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SOMMELIER DE CERVEJAS.

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ARTESANAL X INDUSTRIAL

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NA TEMPERATURA CERTA

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Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Também é um apaixonado por cervejas, tanto que escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas que acaba de chegar ao mercado. Inclusive cerveja!

QUEM NUNCA?

O brasileiro está habituado a tomar cerveja “estupidamente gelada”. Mas será que isso está correto? Conheça umas dicas práticas para você apreciar a sua cerveja na temperatura indicada.

“Me traz uma cerveja estupidamente gelada!” Quem nunca pronunciou essa frase que atire a primeira pedra! Pois é… aqui no nosso Brasil tropical e caliente, cerveja TEM que estar gelada. 

Mas gelada o quanto? O estupidamente se encaixa bem em alguns casos, mas não em todos. Eu mesmo gosto de cervejas bem geladas, mas também descobri o prazer de beber cervejas de certos estilos não tão geladas.

Isto porque estas cervejas exalam um aroma e têm um sabor bem complexos, muitas vezes sutis. Você precisa estar com seu faro apurado e principalmente com suas papilas gustativas prontas para perceber as nuances e identificá-las. Isto gera ainda mais prazer ao degustar a maravilha que está no seu copo.

O frio intenso diminui a sensibilidade das suas papilas gustativas, o que dificulta esse poder de discernimento. Ou seja, se ela estiver muito gelada, você não sente bem o que a cerveja tem para lhe oferecer.

Não é papo furado de professor de curso, entendedor, sommelier e mestre cervejeiro. Faça você mesmo um teste. Experimente tomar uma cerveja bacana da sua coleção bem gelada. Depois, espere uns cinco minutos e sirva outro copo dela e compare as sensações. Se fizer esse teste com cervejas como uma Stout, por exemplo, você certamente irá sentir a diferença.

Então, meu amigo(a), use o freezer a seu favor. Vou tentar dar umas dicas mais práticas porque, como já entreguei, gosto delas mais geladas e eu mesmo me policio para não cair nessa tentação. Ultimamente aprendi a extrair o máximo prazer de uma cerveja e te convido a fazer o mesmo porque a recompensa vale a pena.

TEMPERATURA DA CERVEJA

Não existe “temperatura ideal” para uma cerveja. Isso é muito relativo porque ela varia de acordo com o tipo de cerveja, o clima, as preferências pessoais e a ocasião. Beber uma lager no churrasco no verão é diferente de bebê-la num jantar com os amigos, só para citar um exemplo bem comum. Então vamos melhorar o termo para “temperatura indicada”.  

Falando em pessoas comuns, provavelmente no seu congelador de geladeira não tem um termômetro indicando a temperatura. Então, como saber qual é?

Vamos começar com as dicas. A temperatura média interna de uma geladeira gira em torno de 4 ou 5 graus Celsius. Um congelador segura a temperatura entre -5 °C e 3°C, dependendo da regulagem.

Se você quer estupidamente, deixe o congelador no máximo e a latinha ou a garrafa deitada encostada no chão o mais fundo possível. De pé ela gela também, porém menos e mais devagar.

Cuidado com o congelador!

Detalhe: se você deixa a cerveja por mais de 10 minutos, ela certamente irá congelar. Então, esse recurso só serve para dar um choque de frio antes de você ter a sua “canela de pedreiro”, “véu de noiva”, “nuvem engarrafada” e outros termos atribuídos à loira “estupidamente gelada”.

No entanto, se você quer mesmo sentir o sabor da cerveja, recomendo não deixar que ela gele a menos do que 0°C. Depois de um tempo, você vai aprender a manha do timing do seu congelador.

E na geladeira as cervejas podem descansar majestosamente, sem problemas. Há modelos de refrigeradores (como o meu, graças a Deus!) que tem um compartimento intermediário entre a geladeira e o congelador. Ali, as cervejas descansam a 3°C, mais ou menos. Daí, se quiser uma cerveja mais gelada, você tira e coloca por 5 minutos no congelador. O oposto, tira e a deixa descansando os mesmos 5 minutos antes de abri-la. Simples assim.

