no mundo. Dessa forma o gruit e o lúpulo coexistiram durante alguns séculos.

IMPOSSÍVEL NÃO FALAR DA REINHEITSGEBOT

Falando em fatos que mudaram o rumo da produção cervejeira, uma iniciativa marcante promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de abril de 1516, foi a Reinheitsgebot  ou Lei de Pureza Alemã.

Essa lei definia que a cerveja deveria ser produzida apenas com três ingredientes: água, malte e lúpulo.

Vale lembrar que nessa época existia, ainda, a ideia de microrganismo e levedura, que posteriormente veio a ser considerada como quarto ingrediente.

Uma característica notória da Escola Alemã é que lá a maioria dos estilos que são produzidos são de baixa fermentação ou lagers como, por exemplo: a Pilsen, Helles, Bock e a Schwarzbier.
Contudo, uma tradição importantíssima a qual devemos dar todo destaque, são as cervejas de trigo Bávaras ou Weizenbiers.

Conheça abaixo os principais estilos da Escola Cervejeira Alemã:

Bohemian Pils
German Pils
Münchner Helles
Dortmunder Export
German Märzen
German Oktoberfest
Münchner Dunkel
German Schwarzbier
Vienna Lager
Bamberg Rauchbier
German Bock
German Maibock
German Doppelbock
Berliner Weiss
Düsseldorf Altbier
Kellerbier
German Kölsh
German Weizenbier / Weizenbock/ Dunkel Weizen/ Kristal Weizen

ESCOLA BRITÂNICA

Desde a idade do ferro as ilhas britânicas já eram habitadas por tribos celta. Essas tribos cruzaram o Canal da Mancha entre 1500 e 500 antes de Cristo e há indicações de que já produziam um fermentado de cereais, ou seja, cerveja.

A história conta que o general romano Júlio César na primeira invasão a Inglaterra em 55 antes de Cristo conheceu esse fermentado de cereais e o provou.

Os romanos tiveram um período de domínio nessas áreas e consideravam que a cerveja era uma bebida inferior ao vinho, mas seu consumo era bastante comum entre os habitantes das ilhas britânicas como alimento principal no seu dia a dia.

Com o fim do Império Romano no século V as tribos anglo-saxônicas, vindas da Europa continental, chegaram com uma nova nomenclatura para bebida, Ale. Esta é uma palavra originária do vocabulário dinamarquês para cerveja que se chamava 0L.

Durante a idade média os produtores domésticos e monásticos ainda se utilizavam do gruit, adjunto de ervas e raízes que tinham como objetivo temperar a cerveja.

Mas o grande destaque para escola britânica foi por volta do século XV onde a prática de produzir cerveja com lúpulo foi introduzida na produção local. Esta nova cerveja produzida com lúpulo tinha um nome diferente da Ale, agora as novas cervejas produzidas com lúpulo eram chamadas de beer.

Os anos se passaram e a produção de cerveja nas ilhas britânicas ganhou modernidade e o volume cada vez mais aumentou, mas a revolução industrial que se iniciou na Inglaterra no século XVIII modernizou a produção através de avanços tecnológicos. Mesmo assim os britânicos mantiveram respeito a suas tradições.

Diferente da Escola Alemã, a Escola Britânica é repleta de cervejas de alta fermentação. Essas cervejas têm uma tendência tradicional a serem mais amargas e secas.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Britânica:

Exemplar da Escolas Cervejeiras Britânica

Ordinary Bitter
Special Bitter
Extra Special Bitter
English Pale Ale
English India Pale Ale
Irish Red Ale
English Brown Ale
Brown Porter
Robust Porter
Stout
Sweet Stout
Oatmeal Stout
Irish Dry Stout
Foreign (Export) Stout
Imperial Stout
Old Ale
Barley Wine
Scotch Ale

ESCOLA BELGA

Já nos tempos de Júlio César, que expandiu o território romano pela região conhecida então como Gália – onde hoje fica a França e a Bélgica –, os habitantes da região já produziam sua própria versão de cerveja, comparativamente mais potente do que a versão consumida pela população romana.

Nesta época, há aproximadamente dois mil anos atrás, a produção de cerveja era uma atividade doméstica e rural. Após a queda do império romano o poder da Igreja cresceu e com isso começaram a surgir monastérios na região. E estes monastérios já vinham equipados com cervejarias para atender aos próprios monges e à população local.

Monastério da Escolas Cervejeiras Belga

Com o tempo, os monges foram refinando suas técnicas e aprimorando as cervejas, que se desenvolveram com um perfil complexo, intensamente aromático, alcoólico e com uma complexidade transcendental de aromas e gostos.