CLIMA CERTO

“Chove lá fora e aqui, faz tanto frio… Me dá vontade de beber”… Opps, mudei a letra da música. Mas é isso aí.

A temperatura ambiente determina sim a temperatura da sua cerveja. No verão, é óbvio que é melhor caprichar no gelo. No inverno nem tanto. Por isso existem cervejas que combinam perfeitamente com épocas do ano. As leves e refrescantes no verão e as alcoólicas e encorpadas no inverno.

Mas, isso é só mais um dos mitos que entram também naquele patamar do “indicado”. Eu mesmo tomo Stouts no calor numa boa…

Leia sobre: CERVEJAS ESCURAS, DELICIOSAS PARA QUALQUER ÉPOCA DO ANO.

Paulistânia Largo do Café – Oatmeal Coffe Stout

Outro mito é aquela história de que na Alemanha a cerveja é bebida na temperatura ambiente. Mas lá faz frio praticamente o ano todo. E já reparou que os copos que eles usam são compridos, largos e tem até canecas de 1 litro de cerveja! Isto poque lá o frio ambiente mantém a temperatura da cerveja depois de aberta. Aqui, o nosso copinho americano é perfeito porque não dá tempo da cerveja esquentar…

Cuidado com a temperatura do copo!

Por falar em copo, nunca beba uma cerveja sem lavar bem o copo internamente com a parte amarela da bucha. Ela tira as impurezas e não risca o copo. Depois de lavá-lo bem, se puder colocar uma água com uma pedra de gelo vai bem. Daí, na hora de servir, descarte a água e sirva a cerveja imediatamente. Gelar o copo no congelador eu não recomendo. O vidro absorve muito o frio e pode congelar sua cerveja.

Então, voltando, para degustar uma bela Weizenbier alemã, pense em reproduzir a temperatura de lá no seu copo de tamanho médio que a mágica acontece!

E se estiver quente, não esquente: coloca para gelar mesmo e seja feliz! E se tiver um daqueles baldes de metal grandes com gelo (item essencial de um cervejeiro), deixe as garrafas lá descansando para apreciar sua cerveja sempre bem geladinha…

TIPOS DE CERVEJA

Agora vem a parte que você esperava. Não é papo furado. Cada estilo de cerveja merece uma temperatura indicada. Depois de anos de degustação, incontáveis literaturas, feiras, festivais, apresentações, beer tours e quilômetros de mesa de bar preparei para você um guia prático bem simples. Siga se der e se não der não tem problema Tente outra vez até você achar a “sua temperatura indicada”. Então vamos lá:

MUITO GELADA – 2° a 4°C

Cervejas refrescantes que combinam com baixíssimas temperaturas geralmente são as de baixo teor alcoólico, no máximo 5,5%, corpo baixo e sabor mais leve. As Pilsen, German Pilsener, Lager, Ale, Pale Ale, Red Ale, Helles, Session IPA e Witbier por exemplo, são ótimas opções.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Marco Zero (Lager), Caminho das Índias (Session IPA), Viaduto do Chá (American Hop Lager) e Trem das Onze (American Pale Ale)

Importadas pela BierWein: Hofbrau (Münchner Helles Lager), Warsteiner Premium (German Pilsener), Stiftung Hell (Lager), 8.6 (Strong Lager), La Trappe Witte (Witbier), 1795 (Bohemian Pilsener), Praga (Bohemian Pilsener), Tempelier (Belgian Pale Ale), Corsendonk Blanche (Witbier), Trooper (Pilsner, Ale, IPA, Golden Ale)

GELADA – 4° a 6°C

São aquelas cervejas que você guarda no compartimento intermediário da geladeira, ou seja, geladas, não trincando. Boas opções são as cervejas de trigo alemãs (Weizenbier) e as complexas, mas refrescantes, como as Blond Ales, Brow Ales, Dubbel e Tripel belgas leves, e/ou as frutadas e com acidez elevada, como as Lambic e Sour.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Pátio do Colégio (Belgian Tripel)

Importadas pela BierWein: Erdinger (Weissbier), Hofbrau (Weissbier), Konig Ludwig (Weissbier), La Trappe (Blond Ale), Boon Geuze, Framboise e Faro (Lambic), Corsendonk (Dubbel), Rodenbach (Brown Ale)

FRIA – 7° a 10°C

Para essas vale a dica de tirar da geladeira e deixar 5 minutos antes de servir. Assim, os sabores e aromas mais complexos podem ser melhor apreciados. A lista de opções é enorme:

IPA (e todas as variantes), Weizenbock, Porter, algumas Stouts e Bocks mais leves, Dubbel, Trippel, Quadruppel e qualquer outra que tenha um teor alcoólico um pouco mais elevado, acima dos 7%.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: Ipiranga (Strong Wood Red Lager), Largo do Café (Oatmeal Coffee Stout), Capricórnio (Cacau Bock)

Importadas pela BierWein: La Trappe (Dubbel, Trippel, Quadruppel, Bock e Isid’or), Corsendonk (Tripel), Trooper Fear of the Dark (Stout)

LEVEMENTE GELADA – 10° a 13°C

Essas aí são aquelas cervejas bem complexas, maturadas em barril (Barrel-Aged) ou que tem um teor alcoólico acima dos 10%. Cervejas como Belgian Dark Strong Ales, Imperial Stouts, Barley Wines, Doppelbock, umas invencionices com chips de madeira defumada e por aí vai.

Sugestão de rótulos:

Da Paulistânia: X Safra (Brut Barley Wine)

Importadas pela BW: La Trappe Quadruppel Oak Aged (Barrel-Aged), Eggenberg Samichlaus (American Malt Liquor, Barley Wine)

Importantíssimo: estas temperaturas são, como frisei antes, indicadas.

Se você prefere todas estupidamente geladas, vá em frente!

Essas infos são apenas para você ter como guia e fazer testes práticos (adoro essa parte) para saber se o seu paladar, a sua percepção dos ingredientes da cerveja que você está tomando melhora ou não.

Mais uma coisa. Aproveite também que está no site da Confraria Paulistânia para dar uma navegada pelos rótulos do portfólio da Bier & Wein porque sempre tem informações sobre cervejas importadas além de, claro, promoções irresistíveis.

Espero que tenha gostado e a minha dica final é: beba cerveja boa e divirta-se!

UNA BIRRA, PER FAVORE!

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Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira. O NORTE DA ITÁLIA REGADO ÀS CRIAÇÕES DE TEO MUSSO Ciao amicelli. Dessa vez quero propor a vocês um passeio pelo norte da Itália, e o veículo 

MULHERES: DEUSAS CERVEJEIRAS

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Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, Técnica Cervejeira e apresentadora. Correspondente audiovisual do Guia da Cerveja. @candysommeliere Ahhh, as mulheres! Não apenas seres humanos classificadas pelos cromossomos XX, mas com certeza seres humanos especiais.O que define uma mulher? Eu definiria uma mulher utilizando apenas 

TROOPER IPA – HABEMUS A ORIGINAL DA INGLATERRA

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Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Apaixonado por cervejas, escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas que acaba de chegar ao mercado. Inclusive cerveja!

PAREM AS MÁQUINAS, ELA CHEGOU!!!

A Bier & Wein acaba de anunciar a chegada ao mercado nacional da Trooper IPA, a oitava cerveja oficial do Iron Maiden e a mais esperada do ano.

“Parem as máquinas!” Essa expressão era usada pelos jornalistas na época que uma notícia bombástica chegava à redação e era preciso “parar as máquinas” que rodavam os jornais para publicar a nova notícia em primeira mão.

Como jornalista, foi exatamente a vontade que senti de gritar o bordão quando soube que a Bier & Wein estava trazendo para o Brasil a Trooper IPA.

Mas meu ímpeto foi contido pelo pessoal do marketing, que me pediu sigilo absoluto até o lançamento deste texto e, consequentemente, da cerveja no mercado nacional.