Enquanto os monges avançavam o conhecimento cervejeiro, o crescimento das cidades incentivou o surgimento de cervejarias em escala industrial. Algumas seguiam o padrão das cervejas de abadia, enquanto outras mantiveram as técnicas de fermentação espontânea em tanques abertos e aos poucos foi tomando forma o que hoje chamamos de Escola Belga. 

Muitos chamam a Bélgica de “paraíso cervejeiro”. E este título é merecido, apesar de seu diminuto tamanho (um pouco maior que o estado de Alagoas). Embora a tradição se estenda também pela Holanda e norte da França.

O país conta quase duzentas cervejarias. Inclusive, o bar com a maior carta de cervejas do mundo fica lá, na capital Bruxelas, com mais de três mil rótulos.

Imagine, todas as cervejas belgas deste bar são servidas com a taça proprietária da cervejaria. Essa é a importância que os belgas dão à sua cerveja, e por isso ela é tão amada mundo afora.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Belga

Exemplar da Escolas Cervejeiras Belga

Belgian Blond Ale
Belgian Dubbel
Belgian Tripel
Belgian Pale Ale
Belgian Pale Strong Ale
Belgian Dark Strong Ale
Belgian Witbier
Belgian Lambic
Belgian Gueuze Lambic
Belgian Fruit Lambic
Belgian Flanders Oud Bruin ou Oud Red Ales
French Bière de Garde
French e Belgian Saison
Bière Brut

ESCOLA AMERICANA

Até o século XVI, quando o continente americano começou a ser colonizado pelos europeus, tribos nativas norte-americanas já produziam uma bebida fermentada produzida a partir de ingredientes locais, especialmente o milho.

No decorrer das disputas entre as potências colonizadoras, o Reino Unido veio a estabelecer o embrião do que viria a ser os Estados Unidos com suas 13 colônias.

A partir deste momento, a influência da cultura cervejeira britânica se espalhou pela colônia, com várias novas cervejarias acompanhando sua expansão territorial e posterior transformação em um país independente.

 Tudo ia bem até o início do século XX, quando movimentos sociais conservadores pressionaram por medidas contra o abuso de álcool. Estas medidas culminaram na Lei Seca de 1920 (“Prohibition”, em inglês), que durante 13 anos proibiu a produção e comércio de bebidas alcoólicas.

Passeata contra a Lei Seca nos 
EUA que originou a Escolas Cervejeiras Americana

Muitas cervejarias, especialmente as pequenas, foram extintas, enquanto outras se adaptaram e passaram a produzir produtos que aproveitavam sua estrutura como cerveja sem álcool, extrato de malte, sucos e refrigerantes.

Após a Lei Seca, as poucas cervejarias menores que conseguiram sobreviver viram-se em desvantagem frente às grandes como Pabst e Anheuser-Busch (Budweiser).

Com o cenário favorável à consolidação no mercado, especialmente a partir dos anos 1940, as grandes transformaram-se em gigantes, modernizando processos e dominando o mercado. Entre os anos 1940 e 1980 essa consolidação ficou evidente para o mundo.

Enquanto as grandes cervejarias dominavam o mercado com um único estilo de cerveja, que veio a se categorizar como American Lager, ainda havia pessoas que se lembravam da variedade e sabor das cervejas de antigamente. 

Uma destas pessoas era Fritz Maytag, que em 1965 adquiriu uma pequena cervejaria falida em São Francisco e resolveu não competir com as grandes. Maytag manteve o nome original da fábrica, Anchor Steam Brewery, e apostou em estilos tradicionais como Cream Ale, India Pale Ale e Porter.

Sua cervejaria foi ganhando popularidade, outras micro cervejarias foram surgindo, e a antiga prática da produção de cerveja em casa, proibida desde a Lei Seca, foi liberada novamente em 1979.

Assim foi o início da Revolução das Cervejas Artesanais que trouxe os EUA de volta ao seu lugar entre as grandes nações cervejeiras.

E algumas das características desta revolução, como o uso de insumos locais e o desejo constante dos norte-americanos de fazer tudo sempre maior, mais extremo e mais inovador do que já existe, deram origem a novos estilos de cerveja e trouxeram à tona práticas tradicionais pouco difundidas até então.

Conheça agora os principais estilos da Escola Cervejeira Americana:

Cerveja pertencente as Escolas Cervejeiras Americana

American Lager
American Ligth Lager
American Pale Ale
American Strong Pale Ale
American India Pale Ale
Imperial India Pale Ale
Fresh Hop Beer
American Red Ale
Imperial Red Ale
American Barley Wine
American Brown Ale
American Sour Ale
American Stout
American Imperial Stout
American Imperial Porter

Você pode encontrar maravilhosos exemplares de cada uma dessas escolas se você entrar agora no site da Confraria Paulistânia Store e fizer sua seleção.

Veja qual foi a minha seleção, sucesso absoluto de experiência! No caso da Escola Belga, aproveitei para harmonizar com minha sobremesa favorita. Qual é a sua?

PARIS 1 – “JE VEUX T’ACHETER UNE BIÈRE”

PARIS 1 – “JE VEUX T’ACHETER UNE BIÈRE”

Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira. Olá meus amigos fãs das boas cervejas “bierundweinrianas”. Tenho aproveitado este espaço para compartilhar com vocês minhas aventuras “zitogastronômicas” (como já expliquei, o prefixo “zito” refere-se a 

CERVEJA ALEMÃ: UMA TRADIÇÃO!

CERVEJA ALEMÃ: UMA TRADIÇÃO!

Por Anderson R. Lobato, dentre vários defeitos: Santista sofredor, Homebrewer, Sommelier de Cervejas, pai do Dudu e amante de um @Pao_Liquido.  Fala cambada de cervejeiros, tudo bem por aí? Turma, por aqui ainda nos cuidando bastante e na expectativa da chegada da vacina para o quanto 

BOON: PASSADO, LEGADO E FUTURO.

BOON: PASSADO, LEGADO E FUTURO.

Por Aline Araujo, Sommelière de Cervejas, professora e empresária com formação em administração de empresas e especialização em marketing. Mais de 10 anos de experiência no mercado de bebidas.

A história da premiada cervejaria belga que é sinônimo de cerveja Lambic na Bélgica e no mundo.

Uma cervejaria que remonta a própria história da Lambic contemporânea na Bélgica, essa é a Boon, fábrica que é magistralmente tocada por um profundo apaixonado por Geuze Lambics, o icônico Frank Boon.

Frank Boon em sua adega de barris, conduzindo mais uma visita a sua fábrica

Desde 1975, Frank está envolvido no universo das cervejas, uma vez que desde essa época, sua pequena adega comercializava blends de Lambics de fábricas que faziam a popularidade da região.

Sua paixão pelo tema o levou a assumir uma cervejaria, café e geuzeria chamada “Geuzestekerij De Vits”, datada de 1680, que já produzia sua própria Lambic e Geuze, a partir do blend de pequenas e grandes fábricas (algumas obsoletas) da região.

Os anos seguintes foram determinantes para a história da Boon, pois rapidamente o espaço se tornou pequeno e a busca por um lugar maior se fez necessária e isso impulsionou a trajetória dessa grande cervejaria que é referência mundial na produção de Lambics.

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NASCE A PRIMOGÊNITA

Em 1986, Frank migrou sua operação para um novo local, ao centro de Lembeek, onde investiu em uma nova cervejaria e adega. No ano 1990, mais especificamente em setembro, Frank começou os testes para produção de sua própria cerveja e em outubro do mesmo ano, a primeira Lambic própria nascia.

Os anos seguintes consolidaram a autossuficiência da fábrica, que já contava com produção 100% própria. E devido à qualidade do produto final, suas Lambics puras já tinham destino: os produtores de Geuze regionais comprariam, já naquele primeiro lote, mais da metade de sua produção.

Nas duas décadas subsequentes, a produção anual em Boon aumentou de meros 450 hectolitros no primeiro ano para bem mais de 11mil hectolitros/ano, chegando a atingir o impressionante número de 25mil hectolitros no ano de 2017.

Como vocês leram em LAMBIC, AME-A OU DEIXE-A!, no artigo que explica um pouco mais sobre a produção das Lambics, o estilo necessita de um longo período de armazenagem em barris de madeira para fermentação e maturação.

O estoque desses barris, que gentilmente abrigam o líquido complexo e sofisticado que dará luz aos notáveis rótulos do portfólio da Boon são, obviamente, um dos grandes tesouros da fábrica e atualmente, a Boon conta com o maior estoque de Lambics do mundo, com cerca de 25mil hectolitros armazenados.

Uma curiosidade é que em 2011, foi necessário o desenvolvimento de um armazém extra para conservar o estoque de barris da fábrica, que chegou ao admirável número de 130 barris, um deles com a impressionante capacidade de 12,5 mil litros!

Nos dias de hoje, a Boon caminha para a construção de seu 4º depósito de barris, à margem direita do rio Senne.