Então, agora que não é mais segredo posso gritar: SENSACIONAL! PQP!

Por que tamanha empolgação? Vou explicar.

A Trooper é a linha de cervejas oficial do Iron Maiden, desenvolvida pessoalmente pelo vocalista Bruce Dickson em parceria com a Robinsons Brewery, de Cheshire, Inglaterra, e o mestre cervejeiro Martyn Weeks.

A história completa dessas cervejas você pode conferir no incrível texto do meu amigo, André Carioca, aqui mesmo no blog da Confraria Paulistânia: A CERVEJA DO ROCK: CONHEÇA A TROOPER IRON MAIDEN

O fato é que a Bier & Wein tem os direitos de importação exclusivos do portfólio da Trooper e já traz para cá as incríveis Trooper Premium (English Bitter), Light Brigade (Golden Ale), Day of the Dead (English Bitter), Sun and Steel (Pilsner) e a Fear of the Dark (English Dark Roasted Chocolate Stout).

Portifolio da Trooper no Brasil, com destaque para a recém-lançada Trooper IPA
Família Trooper no Brasil – Bier&Wein

TROOPER IPA – THE ORIGINAL

Só para você ter uma idéia, a linha vendeu mais de 13 milhões de litros (ou 25 milhões de pints) em todo o mundo desde que a primeira Trooper foi lançada em 2013. Eu sou fã da banda e me vesti de toda a isenção possível quando fui experimentá-las. E não me decepcionei. Que cervejas! Agora imagine o que vai acontecer quando a Trooper IPA estiver ao alcance dos nossos dedos? Nem me fale…

Lançada em março de 2020 na Inglaterra, a Trooper IPA é uma India Pale Ale inglesa com sotaque americano. Para entender a encrenca desse “cruzamento” é preciso contar (para quem não conhece) a história das IPAs. Vou resumir.

A Inglaterra dominou e colonizou por anos a Índia. E os soldados ingleses viviam reclamando que a cerveja que ia para lá de navio chegava estragada, imbebível. Até que um fabricante resolveu colocar muito lúpulo na receita (o lúpulo é um anti-oxidante natural).

A cerveja ficou mais amarga, mas chegou maravilhosamente bem. O porre foi geral e todos só queriam saber dessa novidade. Inclusive, depois que as tropas voltaram para Inglaterra, a procura pela “cerveja da Índia” foi tamanha que inaugurou um novo estilo: o India Pale Ale.

OS SOLDADOS QUE DERRUBARAM A INTERNET

De volta para seis de março de 2020. Nesta data, o site oficial da Trooper dava a notícia de que “Dois novos soldados juntam-se à carga!”: a Fear Of The Dark – que já citamos – e a Tropper IPA! Caiu a Internet!!!!

A Tropper IPA também foi desenvolvida pessoalmente por Dickson e o Weeks da Robinsons. Ela é a oitava cerveja da família Tropper, com 4,3% de teor, uma cor dourada e um sabor que lembra grapefruit. Incrivelmente leve e refrescante.

Vídeo Teste da Trooper IPA por Martyn Weeks
Trooper Tastings – Trooper IPA – ASSISTA AO VIDEO CLICANDO NA IMAGEM
Martyn Weeks (head brewer at Robinsons) tastes Trooper IPA

“A Tropper está completando sete anos e superou todas as expectativas para nós como cervejaria. Essas duas novas se juntam a uma extensa linha de cervejas que criamos em colaboração com Bruce Dickinson e o Iron Maiden. São dois novos estilos que temos orgulho de defender”, disse Weeks.