PROTEÇÃO À GEUZE!

Frank se tornou uma figura influente na cena cervejeira local e mundial e deixa como legado, entre outras coisas, uma importante regra protecionista para o uso dos termos relacionados à Geuze belga.

Após 10 anos de luta com alguns outros cervejeiros em Brouwershuis/Bruxelas, foi obtida proteção para os termos “Oude Geuze”, que segundo Frank significaria uma Geuze superior e mais tradicional e “Geuze” para as versões filtradas.

A sugestão foi acatada e a proteção europeia foi estabelecida em 21 de janeiro de 1997.

TOER DE GEUZE – HORAL

Nesse mesmo ano, Frank Boon emplacaria outra conquista: ao lado de Armand Debelder, da cervejaria 3 Fonteinen e Dirk Lindemans da cervejaria homônima, fundou a HORAL (sigla para Hoge Raad voor Ambachtelijke Lambikbieren, em português Alto Conselho para Cervejas Lambic Tradicionais).

Em outubro daquele ano, foi organizada a primeira Toer de Geuze. Atualmente, o evento que dura dois dias, ainda conta com sua organização sem fins lucrativos, é bianual e reúne as principais cervejarias produtoras de Lambic da região de Pajottenland, que por sua vez, abrem suas portas para degustações e visitas.

Nos anos seguintes, a Toer de Geuze se consagrou como um dos eventos cervejeiros mais esperados, significativos e respeitados de todo o país.

FRANK BOON: MODERNIDADE E ATITUDE

Os feitos de Frank Boon e de sua cervejaria para a comunidade Lambic na Bélgica não pode ser subestimada: sua colossal capacidade produtiva e infraestrutura exemplar ajudou fabricantes e geuzerias menores em diversas ocasiões.

Um exemplo disso é que, apesar da fábrica da Boon contar com um pomar de cerejas próprio, cerca de 200mil kg de cerejas e 28mil kg de framboesas frescas colhidas manualmente são adquiridas da região da Galícia anualmente pela Boon.

Boa parte desse volume é fornecido para fabricantes menores, auxiliando na operação logística e custo final desses pequenos produtores.   

Diversas marcas, grandes e pequenas, já usufruíram da estrutura da Boon para engarrafar suas criações e é sabido que a Lambic fabricada na Boon é usada para blendar diversos exemplares de Geuze disponíveis no mercado.

Em 2011, a Boon inovou mais uma vez e revitalizou toda a sua fábrica para o universo das Lambics, com tanques projetados especificamente para produzir o estilo.

Entretanto, o alto volume de produção forçou a construção de mais uma nova cervejaria, que pudesse triplicar a capacidade produtiva.

Essa nova e moderna fábrica, totalmente automatizada, eco sustentável e econômica, seria inaugurada em 2013, mantendo os métodos tradicionais de fabricação de Lambic.

SPOILER AUTORIZADO!

Nos dias de hoje, a cervejaria Boon mantem a tradição de uma gestão familiar e Frank Boon já conta com seus filhos Jos e Karel na administração da fábrica, que desde o início de 2021 é 100% dirigida por seus sucessores. O anúncio oficial deve ocorrer no início do verão europeu.

Além disso, segundo um e-mail extraoficial enviado por Karel Boon para o marketing da Bier&Wein, ainda este ano eles pretendem inaugurar um novo bar na fábrica e uma garrafa especial de Oude Geuze será lançada para celebrar o legado inestimável realizado por seu pai. Um brinde a essa nova geração que está pronta para escrever um novo capítulo na brilhante trajetória da premiada cervejaria Boon.

Quer um conselho de mestre? Acesse agora mesmo o site da Confraria Paulistânia Store e abasteça sua adega com garrafas de Geuze das edições anteriores.

Desse modo, tão logo essa versão ultra especial chegue ao Brasil pela cuidadosa importação da Bier & Wein, você terá a oportunidade de fazer uma avaliação sensorial enriquecedora através de uma degustação vertical (onde há comparações de uma mesma cerveja, de um mesmo produtor, mas de safras diferentes).

Uma experiência realmente inesquecível para fazer você se tornar tão aficionada por essa histórica, grandiosa e fartamente “medalhada” cervejaria belga que é a Boon.

Para estudar mais sobre Lambics, acesse:

https://www.lambic.info/The_Lambic_Summit_2010#Part_12

https://www.lambic.info/Books#Geuze_.26_Kriek:_The_Secret_of_Lambic_Beer

https://www.horal.be/welkom

https://beerandbrewing.com/

https://www.thebulletin.be/brand-palm