Mas aí entra a revelação de Dickson: “Já experimentei tantos estilos diferentes de cerveja ao redor do mundo em minhas viagens com o Iron Maiden que é difícil ignorar o quão grande a IPA se tornou e como ela pode ser um estilo emocionante. Eu sou um grande fã das IPA e das Stouts e elas eram os buracos na linha Tropper. Eu perdi a conta do número de pessoas que nos pediram para fazer uma IPA e uma Fear of the Dark Stout nos últimos anos! ”

ASSISTA AO VIDEO CLICANDO NA IMAGEM

E foi numa dessas viagens que Bruce fez, em 2019, para a Craft Brewers Conference, em Denver, EUA, onde foi o palestrante principal, que ele decidiu (depois certamente de várias), que iria fazer uma IPA inspirada nas IPAs americanas. Mas a dupla não “traiu” a tradição. O Weeks explica:

“Sempre quisemos fazer uma IPA para a linha Trooper, mas tivemos de esperar até que o momento e a receita estivessem certos. Estamos extremamente orgulhosos desta bebida, que combina os sabores dos lúpulos americanos com uma estrutura fundamentalmente britânica”.

ASSISTA AO VIDEO CLICANDO NA IMAGEM

TROOPER IPA TAMBÉM COM TAMPINHAS COLECIONÁVEIS

Então, deixa o mimimi de lado e corre já para garantir a sua garrafa de 500 ml desse líquido incrível porque eu já garanti a minha bem aqui no e-commerce Confraria Paulistânia Store. Até porque as tampinhas das Troopers são colecionáveis (16 tampinhas ao todo) e essa vai direto para o meu pôster-álbum.

Aproveite que está no site para dar uma navegada por outros rótulos porque sempre tem informações sobre cervejas importadas pela Bier & Wein, além de, claro, a Paulistânia, a cerveja artesanal da casa e promoções irresistíveis.

Espero que tenha gostado e… boas cervejas!

CERVEJAS PARA FESTAS

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TRISAL PERFEITO: EU, A GASTRONOMIA E A CERVEJA Por Luiz Caropreso, professor, sommelier, escritor, consultor e colunista para a área de cervejas. Diretor da BeerBiz Cultura Cervejeira. Olá meus amigos, “discípulos de Ninkasi” a deusa suméria da cerveja. AIiás vale citar que os sumérios já 

A LAGER MAIS POTENTE DO MUNDO!

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SAMICHLAUS – O LICOR DAS CERVEJAS Por Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cervejas especializado em harmonizações, técnico cervejeiro, criador de conteúdo para o YouTube e o Instagram @beersenses Eu tenho uma história natalina para vocês, e eu adoro contar histórias. Mas essa não é uma qualquer, 

SAAZ PARA CÁ!

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SANTA HILDEGARD E O LÚPULO NOSSO DE CADA DIA

Por Leonardo Millen, jornalista experiente, especializado em lifestyle de luxo, turismo e gastronomia. Apaixonado por cervejas, escreve a coluna “Saideira” na revista Go Where, mantém o perfil @saideira.beer no Instagram e é o editor-chefe do Mesa de Bar (www.mesadebar.com.br), o portal definitivo de notícias sobre bebidas que acaba de chegar ao mercado. Inclusive cerveja!

Conheça um pouco da história do Saaz, um dos mais famosos e importantes lúpulos do mundo

O lúpulo (Humulus lupulus) é uma planta trepadeira, da família Cannabaceae (prima da cannabis), nativa da Europa, Ásia ocidental e América do Norte. Há registros de sua existência de antes do século 1.000 AC.

Mas quem mudou a história dessa planta para sempre foi a alemã Hildegard Von Bingen, uma mulher espetacular, monja beneditina, mística, teóloga, compositora, pregadora, naturalista, médica, poetisa, dramaturga, escritora, intelectual e mestra do Mosteiro de Rupertsberg em Bingen am Rhein, na Alemanha (mais tarde ela ainda virou santa da Igreja Católica).

Em 1067, ela descreveu pela primeira vez na história as qualidades do lúpulo para a fabricação de cervejas: “Se alguém decide preparar cervejas com aveia, deve utilizar lúpulo.”

A história da cerveja depois dela é outra. Na Idade Média a cerveja era produzida misturando-se aveia ou trigo com um composto de ervas conhecido como “gruit”. Quem dominava a produção dessas ervas eram os monges católicos, o que aumentava ainda mais o caixa e o poder da igreja naquela época.

REINHEITSGEBOT – DINHEIRO E PODER

Até que o duque Guilherme IV, da Baviera, resolveu peitar esse poderio e instituiu, quase meio século depois, em 1516, a Lei de Pureza da Cerveja, Reinheitsgebot, que determinava que os únicos ingredientes utilizados na elaboração fossem a água, malte e… o lúpulo! Santa Von Bingen!

A jogada do duque foi brilhante, pois ele acabou com o monopólio da igreja e como a punição para quem desrespeitasse era o confisco dos barris, todo mundo teve de aderir. Mas porque eu estou contando essa história que muita gente já está careca de tanto ouvir? Elementar meu caro Watson. Para mostrar que cerveja, dinheiro, prazer e poder sempre estiveram relacionados de alguma forma.

BOHEMIA E SEU LÚPULO ANTIOXIDANTE

Aquela região da Europa sempre foi um barril de pólvora, com disputas pelo poder e guerras constantes entre os alemães bávaros, os poloneses da Prússia, os caras do Império austro-húngaro, Napoleão, Bismark… uma confusão danada. Tanto que foi lá que as grandes guerras mundiais começaram.

E foi assim que o lúpulo da Bohemia, região conhecida hoje como a República Tcheca, ganhou importância estratégica. Certa variedade, conhecida como Saaz, nascida originalmente na cidade de Zatec, na Bohemia, tinha grandes propriedades antioxidantes, ou seja, conservava mais a cerveja.

Na época, o lúpulo era adicionado diretamente ao barril após a fermentação para manter a cerveja fresca enquanto era transportada. Nenhum exército ou vilarejo podia ficar sem cerveja. Então, o Saaz passou a ser o lúpulo mais desejado e a região foi naturalmente se transformando em uma grande produtora, rivalizando-se com a produção do lúpulo Hallertau na Baviera.

Os tchecos, que não eram bobos nem nada, plantaram lúpulo em tudo quanto era fazenda. Até hoje, se você visitar a região vai ver aquelas trepadeiras que atingem até 6 metros de altura dos dois lados das estradas estreitas do país. Mas um fato histórico/político deu novo impulso ao lúpulo Saaz. E aí vem outra história manjada que vou resumir.

A INEBRIANTE PILSEN COM SAAZ

Pilsen era uma cidade pequena como dezenas de outras da Bohemia que desde o século XIV produzia suas próprias cervejas de forma bem artesanal. Só que por volta de 1840 algum problema misterioso afetou as cervejas da cidade, provavelmente uma contaminação.

Indignados, os habitantes exigiram das autoridades uma providência. Então o mandatário local contratou um especialista da “concorrente” Baviera, o alemão Josef Groll, mestre cervejeiro atualizado com as novas tendências de maltagem clara (pale) e fermentação a frio (lager). Groll arregaçou as mangas e produziu, no dia 5 de outubro de 1842, uma nova cerveja com o uso de um ingrediente chave local: o lúpulo Saaz.

Leia também: O FABULOSO MUNDO DAS LAGERS

No dia 11 de novembro, ele apresentou a nova bebida à população da cidade, que não acreditou no que estava bebendo: uma cerveja clara, carbonatada, herbal, com sabor acentuado e refrescante. A cidade imediatamente aprovou (deve ter sido um porre coletivo memorável!).

Estava assim criada a cerveja Pilsner ou Pilsen, em alusão a cidade de Pilsen. A partir daí, sua fama cresceu e vários cervejeiros adotaram o estilo, que se tornou o mais consumido no mundo. De quebra, o Saaz virou commoditie…

Cidade de Pilsen depois do lúpulo de Saaz

Entretanto, outras variedades de lúpulo foram surgindo e o Saaz hoje não reina absoluto. Cultivar o Saaz não é fácil. Dizem que ele tem pouca resistência ao mofo, por exemplo. Por isso ele foi clonado com sucesso nove vezes entre 1952 e 1993, em um esforço para melhorar essa deficiência. A Nova Zelândia, por exemplo, criou vários “descendentes do Saaz”, como o Motueka e o Riwaka.

A PUREZA DAS PILSNERS

Atualmente, algumas cervejas famosas, como a Stella Artois (européia) e inúmeras Bohemian Lagers e Pilsners usam o Saaz nas suas receitas com, digamos, “outros aditivos”. Mas há cervejarias tchecas que são fiéis à receita original, como a icônica Pilsner Urquell, que significa “cerveja original de Pilsen”, de receita registrada em 1898.

Para nossa alegria, além da Urquell, há outras que podem ser encontradas facilmente aqui no Brasil. A Bier&Wein traz para cá com exclusividade duas belas loiras tchecas: a 1795 e a Praga. Deu até vontade… Mas vamos lá.

Foto: Leo Millen

PORTIFOLIO REPÚBLICA TCHECA

1795

A 1795 é do tipo que você se apaixona na primeira vez e não deixa de exclamar: QUE PILSEN! Ela é produzida na famosa cidade de Budweis (te lembra algo? Aqui tem outra história que fica para a próxima), na Bohemia, pela Budejovicky Mestansky Pivovar (BMP), a cervejaria mais antiga da região, que fica no centro histórico da cidade, fundada em, claro, 1795.

Foto: arquivos 1795

Ela segue rigorosamente a mesma receita, com muito Saaz e uma água retirada de uma fonte a 270 metros abaixo da terra. Com 4,7% de graduação alcoólica, ela tem um amargor moderado e é vendida em garrafas de 500 ml. Uma cerveja dourada, saborosa, refrescante, equilibrada e que respeita sua história e merece sua fama.

PRAGA

Já a cerveja Praga é feita pela Cervejaria tcheca Pivovar Hostan, da cidade de Znojmo na Bohemia. Só para você ter uma idéia, os primeiros registros deste rótulo datam de 1363! Ela começou a ser oficialmente produzida em 1784 na versão Lager escura. Mas foi relançada na versão Pilsen pela mesma cervejaria BMP da 1795 de Budweis.​ Aliás, a cervejaria BMP pertence atualmente ao grupo Samson… que a relançou internacionalmente em 2012.

Vídeo Praga

Ela é feita conforme a regra dos antepassados e leva até 65 dias para ficar pronta. Tem 4,7% de teor alcoólico, um dourado lindo, aroma e sabor balanceados e um amargor bem mais intenso, graças a uma boa carga do lúpulo Saaz, porém muito agradável. Outra boa notícia é que a Bier&Wein traz, além da Pilsen, outras três versões da Praga para o Brasil:

Praga Semidark – É uma Dark lager não pasteurizada vinda de uma receita especial do Mosteiro de Brevnov. É uma combinação de um suave dulçor de maltes caramelizados com um amargor agradável do lúpulo Saaz. O resultado é uma cerveja muito refrescante, com 4,7% de teor alcoólico e ótimo drinkability.

Praga Amber Lager – É uma cerveja Lager diferente de tudo que você já provou. Tem uma cor dourada escura, seca, de corpo médio, com 6,1% de teor e amargor equilibrado por uma boa carga de Saaz. Uma cerveja com personalidade.

Praga Hefeweizen – É uma cerveja que segue as tradições das cervejas de trigo da Alemanha. Tem aquela tradicional sensação de cravo e banana, mas com 4,7% de teor alcoólico e um toque tcheco do herbal do lúpulo Saaz.

ONDE ENCONTRAR:

Você encontra esses rótulos aqui, no e-commerce Confraria Paulistânia Store. Aproveite para dar uma navegada porque sempre tem informações sobre essas e outras cervejas importadas pela Bier & Wein, além de, claro, promoções irresistíveis.

Espero que tenha gostado e… boas cervejas!

A ITÁLIA EM SÃO PAULO

A ITÁLIA EM SÃO PAULO

NEM SÓ DE VINHO VIVE A BOTA Por Candy Nunes, Sommelière de Cervejas, Mestre em Estilos, técnica Cervejeira e apresentadora. Correspondente audiovisual do Guia da Cerveja. Embora reconhecida pela produção e consumo de vinho, a Itália é muito bem representada quando o assunto é cerveja.  A